Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás

A Ambipar (AMBP3) tem mais uma sessão de forte queda em meio a um pedido de proteção contra credores que colocou a companhia em uma crise de confiança no mercado. Por volta das 15h15, o papel tinha queda de 65,13%, a R$ 2,49. Desde segunda-feira (29), o papel já perdeu mais de 75% do valor.
Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1000%, voltou ao patamar de um ano atrás.
Cadê o caixa da Ambipar?
No radar, está o caixa da companhia. De acordo com uma matéria do Broadcast, do Estado de S. Paulo, alguns credores da Ambipar têm buscado identificar onde ele estaria.
Fontes afirmam à agência que a busca pelo caixa da Ambipar vem desde a semana passada e que há indícios de que apenas US$ 80 milhões (pouco mais de R$ 400 milhões) teriam sido encontrados.
Além disso, um analista que acompanha a companhia, ouvido pelo Broadcast em condição de anonimato, destacou a incoerência da Ambipar ao alegar falta de caixa para honrar compromissos diante de bilhões que foram relatados no demonstrativo.
O ponto que já chamava a atenção no relatório da S&P. O documento destaca que a Ambipar reportou uma dívida de curto prazo de R$ 616 milhões, o que representa apenas cerca de 5% da dívida bruta.
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Ao mesmo tempo, a companhia possuía uma “posição de caixa considerável de R$ 4,7 bilhões” no fim do segundo trimestre.
Além da S&P, a agência de risco Fitch também rebaixou a nota de risco a Ambipar, mas foi menos drástica. A agência rebaixou o rating da companhia de ‘BB-‘ para ‘C’, um nível acima do calote.
Foco é evitar a recuperação judicial
Já no começo do semana, a companhia contratou a BR Partners (BRBI11) para assessorá-la em sua crise financeira. A informação foi publicada pelo Pipeline e confirmada pelo Money Times.
Desde a semana passada, a companhia vive dias de incerteza, após a debandada de diretores e um pedido de proteção judicial, considerado uma espécie de pré-recuperação judicial.
Segundo uma fonte ouvida, a expectativa, porém, é que a empresa consiga negociar de forma amigável com os credores, evitando uma RJ.
Dividas em cascata: O estopim da crise
No último dia 22, os bonds da Ambipar com vencimento em 2031 desabaram no mercado internacional pouco antes da empresa ter anunciado, via fato relevante, a sua sétima emissão de debêntures, no valor de R$ 3 bilhões.
Do outro lado do balcão, o Deutsche Bank não assistiu a tudo isso parado. A instituição exigiu um aditivo de US$ 35 milhões, provocando um efeito em cadeia que poderia acelerar obrigações financeiras em até R$ 10 bilhões.
Segundo a revista Veja, o contrato com o banco alemão previa a cobrança do aditivo em caso de desvalorização dos bonds no mercado internacional.
Sem alternativas, a Ambipar recorreu à proteção judicial, alegando que o banco exige garantias muito além dos termos contratuais.
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