O tempo cura tudo: ação da Raízen (RAIZ4) surge entre as maiores quedas do Ibovespa, mas bancos estão otimistas com o papel
O prejuízo da companhia do setor de açúcar e álcool disparou nos três primeiros meses do ano, mas BTG e Citi enxergam motivos para seguir com os ativos em carteira

A Raízen (RAIZ4) teve mais uma temporada de resultados abaixo do esperado no quarto trimestre do ano fiscal 2024/25, que correspondem aos primeiros três meses do ano. A performance acabou prejudicando o desempenho das ações, que figuram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (14).
A companhia de combustíveis e açúcar teve prejuízo de R$ 2,5 bilhões, um salto nas perdas em relação ao desempenho também negativo de R$ 879 milhões apurado no mesmo período do ano passado.
Esse é o segundo trimestre consecutivo em que a Raízen entrega prejuízo aos investidores. No terceiro trimestre do ano fiscal 2024/2025, encerrado em dezembro de 2024, o prejuízo líquido foi de R$ 2,57 bilhões,revertendo o lucro de R$ 793 milhões registrado um ano antes.
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As ações da Raízen respondem negativamente aos números divulgados nesta terça-feira (13). Por volta das 16h35, a queda era de 5,03%, sendo negociadas a R$ 1,71. No ano, a RAIZ4 acumula queda de 20,8%.
Mesmo com o desempenho aquém do esperado, Citi e BTG Pactual mantêm a recomendação de compra para os papéis mirando na recuperação de longo prazo da companhia, apesar do trimestre considerado “decepcionante”.
A operadora da Shell no Brasil também divulgou na véspera projeções para 2025/26. A expectativa é de processamento de cana entre 72 e 75 milhões de toneladas (já desconsiderando a parcela desinvestida), redução e otimização de estruturas com benefício de R$ 500 milhões no ano (nominal), e investimentos entre R$ 9 bilhões e R$ 9,8 bilhões, após os R$ 11,91 bilhões realizados na temporada anterior.
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Por que comprar as ações da Raízen, segundo Citi e BTG Pactual
O Citi avaliou que a Raízen teve um desempenho anual mais fraco. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,7 bilhão, abaixo das projeções do banco e do consenso do mercado.
O motivo? O desempenho abaixo do esperado nos segmentos de Mobilidade no Brasil e de Renováveis e Açúcar (S&R), impactados pela menor moagem de cana.
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O menor volume de vendas de combustíveis e margens comprimidas também afetaram o desempenho da Raízen no período, segundo os analistas Gabriel Barra e Pedro Gama.
“O trimestre foi marcado por efeitos não recorrentes, como o encerramento das operações de trading de combustíveis e energia, o que contribuiu para um prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões”, afirmam.
No longo prazo, o Citi considera positivo o cenário de um déficit global maior no mercado de açúcar, causado pela interrupção do subsídio do governo indiano, o que elevará os preços da commodity, além do melhor desempenho de veículos híbridos em relação aos veículos 100% elétricos.
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Mas o banco ainda vê riscos potenciais que podem afetar as ações da empresa, como a dificuldade para atingir o preço-alvo:
- Novos projetos como E2G, biogás e pellets podem representar desafios extras para a Raízen — tanto na operação quanto na comercialização dos produtos;
- A adoção acelerada de veículos 100% elétricos no mundo pode reduzir a demanda por biocombustíveis.
Com isso, o Citi recomenda a compra, fixando o preço-alvo para dezembro em R$ 3.
Já o BTG Pactual acredita que os esforços da nova gestão são bem-vindos — como cortes de investimentos, fim do trading e venda de ativos não essenciais —, mas não serão suficientes.
O banco avalia que, para alcançar uma boa recuperação, a Raízen precisa:
- Aumentar a produtividade agrícola;
- Diluir custos fixos;
- Monetizar os ativos de E2G;
- Melhorar margens nas operações de combustíveis.
Apesar dos desafios, o BTG mantém a recomendação de compra e avalia que até mesmo uma leve melhora no fluxo de caixa pode destravar valor relevante nas ações.
Com isso, a recomendação de compra permanece, com preço-alvo para dezembro fixado em R$ 3,50.
*Com informações do Money Times
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