Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump

Enquanto o mundo lida com as repercussões da eleição de Donald Trump à presidência dos EUA, o processo eleitoral brasileiro de 2026 preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo avaliação de aliados do petista, Lula apenas poderia assumir a intenção de concorrer a um quarto mandato caso alcance aprovação mínima de 40% até o início de 2026. Porém, a popularidade do governo atual não anda muito positiva.
No último levantamento do Datafolha, divulgado neste sábado (5), a gestão subiu o índice de aprovação, passando de 24% para 29%. Ainda assim, a taxa de reprovação segue alta, com 38% dos entrevistados indicando desaprovar o governo de Lula. Já o nível daqueles que classificam o governo como regular segue em 32%.
Apenas os eleitores do Nordeste mantêm a percepção positiva maior que a negativa, com 38% de aprovação e 26% de reprovação. Porém, ainda não houve recuperação da queda na avaliação entre os eleitores do estado. Entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano, a aprovação caiu 16 pontos percentuais na região.
De acordo com a pesquisa, a avaliação atual é o segundo pior resultado da terceira gestão de Lula. O pior patamar do governo atual foi em fevereiro, quando a aprovação caiu de 35% para 24%.
A taxa positiva atual de 28% é parecida com a registrada em outubro e dezembro de 2005, durante o primeiro mandato do petista e em meio à crise do mensalão.
Leia Também
Para o levantamento divulgado hoje, o Datafolha ouviu 3.054 pessoas, com 16 anos ou mais, em 172 municípios, de terça (1) até quinta-feira (3). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais.
VEJA TAMBÉM: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
Lula na avaliação dos eleitores religiosos
O atual presidente segue tendo maior rejeição pelo público evangélico. Segundo a pesquisa do Datafolha, quando os números são avaliados conforme a religião, 49% dos eleitores evangélicos consideram o governo do petista ruim ou péssimo. Já a aprovação ficou em 19%.
Os números oscilaram levemente comparados ao último levantamento, quando 48% reprovavam e 21% tinham uma avaliação positiva da gestão.
Já os católicos estão divididos. O grupo apresenta a mesma taxa de avaliação para os eleitores que consideram que Lula está fazendo um bom trabalho e para aqueles que avaliam a gestão negativamente. Ambas as percepções estão em um nível de 34%. Já 32% dos entrevistados consideram o governo regular.
O presidente tem tentado se aproximar do público religioso como forma de melhorar a popularidade. No mês passado, em um evento de inauguração de uma barragem no Rio Grande do Norte, Lula convidou um arcebispo para rezar o Pai Nosso.
- VEJA TAMBÉM: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
O que fez a rejeição do governo Lula disparar
A popularidade do presidente vem sendo pressionada por diversos lados — e não há apenas um culpado.
A deterioração da percepção sobre a economia segue sendo um dos entraves para reverter o atual cenário de desaprovação. A disparada dos preços dos alimentos nos últimos meses pressiona a taxa de inflação brasileira.
Além disso, crises como a da Pix também prejudicaram a avaliação da gestão atual. Em janeiro, notícias falsas de que haveria taxação sobre essa modalidade de pagamento gerou desconfiança entre os eleitores na época.
Ainda no começo do ano, Lula contratou o marqueteiro Sidônio Palmeira para comandar a Secretaria de Comunicação Social (Secom), no lugar de Paulo Pimenta, demitido após uma série de críticas do presidente às estratégias de comunicação do Palácio do Planalto.
Resultados positivos? Apoiadores comemoram
Apesar dos resultados da pesquisa não serem confortáveis para a gestão Lula, governistas e lideranças do PT comemoraram a melhora nos índices. A avaliação é que a população começou a perceber as ações adotadas pelo governo federal.
O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Lindbergh Farias, foi um dos primeiros a comentar o levantamento. Na visão do parlamentar, a pesquisa mostra "uma virada na avaliação do governo", atribuída a ajustes na comunicação e na articulação política, que estão "surtindo efeito".
José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara, também opinou sobre o avanço de Lula no levantamento. "A tendência é de início da percepção de um ciclo vertiginoso de melhorias. A realidade, a verdade e a democracia vão vencer", afirmou no X.
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), defendeu que a melhora no índice de aprovação é o reconhecimento "por tudo o que foi feito nestes últimos dois anos".
De olho em 2026: Lula na frente de Bolsonaro e Tarcísio
Apesar dos aliados indicarem a necessidade de ampliar a avaliação positiva do governo, o Datafolha revelou que Lula sairia na frente numa disputa com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa mostrou que o petista teria 36% de votos e Bolsonaro, 30%, caso disputassem o pleito hoje. Já Ciro Gomes (PDT) teria 12%, seguido por Pablo Marçal (PRTB), com 7%, e Eduardo Leite (PSDB), 5%.
Vale lembrar que o ex-presidente está inelegível após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além disso, o levantamento mostra que Lula também venceria num eventual segundo turno das eleições presidenciais disputado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O Datafolha mostrou que Lula teria 48% das intenções de voto, enquanto ex-ministro de Jair Bolsonaro teria 39%.
- VEJA MAIS: ‘Efeito Trump’ na bolsa pode gerar oportunidades de investimento: conheça as melhores ações internacionais para comprar agora, segundo analista
A estratégia para melhorar popularidade de Lula
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump.
O Palácio do Planalto avalia que antagonizar com o presidente dos Estados Unidos, como ocorreu com outros líderes globais, pode ajudar o petista.
Nesta última semana, o governo chegou a realizar um megaevento de vitrine das entregas nos últimos dois anos. Durante a cerimônia, foi lançada a campanha "O Brasil é dos brasileiros", que busca reforçar a contraposição ao governo de Trump.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Entregou a declaração com erro ou ficou faltando alguma informação? Veja como retificar
Aprenda a preencher a declaração retificadora e corrigir erros e omissões em declarações que já foram entregues, em um prazo de até cinco anos após o envio da declaração original
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Receita Federal paga nesta quarta-feira lote residual do Imposto de Renda; veja se o seu pix cai hoje
Mais de 279 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram pendências recebem restituição do IR nesta quarta (30); confira como consultar e receber o valor
Fundos de ações ESG registram fuga de capitais no primeiro trimestre, enquanto fundos de renda fixa sustentáveis atraem investidores
Movimento reflete cautela dos investidores com volatilidade e busca por maior proteção em ativos de renda fixa sustentáveis, aponta pesquisa da Morningstar
Corrida Inteligente: 10 gadgets que realmente fazem a diferença em 2025
Da prática física à experiência high-tech: wearables e dados transformam a corrida, impulsionando o mercado e atletas em busca de performance e saúde
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Focus prevê IPCA menor ao final de 2025, mas ainda acima do teto da meta: veja como buscar lucros acima da inflação com isenção de IR
Apesar da projeção de uma inflação menor ao final de 2025, o patamar segue muito acima da meta, o que mantém a atratividade dessa estratégia com retorno-alvo de 17% e livre de IR
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Reviravolta na Eletrobras (ELET3): Marcelo Gasparino fica fora, Juca Abdalla e Carlos Márcio entram para o conselho
Candidatos indicados pela administração da elétrica formam maioria no conselho depois da votação realizada nesta terça-feira (29) — a primeira grande reformulação desde a privatização
CPFL (CPFE3), Taesa (TAEE11), Embraer (EMBR3) e SLC Agrícola (SLCE3) vão distribuir quase R$ 4 bilhões em dividendos
A maior fatia é da CPFL, que pagará R$ 3,2 bilhões em proventos adicionais ainda sem data definida para pingar na conta dos acionistas
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Governo confirma 2ª edição do “Enem dos concursos” com mais de 3 mil vagas; inscrições acontecem em julho
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) amplia oferta de vagas federais com foco em democratização, inovação e fortalecimento da máquina pública
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral