Dividendos em risco? O que acontece com a Petrobras (PETR4) se o petróleo seguir em queda
A combinação do tarifaço de Trump com o aumento da produção da Opep+ é perigosa para quem tem ações da petroleira, mas nem tudo está perdido, segundo o UBS BB

Muito se falou do fim da era de dividendos fartos da Petrobras (PETR4) quando a estatal mudou a política de distribuição de proventos aos acionistas, mas, agora, a ameaça vem de fora: a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
O temor de recessão nos EUA alimentado pela guerra de tarifas de Donald Trump tem pressionado os preços da commodity. Esse movimento somado à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados — grupo conhecido como Opep+ — de aumentar a produção pode resultar em uma matemática nada favorável ao bolso dos acionistas da Petrobras: o pagamento de dividendos mais enxutos.
A tese é do UBS BB com base no comportamento dos preços do petróleo no mercado internacional sob o efeito das duas variáveis.
- VEJA MAIS: Caos nos mercados? ‘Ninguém gosta de incerteza, mas ela abre oportunidades’, diz analista que indica estas ações para investir; confira
“Embora não tenhamos revisado nossa premissa de preço do petróleo até agora, com o Brent estável a US$ 65 o barril, vemos um fluxo de caixa livre de 7-8% até 2025-27, o que deve limitar o potencial de dividendos da Petrobras neste nível, a não ser que a empresa opte por aumentar a alavancagem para pagar cerca de 11% de dividendos”, diz a equipe de analistas liderada por Matheus Enfeldt.
Vale lembrar que o petróleo tipo Brent — usado como referência no mercado internacional, inclusive pela Petrobras — caiu US$ 10 o barril, ou 14%, em uma semana como resultado da decisão da Opep+ de acelerar o aumento da produção em maio e das tensões tarifárias.
Apenas nesta segunda-feira (7), o Brent recuou 2%, atingindo uma mínima de quase quatro anos, e hoje o barril foi pelo mesmo caminho, fechando com baixa de 2,16%, a US$ 62,82.
Leia Também
A commodity foi, mais uma vez, pressionada pela preocupação de que as últimas tarifas de Trump possam levar as economias de todo o mundo à recessão e reduzir a demanda global por energia.
TRUMP ATACA: O que você PRECISA SABER sobre a GUERRA DE TARIFAS e como PROTEGER seus INVESTIMENTOS
Nem tudo está perdido para a Petrobras
Junto com a Vale (VALE3), a Petrobras (PETR4) tem sentido nas ações o efeito das tarifas de Trump — mas nem tudo está perdido para a petroleira, segundo o UBS BB.
De acordo com os analistas, como a Petrobras tem grande peso no Ibovespa, um movimento positivo nos mercados brasileiros — seja em antecipação ao possível fim do ciclo de alta de juros ou pela percepção de que a empresa pode se sair melhor em meio a tarifas — pode representar um fator de suporte para as ações da estatal.
O UBS BB destaca ainda que, à medida que 2026 se aproxima, o cenário eleitoral tende a ganhar mais relevância na tese de investimento — o mercado já especula a possibilidade de uma mudança no pêndulo político.
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
Apesar da queda do Brent e dos preços internacionais dos combustíveis, a deterioração do câmbio é suficiente para compensar a maior parte desse recuo.
De acordo com os analistas do banco suíço, a paridade de importação está atualmente estimada em cerca de 8% para a gasolina e 2% para o diesel.
“Há potencial para uma redução de aproximadamente 10% no preço da gasolina e de 5% no do diesel, diante da pressão contínua do governo, incluindo relatos de que o Ministério de Minas e Energia tem defendido cortes”, afirmam os analistas.
“Ainda assim, esperamos que a Petrobras mantenha os preços por mais tempo, até que haja maior estabilidade nos mercados — tanto no câmbio quanto nas cotações internacionais.”
A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, disse recentemente que os preços dos combustíveis cobrados para as distribuidoras não devem passar por alterações enquanto o cenário estiver turbulento, com incertezas geradas pelo tarifaço nos mercados globais.
*Com informações do Money Times
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.
O roubo do século: Hacker leva mais de R$ 1 bilhão em ataque a empresa de software que presta serviços a bancos
Um ataque cibernético à empresa de software C&M, que presta serviços ao sistema financeiro, resultou em um roubo estimado em R$ 1 bilhão
Azul (AZUL4) ratifica pedido de recuperação judicial nos EUA e homologação de aumento de capital
Com isso, o número total de ações também foi ajustado para 3,025 bilhões de papéis, sendo 2,129 bilhões de ações ordinárias e 896 milhões de preferenciais
Tesla perde tração em 2025: ações e BDRs caem com desgaste da imagem de Elon Musk
A companhia tem enfrentado grandes desafios na disputa pela liderança global no setor de veículos elétricos com boicotes ao redor do mundo
BYD atrasa abertura de fábrica brasileira, mas diz que quer transformar a Bahia no “Vale do Silício da América Latina”
Chinesa fabricante de carros elétricos apresentou sua estrutura de produção no local onde um dia operou a Ford; montadora aguarda licenças para dar pontapé inicial
Raízen (RAIZ4) dá mais um passo para melhorar suas contas e anuncia cisão parcial da subsidiária Resa
Operação busca otimizar estrutura de capital e gestão, concentrando a participação societária em entidades no exterior
Banco Master nega irregularidades em venda de ativos ao BRB após reportagem sobre auditoria do BC
O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou que autarquia teria identificado problemas nas transações realizadas desde o final de 2023
Embraer (EMBR3) lidera ganhos do Ibovespa depois de acordo multibilionário para venda de 45 jatos
A Embraer assinou acordo de US$ 4 bilhões com a Scandinavian Airlines (SAS) para a venda de 45 jatos E195-E2 da companhia brasileira