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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

Disputa judicial

Eletrobras tem uma conta de pelo menos R$ 18 bilhões para pagar. E quer dividir com o governo

Em meio à indefinição sobre a privatização da holding de energia, equipe de Bolsonaro terá de lidar com um esqueleto que remonta aos anos 1960 e ainda assombra a empresa: o empréstimo compulsório.

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
19 de dezembro de 2018
6:01 - atualizado às 11:09
Privatização Eletrobras dividendos
Sede da Eletrobras no Rio de Janeiro - Imagem: Divulgação

Entre as muitas contas que a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro vai herdar a partir de 1º de janeiro, uma interessa em particular aos acionistas da Eletrobras. E eu não me refiro a uma possível privatização da holding de energia, mas das dívidas relacionadas ao empréstimo compulsório.

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Trata-se de um esqueleto que remonta aos anos 1960 e já custou mais de R$ 18 bilhões em provisões no balanço da estatal.

A Eletrobras entende que metade dessa fatura cabe à União. E, enquanto se defende de milhares de processos movidos por consumidores, principalmente grandes indústrias, foi à Justiça contra o próprio controlador.

Seja qual for o resultado da disputa, qualquer redução nesse valor pode representar um ganho para a empresa - e para quem tem as ações. Mas a verdade é que pouca gente parou para se debruçar sobre o assunto.

Depois do governo, os principais acionistas da Eletrobras hoje são o Banco Clássico, controlado pelo empresário Juca Abdala, e a 3G Radar, gestora que possui entre os sócios a 3G Capital - de Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

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Até agora, as decisões judiciais relativas aos empréstimos compulsórios só trouxeram dor de cabeça para a estatal. Eu procurei a Eletrobras para saber como a empresa está lidando com a questão, mas a empresa não quis dar entrevista.

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Débito em conta

Para entender do que se trata o tal empréstimo compulsório e de onde vem essa dívida bilionária que a Eletrobras quer rachar com a União, é preciso voltar no tempo. Mais precisamente a 1962, quando o governo instituiu a cobrança como uma forma de financiar a expansão do setor elétrico.

O empréstimo compulsório vinha todos os meses nas contas de luz de empresas que consumiam pelo menos 2 mil quilowatts por mês e durou até 1993.

Os problemas surgiram na hora de devolver o dinheiro. Vários consumidores entraram na Justiça para questionar a forma de correção dos valores. Existem quase 4 mil processos tramitando sobre esse tema, de acordo com o último dado divulgado pela Eletrobras.

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Entre as empresas que ganharam na Justiça a correção do empréstimo compulsório estão gigantes como as siderúrgicas CSN, Gerdau e Usiminas. Juntas, elas esperam receber mais de R$ 4 bilhões.

O rombo do compulsório aumenta a cada trimestre para a Eletrobras. Apenas no último balanço, referente ao período de julho a setembro, as provisões para fazer frente às ações aumentaram em mais R$ 1,4 bilhão.

Outras ações, que questionam a data final da correção da devolução do empréstimo compulsório, também têm potencial de adicionar alguns bilhões à fatura.

De que bolso vai sair

Para tentar reduzir o prejuízo com as condenações, a Eletrobras decidiu ela própria ingressar na Justiça, mas contra o seu principal acionista.

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A estatal alega que o empréstimo compulsório foi estabelecido para favorecer a União e que atuou apenas na arrecadação e e administração dos recursos.

Como a Fazenda Nacional aparece com responsabilidade solidária em vários processos, a Eletrobras cobra o reembolso de metade dos valores que pagou nas ações sobre a correção.

Esse caso está parado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até agora, o parecer do relator do processo, ministro Mauro Luiz Campbell Marques, é contrário à Eletrobras.

Risco ou oportunidade?

A verdade é que ninguém sabe ao certo o quanto a Eletrobras deve com o empréstimo compulsório nem o quanto dessa conta vai sobrar para a empresa.

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Para sócio de uma gestora que lidou com o tema do compulsório, a fatura é subestimada pela Eletrobras e pode chegar aos R$ 30 bilhões.

"Milhares de indústrias foram afetadas e nos últimos anos surgiram escritórios de advocacia especializados nesse tema", ele diz. Muitas empresas, inclusive, optaram por vender esses créditos que têm a receber com desconto para investidores especializados na recuperação de ativos com pendências judiciais.

Apesar de o risco do buraco ser ainda maior do que o já provisionado, a aposta de outro gestor com quem eu conversei é que o valor efetivamente pago pela Eletrobras será menor.

A expectativa desse gestor é que a empresa faça algum tipo de acordo que agilize o pagamento da dívida do compulsório, em troca de um abatimento no valor. Mais ou menos como aconteceu no acordo fechado pelos bancos na correção dos planos econômicos.

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Também não está claro o que acontecerá com o compulsório caso o processo de privatização da Eletrobras seja levado adiante no governo Bolsonaro. Mas é certo que esse risco entrará na conta dos potenciais candidatos à compra.

Embora o empréstimo compulsório seja mais uma incerteza que paira sobre a Eletrobras, o mercado reconheceu os avanços na governança da estatal nos últimos anos. As ações ordinárias (ON) da empresa acumulam alta de quase 24% no ano, quase o dobro dos 13% do Ibovespa. Nos dois anos e meio de gestão Temer, os papéis da estatal mais que dobraram de valor.

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