EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026
A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões
O pedido de criação da primeira bolsa de valores dos Estados Unidos dedicada à economia da sustentabilidade recebeu aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC), a agência que regula e fiscaliza o mercado de capitais do país.
A Green Impact Exchange (GIX) pretende funcionar como um ambiente de negociação e listagem com foco estratégico em sustentabilidade, um mercado estimado em US$ 35 trilhões (aproximadamente R$ 205 trilhões) segundo a própria instituição.
A GIX atenderá empresas de capital aberto e investidores que buscam preservar e criar valor, gerenciar riscos climáticos e atender à crescente demanda global por soluções sustentáveis. A previsão é que a bolsa de valores inicie suas operações no início de 2026.
- VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
"A ordem de aprovação de hoje é um passo importante para investidores e empresas comprometidos com a sustentabilidade", disse Dan Labovitz, CEO e cofundador da GIX, em comunicado oficial.
A primeira bolsa de valores focada em finanças sustentáveis foi lançada em Luxemburgo em 2016 com o objetivo de contribuir diretamente para as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e para o Acordo de Paris. Desde a sua criação, a Luxembourg Green Exchange (LGX) já emitiu 1,2 trilhão de euros em títulos financeiros sustentáveis (aproximadamente R$ 6,6 trilhões).
Entenda como deve funcionar a bolsa verde americana
Fundada por profissionais do setor financeiro com experiência em bolsas internacionais, a Green Impact Exchange (GIX) pretende dar maior confiança a investidores interessados em investir em empresas comprometidas com a sustentabilidade.
Leia Também
De acordo com a instituição, como as bolsas de valores são reguladas e exigem padrões rigorosos das empresas listadas, estas se tornam mais confiáveis para investidores.
A bolsa verde americana fará a dupla listagem de empresas comprometidas com governança sustentável e transparência, afirmou Labovitz à agência de notícias Bloomberg.
“Entramos em contato com centenas de empresas nos últimos 18 meses”, disse Labovitz. “Empresas que atuam globalmente reconhecem que, para se manterem competitivas, precisam continuar a avançar para tornar seus negócios mais sustentáveis.”
Momento é desafiador para os investimentos sustentáveis
A criação do Green Impact Exchange acontece num contexto bastante desafiador para os investimentos sustentáveis, em especial nos EUA.
Desde que assumiu a Presidência, Donald Trump vem adotando medidas que impactam tanto a agenda climática – saída do Acordo de Paris e incentivos aos combustíveis fósseis – quanto as políticas de diversidade, cortando financiamentos federais e pressionando empresas a banirem programas.
Além disso, dados compilados pela Bloomberg revelam que, somente na última semana, cerca de US$ 5,7 bilhões foram sacados de ETFs (fundos de índices) com foco em ESG, o maior volume em mais de um ano.
Analistas do Barclays Plc observaram que a pressão vendedora vem se intensificando desde fevereiro e que, no mês passado, aproximadamente US$ 9 bilhões foram retirados de fundos de ações sustentáveis.
- LEIA TAMBÉM: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
Por outro lado, segundo dados do PitchBook, o investimento em startups de tecnologia climática nos EUA aumentou quase 65% no primeiro trimestre deste ano, para US$ 5 bilhões, indicando um retorno do capital para o mercado de investimentos verdes.
Apesar desse cenário desafiador, os fundadores da GIX afirmam acreditar que a demanda global aumentará, pois os investidores considerarão as implicações financeiras das mudanças climáticas.
“Risco climático é risco de negócios. É simples assim. Investidores e empresas nos EUA continuam a buscar a sustentabilidade porque isso faz sentido financeiro e competitivo", afirmou Charles Dolan, presidente e cofundador da GIX. "Mercados públicos como a GIX têm um papel fundamental ao conectar investidores sustentáveis com empresas que compreendem essa lógica."
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
