Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

Sob contagem regressiva no relógio, os acionistas da Petrobras (PETR4) têm apenas algumas horas até precisarem bater o martelo sobre o futuro do conselho de administração da petroleira e o pagamento de dividendos bilionários.
A assembleia geral ordinária (AGO) da estatal está marcada para acontecer na tarde desta quarta-feira (16), com início programado para às 14h.
Apesar de estarem em jogo várias pautas relevantes, o mercado está de olho em um tema central: a briga por um espaço no conselho, com a eleição de novos conselheiros e do presidente do colegiado (chairman), após as renúncias recentes.
- VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
O conselho da Petrobras (PETR4)
Hoje, o conselho administrativo da Petrobras (PETR4) conta com 11 cadeiras, das quais o governo federal, principal acionista da petroleira, tem direito a seis lugares. Já os minoritários possuem quatro indicações, enquanto os funcionários têm direito a uma vaga.
Como três conselheiros já foram eleitos na última assembleia em votação separada, sendo dois deles representantes dos minoritários, agora há uma disputa pelas oito vagas restantes no colegiado.
No centro da briga pelas cadeiras disponíveis no conselho está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman, Pietro Mendes, e da CEO, Magda Chambriard, antes que seus mandatos expirem.
Leia Também
Na posição de acionista controlador da Petrobras, a União indicou oito executivos ao conselho. O governo propõe que Mendes, presidente do conselho desde 2023, continue à frente do colegiado, e que o mandato de Chambriard como conselheira seja estendido até a AGO de 2026.
Vale lembrar que Chambriard passou a ocupar uma cadeira no conselho em maio do ano passado, quando assumiu também o comando da petroleira após a saída do ex-presidente Jean Paul Prates.
- Reportagem especial: Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Por sua vez, os investidores minoritários que detêm, em conjunto, mais de 5% das ações ordinárias (PETR3) da companhia pediram a adoção de voto múltiplo nesta eleição. O mecanismo permite aos acionistas distribuírem seus votos entre menos candidatos — o que pode aumentar as chances de garantirem cadeiras no conselho.
Entre as indicações, os acionistas propõem a manutenção da posição de João Abdalla Filho, fundador e dono do Banco Clássico.
Os investidores da Petrobras (PETR4) também deverão determinar sobre a independência dos conselheiros eleitos. Vale lembrar que o estatuto da estatal determina que o conselho deve ser composto por, no mínimo, 40% de membros independentes.
- VEJA MAIS: Como declarar os seus investimentos? Guia gratuito do Seu Dinheiro ensina como acertar as contas com o Leão
Quem são os indicados ao conselho da Petrobras?
Indicados pelo governo:
- Pietro Adamo Sampaio Mendes - Presidente
- Magda Maria de Regina Chambriard - Membro
- Benjamin Alves Rabello Filho - Membro
- Bruno Moretti - Membro
- José Fernando Coura - Membro independente
- Rafael Ramalho Dubeux - Membro independente
- Renato Campos Galuppo - Membro independente
- Ivanyra Maura de Medeiros Correia - Membro independente
Indicados pelos acionistas minoritários:
- José João Abdalla Filho - Membro independente
- Aloísio Macário Ferreira de Souza - Membro independente
- Thales Kroth de Souza - Membro independente
Vão pingar dividendos bilionários na conta?
Além de votarem os indicados ao conselho de administração, os acionistas da Petrobras (PETR4) também deverão debater propostas da administração para temas como dividendos, estrutura do conselho fiscal e remuneração de executivos da estatal.
Como anunciado junto ao balanço de 2024, a petroleira propôs o pagamento de cerca de R$ 9,1 bilhões em dividendos ordinários aos acionistas. A cifra não só veio bem abaixo do esperado, como também sem a companhia de dividendos extraordinários.
Se aprovada nesta AGO, a remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024 totalizará R$ 75,8 bilhões, sendo R$ 73,9 bilhões em distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 1,9 bilhão em recompras de ações.
- Leia também: Dividendos em risco? O que acontece com a Petrobras (PETR4) se o petróleo seguir em queda
Aliás, ainda é possível ter direito à chuva de proventos da Petrobras. Poderá receber a remuneração os investidores que possuírem ações PETR3 ou PETR4 até o fim do pregão desta quarta-feira (16).
Já o pagamento dos dividendos aos acionistas deve acontecer em duas parcelas, em 20 de maio e em 20 de junho.
De olho no conselho fiscal
Os investidores também deverão discutir a proposta da administração da Petrobras para o conselho fiscal, de manter a composição já estabelecida no estatuto, de até cinco membros e cinco suplentes.
Confira as indicações:
Pelo acionista controlador:
- Viviane Aparecida da Silva Varga (Titular)
- David Rebelo Athayde (Suplente)
- Cristina Bueno Camatta (Titular)
- Sidnei Bispo (Suplente)
- Daniel Cabaleiro Saldanha (Titular)
- Gustavo Gonçalves Manfrim (Suplente)
Pelos investidores de ações PETR3:
- Ronaldo Dias (Titular)
- Ricardo José Martins Gimenez (Suplente)
Pelos acionistas de ações PETR4:
- Reginaldo Ferreira Alexandre (Titular)
- Vasco de Freitas Barcellos Neto (Suplente)
Embraer (EMBR3) lidera ganhos do Ibovespa depois de acordo multibilionário para venda de 45 jatos
A Embraer assinou acordo de US$ 4 bilhões com a Scandinavian Airlines (SAS) para a venda de 45 jatos E195-E2 da companhia brasileira
Agora é oficial! Nubank (ROXO34) anuncia chegada de Campos Neto para os cargos de diretor e conselheiro do banco
O ex-presidente do Banco Central irá atuar na expansão internacional e no relacionamento com reguladores globais
CSN (CSNA3) recebe ultimato do Cade para mostrar como pretende vender participação na Usiminas (USIM5)
Há onze anos, a CSN ganhou um prazo para vender sua fatia de quase 13% na rival. Ele não foi cumprido. Agora, ela tem 60 dias para apresentar um plano de venda das ações
Casas Bahia (BHIA3) avança em reestruturação financeira e fica mais perto de ter um novo controlador
Debenturistas aprovaram as alterações propostas pela varejista, mas ainda precisa do aval do Cade
Ambipar (AMBP3): CVM vê atuação coordenada de controlador, Tanure e Banco Master em disparada das ações
As compras em conjunto e a consequente valorização das ações da Ambipar têm relação com a privatização da EMAE, segundo a xerife do mercado; entenda o caso
Ações da Tecnisa (TCSA3) chegam a disparar 42% com negócio de R$ 450 milhões com a Cyrela (CYRE3)
A conclusão do negócio, anunciado na sexta-feira (27), depende da celebração dos documentos definitivos e de aprovação pelos órgãos societários da Windsor, além da obtenção dos consentimentos de credores
Fundos ESG no Brasil crescem 28% em 2025, mas segmento de ações perde espaço
Levantamento do Itaú BBA mostra que, no longo prazo, os fundos de ações ESG performam melhor em comparação com o mercado em geral
Cemig (CMIG4) paga R$ 1,8 bilhão em dividendos nesta segunda; veja se tem direito à bolada
Dividendos e JCP da Cemig (CMIG4) são referentes ao exercício fiscal de 2024 e serão distribuídos em duas partes
Eve Air Mobility: Fabricante do ‘carro voador’ da Embraer fecha acordo para até 50 aeronaves eVTOLs na Costa Rica
A operação tem como objetivo desenvolver um ecossistema de Mobilidade Aérea Avançada no país
Depois de um ‘quase divórcio’ na Azzas 2154 (AZZA3), mudanças no conselho levantam bandeira branca
Na manhã desta segunda-feira (30), a companhia anunciou mudanças no conselho de administração; entenda a situação e veja como ficou o quadro
Guararapes (GUAR3): CFO Miguel Cafruni fala da dor e delícia de ter a cadeia completa, e da virada de chave na gestão da dona da Riachuelo
No cargo há pouco mais de um ano, executivo aponta desafio de buscar mais receita e margem e reduzir o endividamento da companhia
Trump afirma já ter um novo dono para o TikTok, mas venda ainda não saiu do papel; entenda o que falta
Com novo prazo, a ByteDance precisa chegar a um acordo até 17 de setembro para evitar um banimento nos EUA
IMC conclui parceria milionária com KFC no Brasil e ajusta estrutura operacional
A operação, que vinha rondando os mercados desde março, cria uma joint venture entre a empresa e uma afiliada da Kentucky Foods Chile
Tecnisa (TCSA3) mira venda de sete terrenos à Cyrela (CYRE3) por R$ 450 milhões; confira o que falta para a operação sair do papel
Além dos terrenos, a operação envolve a venda de CEPACs — títulos que permitem construir acima do limite urbano
Dividendos e JCP: Lojas Renner (LREN3) vai distribuir mais de R$ 200 milhões aos acionistas; confira os detalhes
A varejista de roupas pagará o valor bruto de R$ 0,203061 por ação ordinária, e o dinheiro deve cair na conta dos acionistas em 15 de julho deste ano
Dança das cadeiras: Engie Brasil faz mudanças na diretoria e cria nova área de energias renováveis
Alterações visam alinhamento ao modelo operacional global do grupo
Fale agora ou cale-se para sempre: Minerva (BEEF3) entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A companhia alega ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica que o aval ao “casamento” desconsidera impactos relevantes à concorrência
Argo e Replan se juntam para criar terceira maior administradora de shoppings do Brasil; conheça
Com 30 shoppings distribuídos pelo país e cerca de R$ 10 bilhões em vendas por ano, conheça a nova gigante do setor
Compra do Banco Master pelo BRB: Galípolo diz que Banco Central precisa de mais informações para avaliar
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda aval da autoridade monetária
Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa
A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas