Consórcio formado por grandes empresas investe R$ 55 milhões em projeto de restauração ecológica
A Biomas, empresa que tem como acionistas Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, planeja restaurar 1,2 mil hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia e gerar créditos de carbono
A empresa de regeneração de ecossistemas Biomas, que tem como sócios Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciou nesta sexta-feira (25) o investimento de R$ 55 milhões em seu primeiro projeto de restauração florestal.
A iniciativa pretende restaurar 1,2 mil hectares de Mata Atlântica, região com maior biodiversidade do planeta e que mais sofreu com transformações nos últimos anos, segundo o MapBiomas.
Devem ser plantadas dezenas de espécies nativas em uma área pertencente à Veracel Celulose, indústria de base florestal que atua há mais de 30 anos no sul da Bahia.
- VEJA MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
O projeto Muçununga – denominação de um ecossistema típico da região – é parte de uma meta maior de restaurar 2 milhões de hectares de áreas degradadas ou improdutivas nos próximos 20 anos.
O modelo de negócio prevê que a restauração seja financiada pelos créditos de carbono que serão gerados na área recuperada. A expectativa é de que este primeiro projeto gere aproximadamente 500 mil créditos de carbono em 40 anos. Cada crédito de carbono representa uma tonelada de CO2 que foi removida da atmosfera.
Além disso, a iniciativa também visa promover benefícios sociais na região, como geração de emprego e renda.
Leia Também
“Nosso negócio não é só plantar árvores e vender carbono. O carbono é um meio para financiar a restauração, mas não um fim. A restauração ecológica gera múltiplos benefícios, como melhoria da qualidade do solo e da água, recuperação e proteção da biodiversidade e regulação do clima”, explica Fabio Sakamoto, CEO da Biomas.
Restauração ecológica: setor econômico bilionário e estratégico
Criada no fim de 2022, a Biomas faz parte de um novo setor econômico que está emergindo no Brasil. De acordo com a empresa, o impacto da restauração agroflorestal vai além do clima, na medida em que contribui para conservar a biodiversidade e melhorar a qualidade da água e do solo, aumentando a resiliência diante de eventos extremos.
“Com o projeto Muçununga, a Biomas mostra que é possível regenerar ecossistemas, gerar créditos de carbono de alta integridade e, ao mesmo tempo, criar oportunidades reais de renda e trabalho em territórios vulneráveis. É uma solução de mercado que une retorno ambiental, impacto social e viabilidade financeira”, afirma Maitê Leite, vice-presidente Institucional do Santander Brasil.
O Brasil detém, isoladamente, 15% do potencial global de soluções climáticas naturais de baixo custo, colocando-o ao lado da Indonésia como líder nesse aspecto, de acordo com um estudo recente da McKinsey & Company. Segundo a consultoria, o setor pode gerar um movimento financeiro anual entre US$ 16 bilhões e US$ 26 bilhões no Brasil – entre R$ 91 bilhões e R$ 147 bilhões, aproximadamente.
Além de beneficiar o meio ambiente e a conservação da biodiversidade, a restauração e as iniciativas de agrofloresta podem destravar essa oportunidade e gerar um alto impacto social, com a criação de 880 mil empregos. Segundo a McKinsey, mais da metade desses empregos (57%) seriam criados próximos aos locais dos projetos, ou seja, em áreas degradadas e com baixa atividade econômica.
“O Brasil vive um momento crucial. Com o avanço das mudanças climáticas, eventos extremos e perda de biodiversidade, investir em projetos de restauração ecológica é mais do que necessário — é estratégico”, afirma Hugo Barreto, diretor de Clima, Natureza e Investimento Cultural da Vale.
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
