Com dólar a R$ 3,70 o que fará o Banco Central?
Por ora, BC segue com leilões diários para a rolagem de contratos de swap cambial

O forte ajuste de baixa na cotação do dólar levanta questionamentos sobre qual será a postura do Banco Central (BC) com relação às operações de swap cambial. A perda da linha de R$ 3,70 e previsões de dólar a R$ 3,5 acentuam as dúvidas.
Desde a máxima a R$ 4,2, em 13 de setembro, o dólar já caiu mais de 12%, testando mínimas na linha de R$ 3,68. Nem na puxada de alta e nem agora, na queda, a postura do BC com relação a intervenções cambiais mudou.
A autoridade monetária segue com os leilões de rolagem dos contratos de swaps, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Quando o BC faz rolagens integrais ele se mantém neutro no mercado, mantendo inalterado o estoque de contratos que soma US$ 68,864 bilhões.
O que alguns operadores questionam é a necessidade de continuidade da rolagem em um momento em que há sobra de dólares. Se o BC deixar de rolar os contratos ou fazer apenas rolagens parciais, o efeito líquido no mercado é de compra de moeda americana.
O que faz o BC entrar em cena?
Vale lembrar que o BC não atua para defender uma linha de preço, mas sim quando identifica dinâmicas perversas no mercado. Em alguns momentos, por fatores domésticos ou externos, compradores e vendedores deixam de se entender e o mercado fica disfuncional. É a velha história da “porta pequena” quando alguém grita “fogo” no cinema.
Quando identifica esse tipo de dinâmica, o BC entra para dar parâmetro de preços ou oferecer proteção (hedge) à oscilação cambial, suavizando a volatilidade na cotação. Tal estratégia é conhecida como “leaning against the wind” ou “inclinar-se contra o vento” em tradução literal. O Tesouro Nacional faz o mesmo no mercado de títulos públicos.
Leia Também
Um retorno a junho
A última vez que o mercado mostrou tal dinâmica pouco construtiva foi no fim de maio e começo de junho. Naquele momento a greve dos caminhoneiros colocou o governo em corner e também houve um primeiro susto com a alta dos juros americanos. O mercado chegou a discutir a chance de alta da Selic para conter o dólar, algo prontamente rechaçado pelo BC com a seguinte frase: "Não há relação mecânica entre o cenário externo e a política monetária" e demais variações.
Naquele momento, o BC entrou com a oferta de novos swaps, chegando a fazer mais de uma operação surpresa por dia. Antes disso apenas o fatídico “Joesley Day” tinha chamado o BC ao mercado. Ao todo foram 12 dias de atuação que somaram mais de US$ 30 bilhões no mercado. Além disso, foram colocadas linhas com compromisso de recompra no câmbio à vista.
De volta aos dias atuais
Superada a instabilidade, o BC voltou a fazer apenas as rolagens integrais e manteve essa postura mesmo no momento de escalada da moeda até R$ 4,20 em meio a temores eleitorais. Isso comprova que intervenções não ocorrem em função de preço, mas sim por dinâmica de mercado. A subida para cima dos R$ 4 aconteceu de forma relativamente gradual e ordenada. Nos bastidores se comentou que postura do BC foi mesmo de deixar o câmbio andar até se acomodar.
E agora, o que acontece?
No mercado há quem acredite que faz sentido uma redução no volume de atuação. Para o economista e diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, o BC realmente tem de reduzir a rolagem dos contratos de swap cambial.
Mas Nehme tem uma tese que vem sustentando desde as intervenções de junho. Para o especialista, o BC ofertou swaps além na necessidade naquele período, abrindo espaço para que agentes tomassem “posição comprada não hedge”.
Assim, parte dos swaps foi adquirida não como uma forma de proteger exposição cambial (seja dívida ou comércio exterior, por exemplo), mas sim para “ganhar na alta”, especular, tendo em vista que a dinâmica eleitoral nem tinha começado a se desenrolar plenamente.
Para Nehme, há um excedente de swaps não casados com passivos cambiais. Agora, com a moeda revertendo para queda, esses investidores não precisariam mais renovar a proteção (hedge).
“Seria essa parcela que teria de reduzir. Os contratos não hedge. Quem tem passivo vai continuar demandando proteção. Assim, o quanto o BC deixar de rolar é o quanto o mercado tinha de estoque especulativo”, explica.
Nehme diz, ainda, não ser um partidário de câmbio abaixo de R$ 3,70. Qualquer coisa entre R$ 3,70 a R$ 3,80 seria uma “taxa justa” tendo em vista que a política monetária global vai ter um aperto e os projetos de Paulo Guedes na área econômica, como possíveis privatizações, são de médio prazo. “Até janeiro ou fevereiro não caberia euforia”, diz, lembrando que esse deve ser o prazo para que se tenha uma definição mais clara sobre o rumo do governo e da força de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
“Essa taxa abaixo de R$ 3,70 não seria sustentável, há muita dúvida do que o novo governo vai fazer e ele terá de fazer mudanças rápido”, conclui.
O que diz o BC?
Procurado, o BC respondeu, via assessoria, que "não comentamos". A resposta não surpreende e nem poderia ser diferente, até porque intervenção cambial se faz. Não é algo que se anuncia. Assim, atenção ao anúncio de rolagem que sai sempre por volta das 18 horas.
Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers
A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes
Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)
Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden
Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros
Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado
Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil
Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?
Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda
Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras
Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil
Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar
Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale
Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje
Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk
Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia
Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%
Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida
Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito
Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias
Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados
Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda
Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores
Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico
A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica
Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana
Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques
Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda
O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões