Campos Neto: Não devemos cair na tentação de trocar crescimento de curto prazo por inflação mais alta
Traduzindo a fala do presidente do Banco Central, isso quer dizer que não teremos redução da Selic tão cedo. Ele também falou sobre meta de inflação, compulsório e reservas internacionais
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a reforçar que a melhor forma de o BC contribuir para a retomada do crescimento é manter a inflação e as expectativas de inflação na meta.
“Temos deixado bastante claro que existe sim uma preocupação com o crescimento econômico e que a gente acha que a melhor forma de atingir o crescimento econômico é, exatamente, entregar meta de inflação constantemente, ter as expectativas ancoradas e não cair na tentação de trocar o crescimento de curto prazo por inflação mais alta, porque na verdade isso tende a causar inflação alta e crescimento baixo”, afirmou.
Política monetária também se faz com repetição e é isso que Campos Neto tem feito nas suas falas recentes, embora parte do mercado, vez ou outra, embarque na ideia de que o BC vai cortar um pouco mais a Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano.
Como já dissemos outras vezes, juro baixo e estável é boa notícia para os investimentos, notadamente, bolsa de valores, fundos imobiliários e títulos longos do Tesouro Direto.
Em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), em 16 de maio, Campos Neto já havia dito que: “Nossa meta é inflação. A melhor forma de crescer de forma estável é ter inflação sobre controle e expectativa de inflação ancorada” e que “achar que vamos trocar inflação controlada por crescimento de curto prazo é voo de galinha”.
Alguns analistas têm relacionado um possível corte da Selic à aprovação da reforma da Previdência. No entanto, o que de fato que o BC vai olhar é como estarão as projeções e as expectativas de inflação.
Leia Também
Em tese, a aprovação da reforma seria um gatilho para crescimento e consumo mais fortes, vetores que tenderiam a elevar a inflação corrente e projetada.
A fala de Campos Neto aconteceu durante a divulgação da Agenda BC#, uma nova versão ou mesmo ampliação da Agenda BC +, que traz uma série de medidas e iniciativas microeconômicas que buscam ampliar a concorrência no sistema financeiro, melhorar a transparência, estimular a educação financeira e o desenvolvimento do mercado de capitais.
Para demonstrar a importância que a medida tem para o BC, todos os diretores estavam presentes, com exceção de Carlos Viana (Política Econômica), que cumpre agenda em São Paulo.
Meta de inflação
Campos Neto também foi perguntado sobre a meta de inflação de 2022 que será fixada no fim de junho pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Já temos notícias de que parte do mercado apoia uma redução da meta para 3,5%. A meta de 2021 é de 3,75%, a de 2020 é de 4% e a deste ano é de 4,25%.
O presidente do BC disse que essa é uma decisão do CMN, que reúne além do presidente do BC, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, e que o assunto nem começou a ser debatido internamente pelo BC.
“Não tenho nem como começar a falar nada, porque, na verdade, não é uma decisão do Banco Central, o Banco Central tem um voto em três. Vamos discutir entre nós para levar uma proposta. Esse debate nem aconteceu ainda, vai acontecer em breve, mas não tenho como adiantar nada porque não é uma decisão do BC”, afirmou.
Compulsório
Está na Agenda BC # a redução de longo prazo dos depósitos compulsórios, parcela de recursos que os bancos captam, mas são obrigados a depositar junto ao BC.
Campos Neto enfatizou que essa é uma agenda de longo prazo e que compulsório não é ferramenta para estimular a economia, embora a liberação de recursos tenha esse efeito.
Segundo o presidente, as medidas já tomadas para simplificar as intrincadas regras que regem os compulsórios já promoveram uma redução no estoque da casa de R$ 500 bilhões para cerca de R$ 400 bilhões. Mas Campos Neto classificou tal redução de “tímida” e disse que “tem espaço para otimização disso”.
Reservas Internacionais
Toda a vez que se toca no assunto há um furor no ar e não foi diferente na coletiva. O BC disse que nada de radical está sendo proposto e que há um grupo de trabalho fazendo estudos mais aprofundados sobre a gestão das reservas.
Diante de novas perguntas sobre o tema, Campos Neto disse que não tem nada sobre vender reservas para “fazer isso ou aquilo”, como sugerem alguns membros da academia e do Congresso. A discussão é sobre gestão dos US$ 380 bilhões em reservas. “Não é reinventar a roda, são melhorias marginais.”
Como exemplo, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, lembrou que no fim do ano passado, o BC optou por reduzir a alocação de parte das reservas em uma cesta de moedas de commodities. Olhando os riscos, disse o diretor, faria mais sentido fazer investimentos em algo mais descorrelacionado com os riscos domésticos.
Vai precisar de CNH para andar de bicicleta? Se for ela motorizada, a resposta está aqui
Contran atualiza as regras para bicicletas elétricas, ciclomotores e equipamentos motorizados; entenda quando será obrigatório ter CNH, placa e licenciamento.
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS final 5
A ordem de pagamento do benefício para famílias de baixa renda é definida pelo último número do NIS
Terceira indicação de Lula ao STF neste mandato: conheça Jorge Messias, o nome escolhido pelo presidente para a vaga de Barroso
Formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Messias ocupa o cargo de advogado-geral da União desde de janeiro de 2023
Grande incêndio na COP30: chamas se alastram e levam autoridades a evacuar área; veja vídeo
Chamas atingiram a BlueZone, área que reúne pavilhões de países; segurança evacuou o local e autoridades afirmam que o incêndio já foi controlado
Conselho do BRB elege novo presidente após afastar o antigo em meio à liquidação do Banco Master e prisão de Daniel Vorcaro
O Banco de Brasília (BSLI4) indicou Nelson Antônio de Souza como presidente da instituição bancária e destituiu, com efeito imediato, Paulo Henrique Costa do cargo de presidente
Botijão grátis? Confira se você tem direito ao vale-recarga do novo Programa Gás do Povo
Gás do Povo chega para substituir o Auxílio Gás; meta do governo é atender mais de 50 milhões de pessoas até março de 2026
Fome na colônia, fartura no Quilombo: Como era a economia de Palmares, da qual o líder Zumbi inspirou o Dia da Consciência Negra?
O Quilombo dos Palmares resistiu por quase um século graças à autossuficiência econômica da comunidade; entenda como funcionava a organização
Mais dinheiro e menos trabalho: as ilusões do empreendedorismo no Brasil
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Golpistas surfam no caos do Banco Master; confira passo a passo para não cair nas armadilhas
Investidores do Banco Master agora têm direito ao FGC; saiba como evitar golpes e proteger o bolso
Black Friday: Apple chega a 70% OFF, Samsung bate 60%; quem entrega os melhores descontos?
A Apple entra com 70% OFF, pagamento dividido e entrega rápida; a Samsung equilibra o duelo com 60% OFF, mais categorias e descontos progressivos
Do Rio de Janeiro ao Amapá, ninguém escapou do Banco Master: fundos de pensão se veem com prejuízo de R$ 1,86 bilhão, sem garantia do FGC
Decisão do Banco Central afeta 18 fundos de previdência de estados e municípios; aplicações feitas não têm cobertura do FGC
Lotofácil vacila e Dia de Sorte faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e volta só no sábado
Lotofácil acumula pelo terceira vez nos últimos cinco concursos e vai para último sorteio antes de pausa para o feriado com R$ 5 milhões em jogo
A B3 também vai ‘feriadar’? Confira o que abre e o que fecha no Dia da Consciência Negra
Bolsa, bancos, Correios, rodízio em São Paulo… desvendamos o que funciona e o que não funciona no dia 20
Caixa paga Bolsa Família nesta quarta (19) para NIS final 4; veja quem recebe
A ordem de pagamento do benefício para famílias de baixa renda é definida pelo último número do NIS
CDBs do Will Bank e do Banco Master de Investimento também serão pagos pelo FGC?
Ambas são subsidiárias do Banco Master S.A., porém somente o braço de investimentos também foi liquidado. Will Bank segue operando
Qual o tamanho da conta do Banco Master que o FGC terá que pagar
Fundo Garantidor de Créditos pode se deparar com o maior ressarcimento da sua história ao ter que restituir os investidores dos CDBs do Banco Master
Liquidação do Banco Master é ‘presente de grego’ nos 30 anos do FGC; veja o histórico do fundo garantidor
Diante da liquidação extrajudicial do Banco Master, FGC fará sua 41ª intervenção em três décadas de existência
Investiu em CDBs do Banco Master? Veja o passo a passo para ser ressarcido pelo FGC
Com a liquidação do Banco Master decretada pelo Banco Central, veja como receber o ressarcimento pelo FGC
Debate sobre renovação da CNH de idosos pode baratear habilitação; veja o que muda
Projetos no Congresso podem mudar regras da renovação da CNH para idosos, reduzir taxas e ampliar prazos para motoristas acima de 60 anos
Loterias turbinadas: Bolas divididas na Lotofácil e na Lotomania acabam em 10 novos milionários
Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 14 apostadores, mas só 7 ficaram milionários; Lotomania teve 3 ganhadores, que ainda se deram ao luxo de deixar dinheiro na mesa
