🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

CRÉDITO PRIVADO EM XEQUE

Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas

Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências

Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O mercado de crédito privado no Brasil está passando por um período de ajuste e expectativa, segundo a edição de julho do relatório "Perspectiva dos Gestores", elaborado pela Empiricus. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A pesquisa — que consultou 18 grandes gestoras, somando R$ 852 bilhões sob gestão — destaca a prudência dos gestores neste último mês, diante das incertezas em torno da Medida Provisória 1.303/25, que pode alterar a tributação de debêntures incentivadas, principal ativo de alocação dos fundos de crédito.

Um dos pontos centrais do relatório de julho foi a "pergunta do mês", que questionou a probabilidade de aprovação da MP 1.303 no Congresso Nacional. 

O texto — entregue pelo governo federal em 11 de junho — está em vigor, mas ainda precisa ser apreciado e validado pelos deputados e senadores para ter força de lei. 

A medida provisória propõe uma alíquota de 5% de Imposto de Renda para ativos atualmente isentos, como as debêntures incentivadas, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Imobiliárias (LCI), entre outros investimentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora a maioria dos gestores (55,6%) considere improvável a aprovação da MP, uma parcela significativa, quase 28% (22,2% provável e 5,6% muito provável), acredita que a tributação pode ser aprovada, evidenciando uma falta de consenso no mercado sobre o tema.

Leia Também

As respostas foram coletadas entre os dias 2 e 7 de julho de 2025, e algumas das casas participantes foram Absolute, ARX, Capitânia, Ibiuna, Kinea, Legacy, Sparta e SPX.

Pelo menos 16,7% dos gestores preferiram “não opinar” sobre o assunto. 

O que acontece se a MP 1.303 for aprovada? 

Caso a MP seja aprovada, os gestores de crédito apontaram alguns pontos de atenção que poderiam impactar o mercado de títulos de renda fixa:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O primeiro grande efeito esperado é na maior demanda por títulos isentos, como debêntures incentivadas, LCI, LCA, CRI e CRA, no curto prazo. 

Os gestores esperam uma forte busca dos investidores pessoa física pelos ativos emitidos até o fim de 2025, que manteriam a isenção, segundo as regras estabelecidas no texto original da MP 1.303. 

Consequentemente, as ofertas após a vigência da tributação sofreriam com o baixo interesse. 

Essa “corrida” pelos isentos também teria outro efeito: a compressão de spreads (diferença de retorno entre o título privado e o título público) das debêntures incentivadas e de outros títulos que perderiam a isenção. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, os gestores acreditam que esses spreads deveriam aumentar a partir de 2026 nas novas emissões, para compensar a perda da isenção e manter a atratividade dos títulos.

Também há uma expectativa de aumento no volume de emissões primárias de debêntures incentivadas neste ano, e maior liquidez nas negociações no mercado secundário. 

Recentemente, grandes empresas como Petrobras e Vale anunciaram emissões bilionárias isentas de imposto de renda, o que pode estar alinhado a essa antecipação devido à MP.

Sobrealocação em debêntures incentivadas agora

Mas não são apenas os investidores pessoas físicas que estão na “corrida dos isentos”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma das principais mudanças nas carteiras dos gestores de crédito no último mês foi a sobrealocação em debêntures incentivadas, segundo a pesquisa da Empiricus. 

Embora a maior posição dos fundos ainda esteja em caixa e em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), a sobrealocação em debêntures incentivadas representa uma mudança notável e um movimento tático relevante.

Segundo os analistas da Empiricus, a lógica por trás dessa sobrealocação é que, se a MP 1.303 for aprovada e as debêntures incentivadas passarem a ser tributadas a partir de 2026, haverá um aumento na demanda por esses ativos até o final do ano. 

Isso, por sua vez, geraria um fechamento de seus spreads e uma valorização no preço desses títulos para os gestores que os adquiriram antes da mudança tributária, o que pode representar um ganho significativo de capital. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De modo geral, a expectativa de captação para os próximos seis meses está mais concentrada em pessoas físicas, alocadores de fundos e gestão de patrimônio por meio de fundos private e family offices.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

A HORA É AGORA

Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord

21 de setembro de 2025 - 13:03

Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano

SIMULAÇÃO

Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora

18 de setembro de 2025 - 13:17

Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe

AGF DAY

Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3

18 de setembro de 2025 - 12:02

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência

VALE A PENA?

Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima

9 de setembro de 2025 - 17:16

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho

CARTEIRA RECOMENDADA

Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair

9 de setembro de 2025 - 12:45

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

VALE O RISCO?

CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC

8 de setembro de 2025 - 15:19

Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida

PRÊMIO PELO RISCO

Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI

5 de setembro de 2025 - 16:20

Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço

COMPRAR OU VENDER?

Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%

4 de setembro de 2025 - 14:39

A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores

VISÃO DO GESTOR

SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina

3 de setembro de 2025 - 17:30

Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito

RESILIENTES COM PRAZO

Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s

3 de setembro de 2025 - 14:22

Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela

RISCO SEM PRÊMIO?

Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?

22 de agosto de 2025 - 17:46

Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

21 de agosto de 2025 - 12:07

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

24/7

Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026

17 de agosto de 2025 - 15:55

Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores

BATALHA DA RENDA FIXA

Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?

13 de agosto de 2025 - 6:01

Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos

CARTEIRA RECOMENDADA

Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto

8 de agosto de 2025 - 15:00

BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras

DOIS ANOS

Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais

6 de agosto de 2025 - 14:29

Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores

GARANTA JÁ O SEU ISENTO

De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores 

23 de julho de 2025 - 16:58

A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas

adia, mas paga

De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas

19 de julho de 2025 - 14:15

Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar