Secretaria do Ministério da Economia critica decisão do Congresso sobre bagagens aéreas
Para o órgão, os congressistas desfiguraram a MP que abre o setor para o capital estrangeiro ao colocar no texto a franquia mínima para o despacho de bagagens em voos domésticos e internacionais

A Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia reagiu à medida aprovada por deputados e senadores que retomou o despacho gratuito de bagagens aéreas. Para o órgão, os congressistas desfiguraram a Medida Provisória (MP) que abre o setor para o capital estrangeiro ao colocar no texto a franquia mínima para o despacho de bagagens em voos domésticos e internacionais.
A Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade, estrutura interna do órgão, emitiu uma nota afirmando que a medida desestimula empresas a investirem no País no momento em que há uma companhia nacional (Avianca) em recuperação judicial.
"Tais medidas representam a retomada de práticas intervencionistas, e dificultam sobremaneira a implantação de um cenário mais favorável à competitividade, impedindo que a população tenha acesso a voos mais baratos e em mais cidades", diz a nota.
A Medida Provisória foi aprovada na quinta-feira, 25, com alterações feitas pelo relator da proposta no Congresso, Roberto Rocha (PSDB-MA), após acordo entre parlamentares.
Além das bagagens, a secretaria do Ministério da Economia atacou outra mudança incluída no texto: a exigência de que as empresas com mais de 20% de capital estrangeiro votante opere pelo menos 5% de seus voos em rotas regionais, por um prazo mínimo de dois anos.
Para o órgão, o dispositivo tem "caráter intervencionista, que invade a esfera privada de estratégia das empresas do setor, que buscam investimento estrangeiro."
Leia Também
Na quinta, o Ministério do Turismo e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também criticaram as alterações feitas no Congresso.
A MP será agora analisada pelos plenários da Câmara e do Senado e seu prazo de vigência acaba em 22 de maio. Se não for aprovada até esta data, a medida perde o efeito.
IATA esboça "preocupação" com medida
A liberação do despacho gratuito de bagagens também foi criticada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Em nota, a entidade afirma que a decisão pode implicar "riscos ao crescimento sustentável da aviação brasileira", além de ser danosa para o mercado e principalmente para o consumidor.
"Ao desidratar a Resolução 400 e impor uma franquia de bagagem por passageiro, a medida afugenta o interesse de empresas aéreas internacionais e sufoca ainda mais o potencial da aviação comercial no Brasil, que já possui um dos combustíveis mais caros do planeta, além, é claro, de representar um grande retrocesso, em desacordo com as melhores práticas mundiais", diz a Iata em nota.
Na avaliação da Iata, a medida deve elevar ainda mais os custos de operação no Brasil, tornando as viagens cada vez mais caras e afastar as empresas aéreas adicionais e de baixo custo para o país. Além disso, cria insegurança jurídica, diz a Iata ao observar que a decisão modifica uma regra definida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Um dos grandes desafios no Brasil é garantir que todas as empresas aéreas tenham um ambiente regulatório alinhado às melhores práticas globais, evitando-se, assim, deficiências ao setor", conclui a associação.
*Com Estadão Conteúdo.
Governo eleva estimativa de salário mínimo em R$ 7,00 — parece pouco, mas pode afetar a meta fiscal
O valor ainda é uma estimativa, mas, se confirmado, representará um aumento de 6,87% se comparado ao salário mínimo atual, de R$ 1.412
Eleições nos EUA não devem afetar relações com o Brasil, diz Haddad; ministro busca parceiros ‘além da China’ e fala em acordos com União Europeia
Haddad destacou que não existe transformação ecológica sem novos instrumentos financeiros e cita os ‘green bonds’ do governo
Ficou para amanhã: Arthur Lira afirma que regulamentação da reforma tributária começa a ser votada quarta-feira
Vale destacar que a expectativa é de que a reforma tributária seja votada antes do recesso parlamentar, que acontece a partir do dia 18, quinta-feira da semana que vem
Passo a passo: saiba como fazer a portabilidade da dívida do cartão de crédito
Especialistas e órgãos de defesa do consumidor orientam aos clientes para terem cuidado ao escolher a nova instituição para migrar a dívida do cartão de crédito
Dólar em disparada: real está sofrendo com ataque especulativo ou a culpa é mesmo do presidente Lula?
Desde o começo do ano, a valorização da moeda norte-americana é da ordem de quase 15%, segundo o Tradingview
Felipe Miranda: Dez anos de “O Fim do Brasil”
Dez anos de lançamento de “O Fim do Brasil” e, afinal, a que fim chegou a economia do Brasil? Estamos em queda livre em direção ao pior?
O que Haddad espera da economia? Projeções da Fazenda esperam inflação e PIB maiores para 2024
Para 2025, a projeção de IPCA passou de 3,10% para 3,20%. A atualização acontece um mês após o último boletim macrofiscal da SPE.
Javier Milei terá semana decisiva: ministro negocia US$ 15 bilhões com FMI e vice tenta passar “pacotão” para destravar Argentina
Para atingir seus objetivos ultraliberais, o presidente conta com a ajuda do ministro da Economia, Luis Caputo, e de Victoria Villarruel, vice-presidente do país
Redes sociais na mira: Governo quer criar imposto para as ‘big techs’; proposta pode ser aprovada ainda neste ano
As gigantes de tecnologia poderão ser taxadas de quatro formas; o projeto deve ser encaminhado ao Congresso em junho
Haddad acerta com mercado financeiro mudanças na tributação e prazos para atrair investimentos para bolsa
A expectativa é de que as propostas avancem após a regulamentação da reforma dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado pelo Legislativo
Substituição — ou calote? Argentina trocará títulos para refinanciar sua dívida e valor pode chegar até US$ 65 bilhões
A pasta detalhou os títulos elegíveis à recompra e também os novos instrumentos, estes com vencimentos em dezembro de 2025 e também para 2026, 2027 e 2028
Governo quer usar fundo garantidor do Desenrola para tirar companhias aéreas da tempestade – BNDES também é acionado
O fundo garantidor do Desenrola não deve afetar a questão orçamentária, que preocupa Haddad, e pode tirar as companhias aéreas da tempestade
Por que o Brasil cresceu pouco nas últimas décadas? Geraldo Alckmin tem uma resposta — e uma receita para reverter esse cenário
Participação do PIB do Brasil na economia mundial vem caindo e deve alcançar apenas 2,3% em 2024, segundo FMI
Agora é oficial! Governo eleva faixa de isenção do Imposto de Renda; veja como vai ser
Segundo o Governo Federal, 15,8 milhões de brasileiros terão isenção no Imposto de Renda, mas todos os 35 milhões de contribuintes serão beneficiados
Nome forte do governo, ministro da Economia da Argentina fala em equilíbrio fiscal e faz elogio a Milei em evento do BTG
Aos 58 anos, “Toto”, como também é conhecido, trabalhou como chefe de trading do JP Morgan para América Latina entre 1994 e 1998
Não deu para Milei: Justiça bloqueia reforma trabalhista e põe em xeque “mega decreto” do presidente da Argentina
Apesar do projeto de Milei ter uma série de decretos, para aprovar todo o pacote de medidas, será necessário diálogo com o Congresso
Entenda as 3 principais medidas anunciadas hoje por Haddad para um ‘próspero ano novo’ do governo — com déficit zero — em 2024
Serão três principais medidas, com destaque para uma em especial que diz respeito à desoneração da folha de pagamento
Ministério Público abre investigação sobre ex-promotor que admitiu ter acusado Haddad por vingança
A reportagem fez contato por telefone com o promotor de Justiça aposentado Marcelo Milani, que não se manifestou
Paulo Guedes hermano? Quem é Luis “Toto” Caputo, apontado como favorito pelo presidente eleito Javier Milei como futuro ministro da Economia da Argentina
Um dos nomes mais aguardados do corpo ministerial — obrigatoriamente mais enxuto, segundo o presidente — é sem dúvidas aquele que ocupará o cargo de ministro da Economia
Vitória para Haddad: Lula veta estender desoneração da folha de pagamento de forma integral e meta de déficit zero fica mais próxima — por enquanto
A desoneração da folha de pagamentos é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta