Azul (AZUL4) apresenta plano de reestruturação à Justiça dos EUA, e audiência de confirmação ganha data; veja os objetivos da aérea
Empresa brasileira pretende eliminar US$ 2 bilhões em dívidas em tempo recorde
A Azul (AZUL4) deu mais um passo no seu caminho de recuperação judicial nos Estados Unidos. A empresa apresentou, ontem (16), à Justiça de Nova York o plano de reestruturação no âmbito do Chapter 11. A audiência de confirmação está prevista para 11 de dezembro, enquanto o prazo para objeções se encerra no dia 1º desse mesmo mês.
O Chapter 11 é, nos EUA, equivalente à recuperação judicial no Brasil.
Se tudo acontecer nos conformes, a Azul pode finalizar o processo no prazo previsto inicialmente. Os executivos da companhia afirmam que esperam sair do Chapter 11 entre o final de 2025 e o início do próximo ano.
- LEIA TAMBÉM: Novo episódio do Touros e Ursos no AR! Acompanhe as análises e recomendações de especialistas do mercado; acesse já
A Azul entrou com o pedido de Chapter 11 nos EUA no final de maio. Então, se o processo for finalizado neste ano, a companhia terá a recuperação mais rápida do setor aéreo brasileiro.
Mas, afinal, qual é o plano da Azul?
O plano visa a eliminar cerca de US$ 2 bilhões em dívidas do balanço, mas é preciso reforço de capital para que o projeto seja concretizado.
Pensando nisso, a companhia firmou acordos com parceiros estratégicos. A United e a American Airlines já se comprometeram a ajudar na reorganização. Essas empresas americanas poderão contribuir com quantias entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões para reforçar a liquidez.
Leia Também
Também será realizada uma oferta de subscrição de ações (Equity Rights Offering) no valor de até US$ 950 milhões, destinada a credores e investidores interessados em participar da capitalização.
Do valor total, US$ 650 milhões serão garantidos por um grupo de credores que assumiram o compromisso de backstop, ou seja, firmaram o compromisso de comprar os papéis ou ações da oferta caso não haja demanda no mercado.
- VEJA TAMBÉM: Descubra como os gigantes do mercado estão investindo: o podcast Touros e Ursos traz os bastidores toda semana; acompanhe aqui
Como uma fênix que ressurge das cinzas, a aérea diz em documento público que deseja terminar o Chapter 11 como uma companhia forte, competitiva e global.
Redução de frota de aviões também está no planejamento
O plano de reestruturação da Azul inclui ainda uma redução de 35% na frota. A ideia da empresa é “criar uma organização ágil capaz de garantir o fortalecimento e a transformação da companhia para o futuro”.
Com isso, será possível diminuir o valor investido em manutenção, que pesa no capex. Esse movimento auxiliará no processo de desalavancagem financeira.
Serão “cortados” as aeronaves já paradas por problemas na cadeia de suprimentos e os pedidos futuros de novos aviões, segundo a Azul.
- SAIBA MAIS: Onde investir para buscar maximizar o seu patrimônio? Use o simulador gratuíto do Seu Dinheiro e receba recomendações de investimento com estratégia e segurança
Outros acordos estratégicos
Além de contratos com a United e a American Airlines, a Justiça dos EUA liberou no mês passado um acordo entre a Azul e a AerCap, maior arrendadora e responsável pela maioria de suas aeronaves e obrigações de leasing.
Com a decisão, a companhia brasileira poderá rejeitar múltiplos contratos de arrendamento e economizar mais de US$ 1 bilhão.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes