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Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

CARTEIRA RECOMENDADA

Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês 

BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro

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Imagem: Adobe Stock/Shutterstock - Montagem: Giovanna Figueredo

Julho chega com um panorama misto para o mercado de renda fixa. Enquanto as tensões geopolíticas internacionais persistem, o Brasil observou um alívio inflacionário em junho, ao mesmo tempo que o Banco Central reforçou uma postura rigorosa na política monetária ao aumentar os juros para 15% ao ano

Essas duas variáveis ao longo do mês passado impulsionaram movimentos nas curvas de juros que balizam as taxas dos títulos de renda fixa

Os juros de curto prazo subiram devido à decisão mais dura do BC e os vencimentos mais longos recuaram significativamente, especialmente os prefixados de cinco anos, refletindo as expectativas de uma inflação futura mais controlada. 

Segundo o Itaú BBA, essa percepção foi evidenciada pela queda nos prêmios de juro real dos títulos públicos atrelados ao IPCA, com o vencimento de cinco anos recuando mais de 30 pontos-base no mês.

A queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e a valorização do real em relação ao dólar também contribuíram para o recuo das expectativas de inflação no mês passado, especialmente nos vencimentos de médio e longo prazo. 

O que isso significa para os investimentos em renda fixa? 

Para o Itaú BBA, esse movimento nas curvas de juros reforça a importância de manter uma parcela relevante da carteira em títulos pós-fixados, para capturar a Selic elevada enquanto o BC não inicia o afrouxamento monetário. 

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No entanto, a perspectiva de uma inflação mais baixa no longo prazo favorece os títulos atrelados ao IPCA, principalmente os com vencimentos a partir de cinco anos, que ainda oferecem taxas reais atrativas, acima de 7% ao ano.

Segundo os analistas, agora é o momento de comprar esses títulos para travar a rentabilidade alta que eles oferecem, diante da perspectiva de taxas menores nas emissões futuras. 

Debêntures incentivadas: Isa Energia e Grupo CPFL são destaques de julho 

A renda fixa de crédito privado continua atrativa, segundo os relatórios do Itaú BBA, BB Investimentos, BTG Pactual e XP. 

Analistas apontam que as debêntures incentivadas e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Imobiliário (CRI) seguem negociando com prêmios interessantes, especialmente para emissores de alta qualidade e com bons ratings. 

Em julho, os destaques são Isa Energia (anteriormente ISA CTEEP) e o Grupo CPFL, nomes que apareceram nas recomendações de mais de um banco, com argumentações de solidez no setor elétrico brasileiro, com elevada previsibilidade de receita.

Isa Energia 

O Itaú BBA recomenda a debênture da Isa Energia (ISAEB8), exclusiva para investidores qualificados, com vencimento em março de 2033 e taxa IPCA+6,6%. 

No relatório, o banco destaca que a Isa Energia é responsável por transmitir aproximadamente 30% de toda a energia elétrica do Brasil e 94% da energia do estado de São Paulo. Isso garante uma elevada previsibilidade de receita, que se baseia na disponibilidade das linhas de transmissão.

O BB Investimentos também recomenda uma debênture da Isa Energia (TRPLA4), mas aberta para o público geral, com vencimento em outubro de 2033 e taxa de IPCA+6,26%. 

O relatório reforça que a empresa possui 35 contratos de concessão, com prazo médio de 22 anos, e um perfil de dívida alongado. Tudo isso combinado com uma forte geração de caixa, mitiga riscos de inadimplência no pagamento da renda fixa.

Grupo CPFL

O BTG Pactual incluiu a debênture da RGE Sul Distribuidora (AESLA9) nas recomendações para julho, com vencimento para maio de 2035 e uma taxa de IPCA+6,7%. 

A indicação se baseia no prêmio de crédito atrativo, na alavancagem estável da holding e nos bons indicadores operacionais de qualidade — tudo isso respaldado pela avaliação de crédito consistente da CPFL. 

A RGE é uma empresa do grupo CPFL, responsável pela distribuição de energia em grande parte do estado do Rio Grande do Sul.

Já o Itaú BBA foi mais direto e recomendou uma debênture da própria CPFL (PALFA3), com vencimento em outubro de 2033 e taxa IPCA+6,6%. 

O banco destaca a empresa como outro grande nome do setor elétrico brasileiro, com presença diversificada em distribuição, geração, transmissão e comercialização, além de liderança em energia renovável e foco em eficiência operacional.

Tesouro Direto: Tesouro Selic 2028 é a estrela dos pós-fixados

Dentre os títulos públicos, o Tesouro Selic 2028 segue como a principal indicação para investidores em busca de liquidez e proteção contra a volatilidade, além do alto retorno proporcionado pela taxa Selic em patamares elevados.

Tanto o Itaú BBA quanto a XP selecionaram o Tesouro Selic 2028 para a carteira de julho. A XP destaca que o papel é ideal para a reserva de emergência e/ou gestão de caixa. 

O título público, para março de 2028, oferece uma rentabilidade de Selic+0,0539%, caso o investidor leve a renda fixa até o vencimento, e está disponível para compra no Tesouro Direto. 

Os títulos atrelados à inflação também são destaque, principalmente na carteira da XP. 

Os analistas fazem três recomendações: IPCA+ 2028, IPCA+ 2033 e uma NTN-C, com vencimento em 2031 e atrelada ao IGP-M. 

O título atrelado ao IGP-M é uma raridade. Trata-se de uma papel que o governo não emite há mais de 20 anos, de modo que sua liquidez no mercado é muito baixa, e ele só é negociado no mercado secundário — entre investidores. 

O relatório da XP classifica o ativo como uma diversificação interessante dentro do escopo de títulos de inflação. O IGP-M é o índice de preços utilizado pelo mercado imobiliário. 

Os títulos de inflação indicados pela XP, inclusive os IPCA+, não estão disponíveis na plataforma do Tesouro Direto, sendo necessário investir neles via secundário, diretamente por meio da mesa de operações da corretora. Eles remuneram entre 7,6% e 7,0%.

Renda fixa bancária: LCD BNDES é o isento escolhido em julho

No segmento de títulos bancários, a única escolha dos bancos foi a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), que surge como uma novidade nas recomendações da XP.

A LCD escolhida é de emissão do BNDES, com vencimento em dezembro de 2029 e uma taxa isenta de Imposto de Renda de 91% do CDI — o que equivale a 103,7% do CDI em termos brutos. 

A LCD é um novo tipo de título de renda fixa. Lançado no final de 2024, sua emissão é destinada a financiar projetos de desenvolvimento no país e, até o momento, possui isenção de IR. 

Além disso, conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para investimentos de até R$ 250 mil por CPF por banco emissor. 

Veja a carteira de renda fixa de cada instituição: 

BTG Pactual

TítuloData de vencimentoRetornoRating local
Debênture Prio (PEJA22)15/02/2034IPCA + 7,24%AA+
Debênture Energisa Tocantins (CTNSA3)15/05/2035IPCA + 7,22%AAA
Debênture Energisa Sul (ESSDA4)15/05/2035IPCA + 7,22%AAA
Debênture RGE Sul Distribuidora (AESLA9)15/05/2035IPCA + 7,10%AAA
Debênture Itapoá (ITPO15)15/05/2040IPCA + 7,33%AA-
Debênture Iguá Rio de Janeiro (IRJS15)15/02/2044IPCA+ 8,58%AAA
CRI Pacaembu (25F2573710)27/06/2030NDAAA
Debênture Arteris (ARTRB7)15/05/2035NDAAA
Retorno verificado no dia 09 de julho de 2025.
(ND): título para investidores profissionais, sem indicação de remuneração no aplicativo.

Fonte: BTG Pactual.

Itaú BBA 

TítuloData de vencimentoRetornoRating local
Debênture CPFL (PALFA3)15/10/2033IPCA + 6,6%AAA
Debênture Suzano (SUZBA0)15/09/2038IPCA + 6,4%AAA
Debênture Prio (PEJA11)*15/08/2032IPCA+7,0%AAA
Debênture Isa Energia (ISAEB8)*15/03/2033IPCA + 6,6%AAA
Debênture Sabesp (SBSPF3)*15/01/2040IPCA + 6,4%AAA
Tesouro Selic 202801/03/2028Selic + 0,0539%-
Tesouro Prefixado2028 01/01/202813,41%-
Tesouro IPCA+204015/08/2040IPCA + 7,04%-
*Título para investidor qualificado
Retorno verificado no dia 09 de julho de 2025. 
Fonte: Itaú BBA.

BB Investimentos 

TítuloData de vencimento
Debênture Equatorial Goiás (CGOS16)*15/03/2036
Debênture Equatorial Goiás (CGOS28)*15/09/2036
Debênture Eletrobras (ELET14)15/09/2031
Debênture Eneva (ENEV15)*15/06/2030
Debênture Isa Energia (TRPLA4)15/10/2033
CRA BRF (CRA020002H1)*15/07/2030
CRA Boa Safra (CRA02500001)*15/01/2030
CRA Klabin (CRA022007EP)*15/05/2034
CRA Marfrig (CRA024009Q4)16/10/2034
CRA Marfrig (CRA024002ML)15/03/2034
*Título para investidor qualificado
Fonte: BB Investimentos.

XP Investimentos 

TítuloData de vencimentoRetornoRating local
Tesouro Selic 202801/03/2028Selic + 0,0539% -
Tesouro IPCA+ 202815/08/2028IPCA + 7,6%-
Tesouro IPCA+ 203315/05/2033IPCA + 7,0%-
NTN-C 203101/01/2031IGP-M + 6,6%-
Tesouro Prefixado 202701/07/202713,34%-
LCD BNDES05/12/202991% do CDIAAA
Debênture Rumo (RUMOA4)15/04/2030IPCA + 6,9%AAA
CRI Cyrela (25D0012203)15/04/2030 95% do CDIAAA
Debênture Auren (AURP12)15/04/2035IPCA + 6,7%AAA
Debênture Sabesp (SBSPE3)*15/01/2035IPCA + 6,3%AAA
*Título para investidor qualificado
Retorno indicado pela XP em relatório. 
Fonte: XP Investimentos.

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