A tal da curva invertida no mercado americano
Juros de curto prazo estão acima dos de longo prazo nos EUA fenômeno que vem chamando atenção e trazendo turbulência aos mercados

O alívio trazido pela trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China parece ter durado pouco e os mercados externos tiveram uma acentuada piora no decorrer desta terça-feira, com reflexo sobre os negócios no mercado local.
Entre os motivos, dúvidas sobre os termos desse acordo de paz entre Donald Trump e os chineses, incertezas sobre o Brexit e também uma movimentação pouco usual no mercado de títulos dos Estados Unidos.
Vamos centrar atenção sobre a curva de juro americana, que vem dando sustos por diferentes motivos ao longo do ano. Em outubro, a preocupação era com a alta da taxa do título do Tesouro (Treasury) de 10 anos, que estava acima dos 3,2%, fazendo máximas não vistas desde 2011. No momento, a preocupação era com uma atuação mais forte do Federal Reserve (Fed), banco central americano, na elevação dos juros.
Agora, o quadro é diferente. As taxas estão recuando, e o papel de 10 anos tem um retorno (yield) de 2,9%. O que está subindo é a taxa dos papéis de curto prazo, como os de dois, três e cinco anos.
O fenômeno é conhecido como inversão da curva de juros e é temido, pois antecede recessões na economia americana. As últimas sete recessões foram precedidas desse movimento da curva. Vale lembrar que a temida curva invertida não seria a causa da recessão, mas um sintoma do que está por vir.
O gráfico abaixo mostra as taxas dos títulos de dois anos e de 10 anos. As áreas cinzas são recessões na economia americana. A ferramente (FRED) é do Federal Reserve de St.Louis e o gráfico é interativo.
Leia Também
O fenômeno pode ser lido como uma questão de expectativas. Antevendo uma desaceleração da economia ou tempos mais difícil pela frente, os investidores tentam se proteger e fazem isso aumentando a demanda por papéis mais longos do Tesouro americano. Quanto maior a demanda, menor a taxa de retorno (yield). No outro lado, a demanda pelos papéis de curto prazo cai, o que eleva a taxa de retorno (yield) desses ativos.
Nesta terça, a diferença entre a taxa do papel de 10 anos e o de dois anos caiu para apenas 13 pontos-base, menor distância dos últimos 11 anos. Essa a relação mais acompanhada pelo mercado.
Outra relação que entrou no radar foi a do papel de cinco anos, que registrou uma taxa de retorno cerca de 1,4 ponto, menor que a dos títulos de três anos. Reforçando a preocupação com esse fenômeno de inversão da curva de juros.
Se teremos uma recessão nos EUA ninguém sabe com certeza. O que pode estar acontecendo é um novo ajuste nas expectativas com relação ao ciclo de alta de juros pelo Fed. As apostas eram de até quatro elevações ao longo de 2019.
Mas as avaliações começaram a ser revistas depois que do presidente do Jerome Powell falou que a taxa já estaria próxima do considerado neutro e o colegiado do BC americano deixou de falar em deixar a política monetária restritiva para conter o ritmo da atividade e segurar eventual pressão inflacionária.
O Fed tem sua última reunião de 2018 no dia 19 de dezembro, quando pode dar melhor orientação sobre sua avaliação prospectiva ao mercado.
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Dólar fraco, desaceleração global e até recessão: cautela leva gestores de fundos brasileiros a rever estratégias — e Brasil entra nas carteiras
Para Absolute, Genoa e Kapitalo, expectativa é de que a tensão comercial entre China e EUA implique em menos comércio internacional, reforçando a ideia de um novo equilíbrio global ainda incerto
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano