O investidor não residente abre a semana com uma expressiva posição comprada em instrumentos cambiais na B3. A soma das posições líquidas em dólar futuro e cupom cambial (DDI- juro em dólar no mercado local) estava em US$ 37,8 bilhões. Depois de uma mínima de US$ 29,5 bilhões no começo da semana passada.
A se confirmarem os prognósticos de uma reação positiva dos mercados ao resultado das eleições, a movimentação será grande nesta segunda-feira.
Na ponta de venda estão os bancos, com o equivalente a US$ 19,7 bilhões, e os fundos de investimento, com outros R$ 20,2 bilhões.
A posição comprada pode ser vista como uma forma de aposta na valorização da moeda americana. E a posição vendida como uma aposta na perda de valor do dólar.
A avaliação sobre possíveis perdas e ganhos com as posições é sempre feita em tese, pois não sabemos a que preço a compra ou venda foi feita. Além disso, esses agentes podem ter posições em moeda estrangeira no mercado à vista e em derivativos de balcão. Bancos, por regra, não podem ter exposição cambial direcional. É uma medida prudencial.
Ibovespa futuro
No mercado de índice futuro do Ibovespa, principal índice de ações da B3, tínhamos no fechamento do pregão de sexta-feira os estrangeiros comprados em 88.175 contratos. Os fundos de investimento estavam vendidos em 91.547 contratos.
As posições, no entanto, estão bem menores do que as registradas na abertura do mês, quando os estrangeiros estavam comprados em 174.785 contratos e os investidores institucionais vendidos em 180.809 contratos.