Órama está de olho em uma fatia maior do ‘bolo dos investimentos’ e lança home broker
Clientes que aderirem à oferta de cotas do fundo imobiliário Capitânia Securities II serão os primeiros a conhecer sistema de negociação que será aberto ao público em geral em janeiro

Buscando atender não só os clientes da casa, mas também quem está fora dela, a Órama planeja lançar em janeiro seu sistema de home broker, que permitirá a compra e venda de ações e cotas de fundos imobiliários por meio de sua já conhecida plataforma de investimentos.
No entanto, a entrada nesse disputado mercado acontecerá de forma escalonada. Os clientes que participarem da oferta pública do fundo imobiliário Capitânia Securities II, primeira oferta pública da qual a empresa participa, serão os primeiros a ter acesso ao home broker.

“Temos notado aqui na Órama que o ideal é ter uma plataforma plena de distribuição de produtos financeiros. Boa parte desses clientes que já entraram na Órama demandam outros produtos, que vão buscar em outros lugares, como fundo imobiliário ou mesmo home broker”, diz o CEO da Órama, Habib Nascif.
O movimento da corretora Órama segue uma tendência no mercado financeiro de ampliação de ofertas de produtos financeiros na plataformas digitais. Muitas começaram como um nicho, oferecendo apenas renda fixa e fundos, e estão avançando para a oferta de renda variável. Foi o que fez, por exemplo, o BTG Digital, que também lançou seu home broker neste ano.
De acordo com o diretor da Órama, Thiago Villela, a empresa já tem feito operações diárias em ambiente de bolsa de valores como uma forma de teste, se preparando para ofertar o sistema de home broker para os demais clientes. A corretora opera sob o número 3701.
A negociação de cotas de fundos imobiliários acontece em ambiente de bolsa de valores. Segundo Nascif, a negociação de fundos imobiliários será isenta de corretagem. Ainda não está definido qual será o modelo de cobrança para as demais operações como compra e venda de ações.
De acordo com Villela, a expectativa é que cerca de 40% dos atuais clientes da corretora venham a ter posição em fundo imobiliário ou bolsa de valores.
“Antes de começar esse trabalho conversamos com os investidores e vimos que tem bastante aceitação. Há um interesse grande pelo produto [fundo imobiliário]. O retorno é muito superior aos demais produtos de renda fixa do mundo fundos”, diz Villela.
O diretor lembra que alguns fundos imobiliários têm apresentado retorno de 140% a 160% do CDI líquido de imposto. “Compara isso com a indústria tradicional de renda fixa que é a nossa origem. O rendimento nos fundos imobiliários tem se mostrado bastante interesse”, afirma Villela.
Ainda de acordo com Nascif, ao ampliar o leque de produtos com o home broker, a empresa atende aos investidores da casa e também busca novos clientes.
Foco em ferramentas e produtos
Nascif também destaca a atuação da Órama em ferramentas para o próprio mercado, como a oferta da plataforma de investimento e aplicativo de celular para as empresas parceiras, como agentes autônomos e gestores.
A plataforma da Órama se transforma e passa a ter as cores da gestora e logotipo. “A distribuição é Órama, mas o cliente se sente dentro do ambiente da gestora”, explica Nascif.
A empresa começou a fazer essas parcerias em 2017 e já tem 190 empresas “plugadas” na plataforma. O gestor ou agente autônomo monta o cardápio de fundos e demais produtos entre os mais de 500 fundos disponíveis.
“Acabamos virando um hub de produtos financeiros, onde agentes autônomos e gestoras diferentes estão interligados”, diz Nascif.
A oferta pública
A oferta pública em questão é referente às cotas da 4ª emissão do fundo de investimento imobiliário (FII) Capitânia Securities II no montante inicial de até R$ 100 milhões.
O prazo de reserva se encerra nesta quarta-feira, dia 21 de setembro. O valor nominal unitário da cota é de R$ 98,60, não incluído o custo unitário de distribuição no valor de R$ 2,95 por cota subscrita, valor equivalente a um percentual fixo de 2,99%.
O fundo está em funcionamento desde agosto de 2014 e investe em ativos imobiliários, notadamente Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). É o modelo que se conhece como “fundo de papel”, que obtém rentabilidade aplicando em títulos de renda fixa.
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