Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
A China lançou recentemente algumas medidas de estímulo para apoiar uma economia que já enfrentava problemas antes mesmo de o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar 245% em tarifas totais sobre os bens chineses importados. Mas a ordem de Xi Jinping é esperar para ver.
A tese que circula em Pequim é de que Trump vai pegar mais leve e a guerra comercial pode passar por um longo período de trégua com um acordo entre as duas maiores economias do mundo.
Só que essa leitura é cheia de perigos. Analistas alertam que agir com tamanha cautela “carrega seus próprios riscos”.
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“O risco é que o governo possa ficar para trás na curva enquanto espera, levando o sentimento do mercado e das famílias a sofrer”, diz o economista Wei He, da Gavekal Dragonomics.
Após a conclusão da reunião de abril do Politburo na semana passada, os mercados acionários caíram, sinalizando a decepção dos investidores com o resultado do primeiro encontro do órgão decisório desde que as tarifas de Trump foram anunciadas.
É o fim da linha para a China?
Embora o governo de Xi Jinping esteja relutante em anunciar mais estímulos, mais medidas estão no horizonte.
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A reunião do Politburo reafirmou o aumento dos estímulos fiscais e monetários nos próximos meses e novas podem ser adotadas caso seja necessário — as autoridades, no entanto, forneceram poucas pistas sobre quais outras medidas poderão ser tomadas.
“As autoridades provavelmente estão resistindo, até certo ponto, a mais políticas de estímulo, pois a expansão fiscal previamente anunciada já está em andamento, dando tempo para avaliar os danos das tarifas norte-americanas. É uma abordagem que oferece flexibilidade, mas com riscos consideráveis”, diz Wei.
O comunicado da reunião do Politburo reconheceu claramente a escalada da guerra comercial com os EUA, afirmando que o "impacto dos choques externos aumentou" e apelando à "coordenação do trabalho econômico doméstico e das lutas econômicas internacionais".
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O que a China já anunciou até agora
Autoridades chinesas delinearam nesta segunda-feira (28) planos para sustentar empregos e ajudar exportadores, ao mesmo tempo em que sugeriram a possibilidade de mais estímulos em vista do aumento das tensões comerciais com os EUA.
Embora analistas digam que Pequim ainda não sente os efeitos da guerra comercial, a troca de tarifas entre os EUA e a China já está forçando as fábricas chinesas a interromper a produção e a orientar alguns trabalhadores a ficarem em casa.
- As exportações têm sido um raro ponto positivo na economia chinesa, que tem enfrentado a pressão do consumo fraco e da crise imobiliária.
Embora não tenha anunciado estímulos concretamente, na sexta-feira (25), o comitê executivo do Partido Comunista da China apresentou uma série de medidas para acelerar a implementação de políticas econômicas proativas.
Entre as iniciativas anunciadas, segundo a agência estatal Xinhua, estão o lançamento de novas ferramentas monetárias para apoio à inovação, ao consumo e ao comércio; o aprimoramento do programa de compra habitações; a ampliação do suporte financeiro para empresas em dificuldades; e a criação de meios de refinanciamento para o consumo de serviços e o cuidado de idosos.
Além disso, as autoridades chinesas informaram que vão cortar os juros e baixar a exigência da taxa de reserva "no momento apropriado"; fortalecer a produção agrícola e estabilizar os preços dos alimentos; e lançar iniciativas para estabilizar o emprego e o crescimento econômico.
O anúncio também incluiu a promessa de reformas em comunidades "de maneira intensa e ordenada".
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