MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3), Cyrela (CYRE3) e mais: o que esperar dos resultados das construtoras que ainda não divulgaram o balanço?
Com a temporada do segundo trimestre já a todo vapor, Direcional deve ser um dos principais destaques entre as que ainda não divulgaram os resultados do segundo trimestre. MRV deve ter números negativos
Não há cenário macro que segure as construtoras na bolsa de valores esse ano. Mesmo que umas mais e outras menos, uma valorização de dois dígitos das ações na B3 é praticamente uma unanimidade entre as empresas.
Com a temporada de resultados do segundo trimestre já a todo vapor, resta saber o que esperar daqui para a frente. Será que a bonança vai continuar?
Até agora, as empresas que já publicaram os balanços foram: Cury (CURY3), Tenda (TEND3), Plano&Plano (PLPL3), Eztec (EZTC3), Mitre (MTRE3) e Lavvi (LAVV3).
Na semana que se inicia nesta segunda-feira (11), MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3), Cyrela (CYRE3), Moura Dubeux (MDNE3), JHSF (JHSF3), Trisul (TRIS3), Even (EVEN3) e Melnick (MELK3) divulgam os números.
Confira abaixo o saldo da temporada até o momento e o que esperar das construtoras que ainda vão publicar os números do segundo trimestre de 2025.
- VEJA MAIS: Onde investir em Agosto? O Seu Dinheiro conversou com analistas renomados para saber quais ações, FIIs e BDRs valem a pena agora
O que vem por aí
Começando pelo segmento de baixa renda, a Direcional divulga resultados na noite desta segunda-feira (11), com altas expectativas por parte do mercado. A companhia vem sendo uma das grandes beneficiadas pelo bom momento do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e a ação é queridinha entre gestores e analistas.
Leia Também
Depois de uma prévia operacional forte, o Santander espera uma sólida expansão da receita para R$ 1,1 bilhão — avanço de 25,4% em relação ao ano anterior —, impulsionada por pré-vendas líquidas mais fortes e robusto avanço das obras ao longo do trimestre.
A XP projeta que a margem bruta avance 3,6 pontos percentuais (p.p) na base anual, para 41,4%, sustentada por um cenário favorável, com custos de materiais controlados e forte rentabilidade na colheita de projetos recentes.
Esse indicador mede quanto a empresa lucra com a venda do produto, subtraindo apenas o que ela pagou por ele, sem considerar outras despesas.
Além disso, a XP projeta que o lucro líquido avance significativamente, para R$ 182 milhões — em um crescimento de 35% ano a ano —, apesar da menor participação da Direcional nos lançamentos do trimestre e da redução da participação na Riva, subsidiária que agora é focada na Faixa 4 do MCMV depois da expansão do programa esse ano.
Veja as estimativas compiladas pela Bloomberg para Direcional no 2T25:
- Lucro líquido: R$ 186 milhões;
- Receita líquida: R$ 1,093 bilhão;
- Ebitda: R$ 287 milhões.
Sobre a MRV, o Santander projeta um trimestre fraco, com todos os olhos voltados para as operações no Brasil, com expectativa de melhorias contínuas e receita líquida consolidada de R$ 2,6 bilhões, alta de 11,7% ano a ano, apoiada por avanços contínuos na produção.
A XP também não tem boas perspectivas para o balanço. “Esperamos que o lucro líquido ajustado atinja R$ 69 milhões (excluindo potenciais perdas de valor da Resia), embora os resultados devam continuar pressionados pelas despesas financeiras”, escrevem os analistas em relatório.
Contando com a Resia, operação multifamily nos EUA, a MRV deve ter um prejuízo líquido de R$ 717 milhões. O braço-norte-americano tem sido a grande pedra no sapato do grupo já há vários trimestres. Você pode entender melhor a situação nesta matéria.
Por outro lado, a casa prevê que a receita líquida aumente 10% na base anual, para R$ 2,51 bilhões, apoiada por crescimento de 6% nas pré-vendas líquidas em relação ao ano anterior e aumento de 11% na produção em relação ao ano anterior.
“Além disso, antecipamos que a margem bruta suba para 30,2%, alta de 1,6 p.p. em relação ao trimestre anterior, impulsionada pela crescente contribuição das colheitas de projetos mais recentes”, afirma a XP.
Veja as estimativas compiladas pela Bloomberg para MRV no 2T25:
- Lucro líquido: R$ 77 milhões;
- Receita líquida: R$ 407 milhões;
- Ebitda: R$ 2,534 bilhões.
Fora das populares, a Cyrela também deve ter resultados robustos, segundo a XP, com expansão de 17% na receita líquida, para R$ 2,18 bilhões — impulsionada pelo aumento nas pré-vendas líquidas e o reconhecimento de receita do backlog.
A margem bruta deve seguir estável frente ao mesmo período do ano anterior. Para o Santander, o balanço deve vir sólido. Abaixo, você confere as projeções conforme o consenso Bloomberg:
- Lucro líquido: R$ 446 milhões;
- Receita líquida: R$ 499 milhões;
- Ebitda: R$ 2,221 bilhões.
Moura Dubeux e JHSF também devem divulgar bons balanços, segundo a XP. Trisul e Melnick devem ter resultados neutros, enquanto Even apresentará cifras ruins, ainda de acordo com a corretora.
Os resultados das construtoras até agora
O segmento de baixa renda tem sido a menina dos olhos de analistas e gestores ao longo de 2025, graças ao bom momento do MCMV — que inaugurou um novo patamar de renda este ano: a Faixa 4 agora possibilita a compra de imóveis de até R$ 500 mil pelo programa social.
Nesse embalo, um dos destaques positivos do segundo trimestre foi a Cury, cujos resultados impressionaram o mercado. A construtora que atua no Rio de Janeiro e São Paulo apresentou um resultado forte entre abril e junho, depois de ter vindo com tudo também no front operacional.
Uma das linhas que mais animou os analistas foi a rentabilidade, medida pelo ROE, que atingiu 70% no trimestre, um avanço de 8,1p.p ano a ano — algo que impressionou analistas do BTG, Santander, XP e BB Investimentos. Veja detalhes sobre como o mercado recebeu o balanço nesta matéria.
Por outro lado, a Tenda viu seu lucro subir mais de 4.430% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 4,5 milhões para R$ 203,9 milhões — e mesmo assim veio abaixo das expectativas do Santander e do Itaú BBA.
Isso porque um dos impulsionadores do lucro foi o swap que a companhia fez com as próprias ações, que subiam quase 80% no ano até a última quinta-feira (7), data da divulgação do balanço.
Para o Itaú BBA, sem esse efeito, o lucro foi de R$ 77 milhões, abaixo da projeção de R$ 100 milhões, impactado por margens brutas menores e despesas gerais administrativas maiores. O prejuízo da Alea, braço de casas pré-fabricadas da construtora, também pesou.
Fechando o grupo das construtoras populares, a Plano & Plano mostrou resultados em linha com as projeções do Santander e BTG. Para a XP, os resultados foram neutros, com queda de 12% no lucro líquido, para R$ 84 milhões impactado por maiores participações minoritárias. Isso puxou a rentabilidade (ROE) para 43,6%, perda de 8,2 p.p. trimestre a trimestre.
Os principais destaques positivos foram a sólida expansão da receita com um avanço de 12% ano a ano; o reconhecimento positivo das receitas de backlog e a forte contribuição do programa Pode Entrar.
Fora do segmento de baixa renda, a Eztec trouxe número fortes, com aumento de 8% de 8% na receita líquida, para R$ 449 milhões, acima do projetado pelo Santander — impactada positivamente pela pela venda de terrenos no valor de R$ 40 milhões e pela liberação das cláusulas suspensivas que estavam atrasando a continuidade de dois projetos imobiliários: Agami e SP 360.
A geração de caixa frente à queima no trimestre anterior e o aumento de 20% do portfólio de financiamento direto da Eztec também foram fatores positivos para o Santander.
A Lavvi teve resultados sólidos, segundo Santander, com crescimento de 9% no lucro líquido, para R$ 119 milhões.
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
