🔴 E-BOOK GRATUITO: CONFIRA OS PRINCIPAIS MOMENTOS DOS 100 PRIMEIROS DIAS DO GOVERNO TRUMP – BAIXE AGORA

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

A TEMPERATURA VAI SUBIR

No caldeirão de Trump, Fed resiste ao fogo alto e mantém juros em banho-maria

Na primeira reunião do ano , o banco central norte-americano seguiu a receita que o mercado esperava: manteve a taxa referencial na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano

Carolina Gama
29 de janeiro de 2025
16:09 - atualizado às 10:53
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump. - Imagem: Grok AI/X / Canva PRO / Montagem Seu Dinheiro

Donald Trump aumentou o fogo da política monetária norte-americana ao dizer recentemente que sabe mais do que o Federal Reserve (Fed) sobre juros e esses devem cair imediatamente. Na primeira reunião de 2025, o banco central dos EUA resistiu à pressão e manteve a taxa em banho-maria. 

O cardápio que o Fed preparou para hoje não pegou ninguém de surpresa — talvez nem mesmo o próprio Trump. 

Com uma economia resiliente, um mercado de trabalho aquecido e uma inflação que ensaia acelerar, investidores já esperavam que os juros continuassem na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. 

A reação do mercado foi menos branda do que previsto. Em Wall Street, os três principais índices aceleraram um pouco a queda assim que a decisão foi anunciada. O Dow Jones acabou encerrando o dia em queda de 0,31%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq baixaram 0,47% e 0,51%, respectivamente, no fechamento.

Por aqui, o Ibovespa seguiu em operando no vermelho. O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão em queda de 0,50%, aos 123.432,12 pontos, enquanto o dólar no mercado à vista subiu 0,06%, cotado a R$ 5,8662.

Fed cozinha os juros no caldeirão de Trump

O comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) iniciou o ciclo de corte de juros em setembro do ano passado, diminuindo a taxa três vezes de lá para cá, até a pausa de hoje. 

Leia Também

E tudo indica que o caldeirão de Trump forçará o Fed a manter as temperaturas (e as expectativas) baixas pelo menos até junho — quando a ferramenta de monitoramento FedWatch do CME Group precifica o primeiro corte de juros deste ano. 

Isso porque, enquanto as tarifas, a política de imigração mais dura e os cortes de impostos podem alimentar a inflação, a desregulamentação e o protecionismo tendem a fortalecer a economia. O BC norte-americano não teria por que ter pressa. 

O comunicado de hoje trouxe algumas pistas sobre o raciocínio por trás da decisão de manter os juros estáveis.

Enquanto o documento oferece uma visão um pouco mais otimista sobre o mercado de trabalho, retira uma referência importante da declaração de dezembro de que a inflação "progrediu em direção" à meta de inflação de 2% do Fed.

"A taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas", diz o Fed. "A inflação continua um pouco elevada", acrescenta.

O comunicado indica novamente que a economia "continuou a se expandir em um ritmo sólido".

A inflação nos EUA desacelerou drasticamente do pico de 40 anos atingido em meados de 2022, mas a meta de 2% do Fed ainda não foi atingida.

O índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) — indicador preferido do banco central norte-americano — mostrou que a inflação acelerou para 2,4% em novembro, a maior desde julho, enquanto o núcleo, que exclui alimentos e energia, ficou em 2,8%.

Vale lembrar que declarações recentes de membros do Fomc sinalizam alguma apreensão em torno de uma possível estagnação do progresso de desaceleração da inflação.

As autoridades também já disseram que querem ver como os cortes de juros anteriores estão funcionando na economia, embora a maioria espere reduções da taxa em 2025.

Em dezembro, o Fomc cortou pela metade a previsão de corte de juros neste ano, que passou de quatro para duas. O Seu Dinheiro detalhou a decisão na ocasião e você confere tudo aqui.

Sobre o mercado de trabalho também houve mudança. O comitê retirou do comunicado o trecho que afirma que as condições do mercado de trabalho "arrefeceram e a taxa de desemprego se movimentou para cima, mas se mantém baixa".

Ao invés disso, o texto passou a apontar que "a taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos meses recentes, e as condições mercado de trabalho permanecem sólidas".

TRUMP no GOVERNO: As AÇÕES AMERICANAS vão brilhar em 2025?

O menu de Trump para os juros do Fed

Em pouco mais de uma semana na Casa Branca, Trump assinou centenas de ordens executivas que buscam implementar uma agenda agressiva.

O republicano apoiou tarifas como uma ferramenta econômica e de política externa, ordenou uma onda de deportações contra quem cruza a fronteira dos EUA ilegalmente e apresentou uma série de medidas de desregulamentação.

Além disso, Trump falou na semana passada sobre a confiança de que fará a inflação desacelerar e disse que “exigiria” que os juros fossem reduzidos “imediatamente”.

Embora o presidente norte-americano não tenha autoridade sobre o Fed além de nomear membros do conselho, a declaração de Trump sinaliza um relacionamento potencialmente contencioso com os membros do Fomc, como aconteceu no primeiro mandato.

Chef Powell pilota o fogão do Fed

Embora Trump insista em assumir a “cozinha” dos juros, é Powell quem pilota o fogão do Fed.

Em coletiva para explicar a decisão de hoje, o chefe do BC norte-americano foi claro: não há pressa para fazer novos ajustes na taxa referencial.

Powell repetidamente disse que a política monetária dos EUA está bem posicionada e que a economia vai bem, por isso, ele e os membros do Fomc não enxergam urgência para mudanças.

"Olhamos os dados [econômicos] para nos guiar sobre o que devemos fazer. Agora, entendemos que a politica está bem posicionada e a economia também", disse Powell.

"Esperamos ver mais progresso na inflação e se isso acontecer podemos estar em posição de fazer novos ajustes. Agora não vemos isso e não precisamos de pressa para fazer qualquer ajuste", acrescentou.

Powell adiantou que o PCE fechou o ano de 2024 em 2,6%, e o núcleo em 2,8%. O presidente do Fed também sinalizou que a economia dos EUA cresceu mais de 2% no período. Os dados ainda serão divulgados oficialmente.

O chefe do Fed, no entanto, afirmou que não é necessário que o Fomc veja a inflação na meta de 2% para voltar a cortar os juros.

"Nossa política está muito bem calibrada levando nosso mandato duplo [de pleno emprego e estabilidade de preços]. Não precisamos ver o mercado de trabalho enfraquecer ainda mais para atingir a meta de inflação. Também não reagimos com exagero às leituras que mostraram que a inflação acelerou. Tivemos três leituras ruins e três boas. Acho q estamos bem calibrados", acrescentou.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TERRA SEM LEI

Regulação das stablecoins trava no Senado dos EUA e Federal Reserve emite novo alerta sobre riscos

14 de maio de 2025 - 14:32

Projeto batizado de GENIUS Act travou no Senado em meio a embate entre democratas e republicanos após controvérsias envolvendo Donald Trump, sua família e o mercado cripto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca

14 de maio de 2025 - 8:20

Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo

POLÊMICA A JATO

Trump e o Boeing: por dentro da controvérsia (e da possível aeronave) que família real do Catar ofereceu aos EUA

13 de maio de 2025 - 18:25

Segurança, legalidade e carpetes felpudos: o que está por trás da luxuosa e polêmica aeronave que a família real do Catar ofereceu a Donald Trump

MERCADOS HOJE

Ibovespa dispara quase 3 mil pontos com duplo recorde; dólar cai mais de 1% e fecha no menor patamar em sete meses, a R$ 5,60

13 de maio de 2025 - 18:15

A moeda norte-americana recuou 1,32% e terminou a terça-feira (13) cotada a R$ 5,6087, enquanto o Ibovespa subiu 1,74% e encerrou o dia aos 138.963 pontos; minério de ferro avançou na China e CPI dos EUA veio em linha com projetado

INTERNACIONAL

Unidos contra Trump? Lula e Xi aproveitam encontro na China para mandar mensagem aos EUA

13 de maio de 2025 - 13:45

Sem mencionar o nome do republicano, o presidente chinês, Xi Jinping, também comentou sobre a política tarifária dos EUA

NOVO RECORDE

Ibovespa renova máxima histórica e busca os 139 mil pontos nesta terça-feira (13); entenda o que impulsiona o índice

13 de maio de 2025 - 13:07

“Última” máxima intradiária do Ibovespa aconteceu em 8 de maio, quando o índice registrou 137.634,57 pontos

EXPECTATIVAS DESANCORADAS

Ata do Copom: Juros podem até parar de subir, mas Galípolo e diretores do BC jogam água fria sobre momento da queda da Selic

13 de maio de 2025 - 11:42

Copom volta a sinalizar que o fim do atual ciclo de aperto monetário está perto do fim, mas uma alta residual da taxa de juros ainda segue na mesa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA

13 de maio de 2025 - 8:22

Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido

Insights Assimétricos

Depois do incêndio, EUA e China aparecem com baldes d’água: o que está em jogo no cessar-fogo da guerra comercial

13 de maio de 2025 - 6:08

A reação brasileira ao armistício tarifário tem sido, no mínimo, peculiar. Se por um lado a trégua parcial afasta o fantasma da recessão global e reacende o apetite por commodities, por outro, uma série de forças contrárias começa a moldar o desempenho do mercado local

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O elogio do vira-lata (ou sobre small caps brasileiras)

12 de maio de 2025 - 20:00

Hoje, anestesiados por um longo ciclo ruim dos mercados brasileiros, cujo início poderia ser marcado em 2010, e por mais uma década perdida, parecemos nos esquecer das virtudes brasileiras

É BOM OU RUIM?

Trégua entre EUA e China evita catástrofe, mas força Brasil a enfrentar os próprios demônios — entenda os impactos do acordo por aqui

12 de maio de 2025 - 17:53

De acordo com especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o Brasil poderia até sair ganhando com a pausa na guerra tarifária, mas precisaríamos arrumar a casa para a bolsa andar

SAIA JUSTA

Apple avalia aumentar preço da nova linha de iPhones enquanto evita apontar o verdadeiro “culpado”

12 de maio de 2025 - 17:23

Segundo o jornal The Wall Street Journal, a Apple quer justificar possível alta com novos recursos e mudanças no design dos smartphones a serem lançados no outono dos EUA

MEME RALI

Criptomoedas (inclusive memecoins) disparam com avanço de acordos comerciais; Moo Deng salta 527% em uma semana

12 de maio de 2025 - 15:48

Mercado de memecoins ganha fôlego após alívio nas tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e outras potências globais

CRÉDITO PRIVADO

Retorno recorde nos títulos IPCA+ de um lado, spreads baixos e RJs do outro: o que é de fato risco e oportunidade na renda fixa privada hoje?

12 de maio de 2025 - 15:17

Em carta a investidores, gestora de renda fixa Sparta elenca os pontos positivos e negativos do mercado de crédito privado hoje

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) toca os US$ 105 mil; XRP lidera ganhos após trégua na guerra comercial entre China e EUA

12 de maio de 2025 - 14:30

Mercado de criptomoedas ganha força após EUA e China reduzirem tarifas comerciais e abrirem caminho para novas negociações; investidores voltam a mirar recordes

RENDIMENTO NA LUPA

É o ano dos FIIs de papel? Fundos imobiliários do segmento renderam 4,4% em 2025, mas FIIs de tijolo cresceram no último mês

12 de maio de 2025 - 14:10

Na relação de preço pelo valor patrimonial dos fundos imobiliários, os dois setores seguem negociados com desconto neste ano

VENENO OU REMÉDIO

Ações das farmacêuticas passeiam na montanha-russa de Trump após ordem para cortar preços de remédios em 59%

12 de maio de 2025 - 14:02

De acordo com especialistas, uma nova pressão sobre os preços dos medicamentos pode ter um impacto significativo nas receitas do setor

MERCADOS HOJE

Cenário dos sonhos para a bolsa: Dow Jones dispara mais de 1 mil pontos na esteira de acordo entre EUA e China

12 de maio de 2025 - 12:32

Por aqui, o Ibovespa teve uma reação morna, mas exportações brasileiras — especialmente de commodities — podem ser beneficiadas com o entendimento; saiba como

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China

12 de maio de 2025 - 8:07

Investidores também estão de olho no andamento da temporada de balanços e na agenda da semana

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Fim da temporada de balanços do 1T25 e divulgação de PIBs globais movimentam a semana

12 de maio de 2025 - 6:48

Além dos últimos resultados da temporada, que incluem os balanços de BTG Pactual, Petrobras, Banco do Brasil e Nubank, a agenda traz a ata do Copom e dados do PIB na Europa e no Japão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar