🔴TRÊS ROBÔS CRIADOS A PARTIR DE IA “TRABALHANDO” EM BUSCA DE GANHOS DIÁRIOS – ENTENDA AQUI

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

NOVO QUERIDINHO NA ÁREA?

Da Verde ao Itaú, FIDCs para pessoas físicas pipocam no mercado; mas antes de se empolgar com o retorno, atente-se a esses riscos

Os fundos de direitos creditórios foram destaque de emissões e investimentos em 2024, com a chegada dos produtos em plataformas de investimento; mas promessa de rentabilidade acima do CDI com baixa volatilidade contempla riscos que não devem ser ignorados

Monique Lima
Monique Lima
27 de março de 2025
6:10 - atualizado às 14:27
Montagem com imagem do jornalista Sérgio Chapelin apresentando o Globo Repórter com a sigla FIDC em destaque no telão
Imagem: Reprodução Twitter Rede Globo/Montagem Brenda Silva

Diversificação em renda fixa que paga acima de 120% do CDI com praticamente nenhuma volatilidade. Esta é uma característica comum entre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) que brilha aos olhos do investidor rentista brasileiro que mira superar a taxa Selic e seus atuais 14,25% ao ano

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde que os FIDCs se tornaram acessíveis ao público em geral, a partir de outubro de 2023, o volume aportado neste produto financeiro disparou. De um total investido de R$ 12,17 bilhões no acumulado de 2023, no ano passado esse número quase dobrou para R$ 23,14 bilhões, conforme dados da Anbima. Quase a totalidade desse volume foi sustentada por investidores de varejo, tanto os do segmento tradicional quanto os de alta renda. 

A pessoa física “comum” aumentou em mais de quatro vezes o investimento nesses fundos, de acordo com a Anbima, passando de um volume aportado de R$ 1,89 bilhão em 2023 para R$ 8,45 bilhões em dezembro de 2024. Os mais endinheirados não ficaram para trás e também aumentaram seus números: de R$ 5,45 bilhões para R$ 9,74 bilhões um ano depois

A inclusão dos FIDCs na carteira ficou mais fácil depois que as principais corretoras do país incluíram os produtos para o público em geral nas suas prateleiras de fundos. As plataformas da XP e do BTG Pactual oferecem opções para as pessoas físicas, tanto investidores qualificados (que têm mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras) como não qualificados (público geral).

A primeira gestora a aparecer nessas plataformas com um fundo de direitos creditórios para qualquer investidor foi a Solis, em junho de 2024. O Solis Pioneiro tem aplicação mínima de R$ 500, com uma rentabilidade média de 115,5% do CDI. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De lá para cá, outras gestoras, como a JiveMauá e a Valora, também trouxeram FIDCs para o público geral. Já para o público qualificado, destaca-se o FIDC da Verde Asset, de Luis Stuhlberger, o Verde AM Ipê FIDC RL, que visa a uma rentabilidade de 4% acima do CDI, com prazo de resgate de um ano. 

Leia Também

Na última semana, porém, chamou a atenção a incursão do Itaú neste mercado: o bancão anunciou o lançamento do FIDC Soneto Itaú, que, embora também voltado para investidores qualificados, é destinado aos clientes pessoas físicas da sua plataforma de investimento.

O fundo do Itaú chega com uma proposta diferenciada de liquidez mais curta — enquanto a maior parte dos FIDCs têm prazo de cotização de 60 dias, o do Soneto é de 21 —, além de não ter come-cotas (antecipação do imposto de renda comum nos fundos de investimento). 

FIDCs e seus devedores 

Enquanto a onda de FIDCs se forma, é importante entender que esses títulos têm riscos, sobretudo ligados à possibilidade de calote, dado que investem em títulos de crédito privado, ou seja, dívidas de empresas e pessoas físicas. A rentabilidade-alvo maior do que o CDI se dá justamente pelo maior risco dos ativos

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O exemplo clássico de transação envolvendo FIDCs é o das varejistas que desejam antecipar os pagamentos parcelados por seus produtos vendidos, e que fazem isso transferindo o direito de receber as prestações a esses fundos de recebíveis.

Os FIDCs podem ser variados, antecipando recebíveis de contas de água, pagamentos de cartão de crédito e cheques, aluguéis a receber e até direitos de publicidade de times de futebol.

Mesmo que as empresas devedoras dos recebíveis de um FIDC estejam em boa saúde financeira, se o setor estiver mal ou for afetado por eventos significativos de crédito, pode acontecer um efeito contágio até para os devedores mais disciplinados, com uma desvalorização forte dos recebíveis.

Como existem devedores, cedentes e setores mais e menos arriscados, o ideal é buscar fundos que invistam não só em vários FIDCs, mas também que haja diversificação de cedentes (empresas que cederam os créditos), sacados (devedores) e segmentos entre esses FIDCs ou mesmo dentro deles.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Diferentes subordinações e riscos

Existem duas categorias de cotas de FIDCs: as seniores e as subordinadas. As cotas seniores são aquelas que têm prioridade no recebimento da remuneração e das amortizações, além de ser dada a seus detentores uma rentabilidade-alvo típica dos ativos de renda fixa: um percentual do CDI, uma taxa prefixada ou uma taxa prefixada mais a variação do CDI ou da inflação.

Já as cotas subordinadas, que em geral ficam com a gestora do fundo e os cedentes dos recebíveis, são as responsáveis por “absorver” a eventual inadimplência dos títulos da carteira. Elas não têm rentabilidade-alvo e são as últimas a receber, pois ficam apenas com o retorno que sobra. Quanto maior o nível de subordinação de um FIDC, menor seu risco de calote, mas sua rentabilidade-alvo também cai. 

Outra forma de analisar isso é por meio da classificação de risco de agências de rating. De uma forma geral, um FIDC com 20% das cotas subordinadas tende a ter um rating menor que um similar com 30% das cotas subordinadas. Isso porque, níveis mais altos de subordinação são como um bom colchão de segurança em caso de inadimplência. 

Convocação (in)esperada 

Outro mecanismo de mitigação de riscos  para os FIDCs são os gatilhos, definidos no regulamento do fundo, que podem obrigar o gestor a convocar uma assembleia de cotistas para deliberar sobre a continuidade do fundo no caso de determinados eventos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O regulamento pode determinar que os cotistas decidam se preferem liquidar ou não o fundo caso o nível de subordinação caia abaixo de um patamar estabelecido, por exemplo, ou caso o índice de recebíveis vencidos fique superior a determinada marca. 

Em caso de liquidação, o fundo para de comprar recebíveis, devolve o capital aos cotistas e encerra as atividades. Por outro lado, pode acontecer também de os cotistas serem convocados a aportar mais recursos no fundo, caso este tenha prejuízos elevados.

Em resumo, antes de investir em um FIDC, você deveria (se) colocar as seguintes questões:

  1. A que tipos de ativos o fundo está exposto?

Para as pessoas físicas, o ideal é investir por meio de fundos de fundos, isto é, outros fundos que invistam em FIDCs. Mesmo assim, cabe chegar a que tipos de FIDCs o fundo está exposto e em que tipos de ativos esses FIDCs investem. Quem são os cedentes e os sacados? Quais os tipos de recebíveis que compõem sua carteira?

  1. A quais setores e segmentos econômicos pertencem os devedores do FIDC?

Ainda que os sacados dos recebíveis de um FIDC tenham boa saúde financeira, se o setor ao qual eles pertencem estiver mal ou for afetado por eventos adversos significativos de crédito, pode haver um efeito contágio até parar os devedores mais disciplinados, desvalorizando seus recebíveis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um ótimo exemplo disso foi o que ocorreu aos títulos de dívida de varejistas em geral quando foi revelada a fraude no balanço da Americanas em 2023.

  1. Qual o nível de pulverização/diversificação da carteira?

Fundos que investem em vários FIDCs e com diversificação de cedentes, sacados e segmentos tendem a ser menos arriscados que aqueles mais concentrados em poucos devedores ou setores, pois o impacto de uma eventual inadimplência e efeitos contágio são menores.

  1. Qual o nível de subordinação do fundo?

Quanto maior a proporção de cotas subordinadas em um FIDC, menor a chance de um evento de inadimplência na carteira atingir as cotas seniores, uma vez que são as subordinadas as responsáveis por absorver os calotes na carteira do fundo. Assim, quanto maior o nível de subordinação das cotas, menor o risco do fundo.

Embora investidores de varejo só possam investir em cotas seniores, se a maior parte das cotas tiverem esta característica, eventos de inadimplência podem acabar machucando esses cotistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  1. Em quais situações os cotistas podem ser convocados para assembleias?

Prefira os fundos em que os cotistas podem ser convocados a deliberar sobre a possível liquidação do fundo caso haja um desenquadramento da carteira em termos de nível de subordinação ou inadimplência. Evite FIDCs em que o cotista pode ser obrigado a aportar mais recursos no fundo em caso de prejuízo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PRÊMIO GORDO

Mega-Sena 2902 acumula R$ 55 milhões e sorteio acontece neste sábado — ainda dá tempo de tentar a sorte

16 de agosto de 2025 - 10:15

Apostas podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília

ACUMULOU DE NOVO

Mega-Sena 2901 corre hoje valendo R$ 47 milhões; Lotofácil 3468 tem 8 ganhadores, mas ninguém fica milionário

14 de agosto de 2025 - 9:40

Mega-Sena está acumulada há três concursos, mas uma mudança na regra de distribuição vem turbinando os prêmios oferecidos

BANCOS ABALADOS

Pix: a inovação brasileira que economizou mais de R$ 100 bilhões, sambou com bancos e irritou Trump

13 de agosto de 2025 - 17:06

Enquanto consumidores comemoram, bancos e maquininhas sentem o impacto: o Pix transformou o mercado e ninguém ficou parado

ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?

Dinheiro esquecido: R$ 10,56 bilhões ainda estão de bobeira esperando para serem resgatados

12 de agosto de 2025 - 18:10

Dados do BC revelam que 48,2 milhões de pessoas físicas ainda não reivindicaram os valores deixados nos bancos

CARTÃO AMARELO

INSS suspende pagamento de benefícios pelo Agibank por suspeita de irregularidades; banco nega

12 de agosto de 2025 - 16:31

Para os beneficiários do INSS que já recebem pelo Agibank, os pagamentos continuam normalmente, sem alterações imediatas

EITA VIDA BOA!

Um prêmio de loteria por mês: quanto rendem os quase R$ 100 milhões do mais novo ganhador da Mega-Sena na poupança, no Tesouro Direto, no CDI e no LCI

6 de agosto de 2025 - 11:24

Na caderneta de poupança, o prêmio do concurso 2897 da Mega-Sena cresceria R$ 670 mil por mês, mas rendimento pode passar de R$ 1 milhão em outros tipos de investimento, mesmo na renda fixa conservadora

LOTERIAS

Esquenta da Mega da Virada: mudança de regra coloca loteria no caminho de prêmio bilionário no fim do ano

4 de agosto de 2025 - 14:08

Ministério da Fazenda acaba de alterar as regras de distribuição de prêmios da Mega-Sena e da Mega da Virada

INQUILINOS EM DÍVIDA

A inadimplência de aluguel de imóveis está em alta no Brasil e atinge maior patamar em mais de um ano

29 de julho de 2025 - 18:23

Segundo Índice Superlógica, indicador chegou a 3,59% em junho de 2025, maior patamar desde maio de 2024

RENDA FIXA

Com juros altos e incerteza global, renda fixa exige diversificação, apontam especialistas

27 de julho de 2025 - 8:51

Painel da Expert XP 2025 buscou destacar os caminhos e desafios para alocar recursos no atual cenário, econômico.

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Gestor da Kinea vê oportunidade em FIIs e aposta em retomada com corte de juros

26 de julho de 2025 - 15:45

Executivo aponta que mesmo com Selic alta, mercado de fundos imobiliários oferece boas oportunidades tanto em ativos de papéis quanto em tijolo.

GANHO REAL

Lucro do FGTS cai nas contas ainda em julho: rendimento é de R$ 20 a cada R$ 1.000 de saldo

26 de julho de 2025 - 9:21

Com a distribuição de lucros, o rendimento total do FGTS em 2024 sobe para 6,05% e tem ganho real — ficou acima da inflação de 4,83% acumulada no mesmo período.

DIN DIN NA CONTA

Quem tem saldo no FGTS poderá receber parte dos R$ 13 bilhões de lucro; confira se tem direito e a data de pagamento

24 de julho de 2025 - 11:11

Valor é referente ao lucro de 2024 e será distribuído de forma proporcional ao saldo na conta dos contribuintes

DINHEIRO A CAMINHO

Receita libera consulta ao 3º lote de restituição do IR 2025; veja se você está na lista

24 de julho de 2025 - 10:03

É o maior lote da história em número de contribuintes e o segundo maior em valor — cerca de 7,2 milhões de contribuintes receberão um montante total de R$ 10 bilhões

ATENÇÃO REDOBRADA

Pix automático promete praticidade, mas também pode virar armadilha digital; veja como se proteger de golpes

23 de julho de 2025 - 16:52

Nova função do Banco Central traz comodidade, mas demanda cuidado com autorizações falsas e sites fraudulentos

DINHEIRO A CAMINHO

Receita libera nesta quinta (24) consulta ao 3º lote de restituição do IR 2025

23 de julho de 2025 - 15:36

É o maior lote da história em número de contribuintes e o segundo maior em valor — cerca de 7,2 milhões de contribuintes receberão um montante total de R$ 10 bilhões

POUPANÇA INTERNACIONAL

Cofrinho que rende em dólar? Solução da Wise investe em fundo da BlackRock e pode render até em euro e libra

20 de julho de 2025 - 12:01

O “cofrinho” da Wise é uma parceria com a Genial Investimentos, que não exige aplicação mínima nem período de carência

LINHA DE CRÉDITO

Clientes da Caixa podem dar imóvel em financiamento como garantia para mais de um empréstimo

19 de julho de 2025 - 16:56

A nova linha de crédito tem taxas de juros reduzidas e o valor do empréstimo pode chegar a 60% do valor de avaliação do imóvel

PRESENÇA CONFIRMADA

Não tem mais como escapar: Pix está em todas as telas de pagamento do e-commerce em 2025, diz pesquisa

18 de julho de 2025 - 16:29

Lançado em 2020, o sistema de pagamento se tornou padrão no comércio — virando até potencial alvo da guerra comercial de Donald Trump

VAI E VEM

Da previdência às viagens: de quanto será o IOF sobre VGBL, câmbio e crédito após a volta do decreto do governo

17 de julho de 2025 - 11:14

Veja como ficam as alíquotas depois que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu pela validade do decreto que aumentou o imposto

CONTA RENDEIRA 2.0

Banco do Brasil, Nubank, Itaú, Mercado Pago… quanto paga cada caixinha, cofrinho ou porquinho dos bancos e qual é a melhor?

17 de julho de 2025 - 6:02

O Seu Dinheiro avaliou as principais aplicações oferecidas pelos bancos e instituições financeiras para explicar o que cada uma oferece

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar