Entre a nova e a velha política
Bolsonaro parece ceder para construir base de apoio, a questão é até que ponto
O fim de semana e a segunda-feira foram de repercussão do que parece ter sido uma mudança na estratégia de comunicação e de postura do presidente Jair Bolsonaro com relação à reforma da Previdência. No fim da semana passada, o presidente se manifestou em suas redes sociais e em live no “Facebook” sobre o tema. No sábado, recebeu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), onde fez um importante movimento, liberando a negociação de cargos do segundo escalão. A contrapartida é que indicados tenham boa reputação.
Parece um pouco cedo para cravar alguma coisa, mas a decisão de aceitar nomeações pode colocar em evidência um choque ou ponderação do que seria a “velha política” de “toma lá, dá cá”, criticada pelo presidente, com a “nova política”, que teria aspirações partidárias e de alinhamento de programas.
Vencer ou mesmo desafiar o que Milton Friedman chama de “tirania do status quo” é algo particularmente difícil e me parece que o governo vai ter de ceder à “velha política” em nome da construção de uma base de apoio não só para a reforma da Previdência, mas por toda sua agenda. A questão, como sempre, é até que ponto ceder para não correr o risco voltarmos a ver um governo de cooptação e não de coalisão. A alternativa seria uma ruptura com o sistema político como conhecemos, tema que creio embalou a candidatura de Bolsonaro, mas sob o risco de uma paralisia da sua agenda de governo.
Leia aqui todo o Diário dos 100 Dias.
Agradeço pelos serviços prestados
Presidente troca ministro da Educação e fala em dialogar com o Congresso pela aprovação da reforma da Previdência
Não nasci para ser presidente
Presidente faz um desabafo, pede desculpas pelas caneladas, mas acerta as pernas de Paulo Guedes
Nada se falou sobre cargos
Bolsonaro recebe líderes partidário e enfatiza alto nível da conversa enquanto Guedes consegue fato inédito
Jogo pesado
Presidente promete maior atuação na reforma da Previdência
Dia 92 de Bolsonaro: Polêmicas na Terra Santa
Afirmação que mais repercutiu foi sobre o nazismo ser de esquerda
Sabedoria para bem decidir
Presidente tem que “bem decidir” como fazer a “nova política” e rápido
O inimigo agora é outro
Presidente e Rodrigo Maia parem ter selado um armistício
Tempestade de verão
Bolsonaro distensiona sua relação com o Congresso e abraça duas frentes caras à sua plataforma: a reforma da Previdência e o combate ao crime
Abraço e beijo aos congressistas
Bolsonaro deixa claro que não vai recuar na sua relação com o Congresso
Matou a reforma e foi ao cinema?
Bolsonaro faz agenda social e governo manobra para Guedes escapar de convocação na CCJ
Sem rostinho colado, mas tem que dançar
Planalto decide pacificar relações com o Congresso, mas quem fala em descer ao salão de baile é Paulo Guedes
Me dê motivo, para ir embora…
Do Chile, presidente vê Rodrigo Maia deixar articulação pela reforma
À sombra do ex
Prisão de Michel Temer é evento político do dia, mas não deve ser novo “Joesley Day” para a Previdência
De volta ao Congresso, mas menos popular
Reforma dos militares chega ao Congresso e Ibope mostra um Bolsonaro menos popular
Make Brazil Great Again
Presidente apresenta ao mundo o novo Brasil, livre de viés ideológico
Voa Brasil
Governo obtém sucesso em leilão de aeroportos, primeiro feito da agenda econômica
Ciranda na Educação
Parece que Bolsonaro terá de fazer alguma ação mais firme para o MEC começar a trabalhar
Tiros em Suzano
Não levou minutos para que massacre em colégio entrasse na pauta política
Não tem como fugir
Bolsonaro sempre soube que negociações envolvem verbas e cargos, a questão é até que ponto ceder
Nova estratégia?
Presidente volta a defender reformas nas redes e em pronunciamentos
Aquele 1% engajado com a reforma
Presidente volta a falar de Previdência, mas na Câmara atrasos devem se confirmar
Nada confortável
Vídeo postado e comentado pelo presidente tomou conta do noticiário do dia