FMI reduz previsão de crescimento do Brasil até 2019
Órgão citou greve dos caminhoneiros e condições externas “apertadas” como as principais razões para redução
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões de crescimento do Brasil até 2019. No documento, divulgado ontem à noite, a previsão de crescimento do Brasil neste ano foi de 1,8%, em julho, para 1,4%. Já para 2019, foi de 2,5% a 2,4%. Em abril, o fundo estimava um avanço de 2,3% e 2,5%, respectivamente.
"A previsão de crescimento para 2018 é menor que a projeção de abril em 0,9% devido a interrupções causadas pela greve nacional dos motoristas de caminhões e condições financeiras externas mais apertadas, que são uma fonte de risco para a perspectiva", destacou o FMI.
Para o último trimestre de 2018, o FMI projeta que o PIB do Brasil deve crescer 1,7% ante o mesmo período de 2017 e deve subir 2,5% entre outubro a dezembro de 2019 em relação aos mesmos três meses deste ano.
IPCA
O Fundo estima ainda que o IPCA deverá atingir 3,7% neste ano e 4,2% em 2019, pois as ações do Copom para administrar a Selic devem colaborar para estimular o nível de atividade e geração de postos de trabalho, ao mesmo tempo que ocorre uma retomada da elevação dos preços de alimentos depois de uma queda expressiva ocorrida com uma excepcional safra em 2017. Para 2023, o órgão multilateral prevê que a inflação atingirá 4,0%.
O órgão disse ainda que um aumento do déficit de transações correntes, o qual prevê que atingirá como proporção do PIB 1,3% neste ano e 1,6% em 2019.
Inflação
Já a inflação deve acelerar de 3,7% para 4,2%, em 2019, impactada pelo aumento nos preços dos alimentos, segundo relatório.
Desemprego
O desemprego no país deve perder força, mas ainda de forma lenta. A previsão para ano é um recuo de 12,8% no ano passado para 11,8% este ano. Para 2019, a previsão é de 10,7%.
No mundo
O FMI também reduziu as projeções do crescimento global de 3,9% ante os 3,7% previstos anteriormente, o que vem sendo impactado pela queda no ritmo da demanda agregada pelo mundo e aos efeitos das guerras comerciais, principalmente aquela travada entre os EUA e a China.
*Com Estadão Conteúdo
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