Trégua entre EUA e China evita catástrofe, mas força Brasil a enfrentar os próprios demônios — entenda os impactos do acordo por aqui
De acordo com especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o Brasil poderia até sair ganhando com a pausa na guerra tarifária, mas precisaríamos arrumar a casa para a bolsa andar

“Tiraram uma verdadeira espada de Dâmocles que pairava sob o comércio internacional. Com as tarifas em 145%, não era mais taxação, era embargo comercial”. É assim que o economista e professor do Insper, Roberto Dumas Damas, descreveu o entendimento entre EUA e China para redução temporária das taxas sobre importação entre os países.
Nesta reportagem, o Seu Dinheiro explica mais detalhes sobre a trégua entre Pequim e Washington. Em entrevista ao Seu Dinheiro, Damas explica que um acordo duradouro entre as duas potências tende a ser positivo para o Brasil. Mas ele alerta: “nós sairíamos ganhando na segunda derivada, não na primeira”.
- VEJA MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
Brasil não deve sentir os impactos do acordo entre EUA e China “de primeira”
Justamente por isso estamos vendo Wall Street disparar e o Ibovespa “chupando o dedo”, ao encerrar o pregão desta segunda-feira quase no zero a zero. Isso porque o país se beneficiaria com uma melhora nas perspectivas para economia global, que afasta — pelo menos por ora — o temor de uma recessão mundial.
“Provavelmente a economia global vai crescer mais do que o esperado. Assim, você já vê um cenário em que as commodities — como petróleo, minério de ferro e agrícolas — passam a se valorizar. Isso é bom para o Brasil”, explica Damas.
André Valério, economista sênior do Inter, concorda. “Mesmo que o acordo ainda esteja em construção, só o fato de haver uma reaproximação já muda o humor global. O sentimento é de uma catástrofe evitada — e isso pode beneficiar bastante o Brasil, especialmente nas exportações de commodities”, disse em conversa com o Seu Dinheiro.
Valério destaca o fato de que a China vinha importando mais produtos agrícolas do Brasil do que dos EUA com a escalada da guerra comercial — e isso pode ser revertido no curto prazo.
Leia Também
Mas, segundo o economista, esse efeito deve ser compensado pela recuperação no preço dessas commodities, que vinham sendo duramente afetadas.
“Se houver uma reversão, o Brasil tende a se beneficiar duplamente: em preço e em volume”, destaca o economista do Inter.
Já para o sócio-fundador da Nord Investimentos, Bruce Barbosa, um acordo duradouro entre China e EUA não importa muito para o Brasil. “O Brasil é tão problemático que não sente tanto os efeitos disso. O problema do Brasil é a política econômica”.
Damas concorda: “desde que Trump voltou [à Casa Branca], paramos de olhar a questão fiscal, por exemplo. Então talvez seja a hora de começar a voltar um pouco os olhos para a economia doméstica também”.
Valério segue na mesma linha, enfatizando que questões domésticas — como a política — devem voltar para o radar dos investidores. “Por enquanto, o mercado está focado no ambiente externo, mas isso deve mudar”.
E o dólar, como fica?
Sobre o câmbio, se os EUA e a China evitarem uma desaceleração global com um acordo mais firme, o dólar tende a continuar forte. Não por fraqueza do real, mas por valorização da moeda americana em um cenário externo mais otimista.
“No médio prazo, esse movimento pode ser compensado pelo aumento das exportações brasileiras e maior fluxo de capital”, explica Valério.
O Inter espera um câmbio de R$ 5,80 no final deste ano. Nesta segunda-feira (12), o dólar à vista terminou com alta de 0,52%, cotado a R$ 5,6840. No ano, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 8%.
Mega-Sena 2903 pode pagar R$ 65 milhões hoje; Lotofácil 3472 e Quina 6803 acumulam
Mega-Sena não tem vencedor há cinco concursos e prêmio é capaz de resolver a vida de qualquer um; Lotofácil e Quina acumuladas também correm hoje
Bolsa Família hoje: Caixa libera pagamento para NIS final 2; veja detalhes
Beneficiários com NIS final 2 recebem a parcela de agosto nesta terça-feira; valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais podem elevar a renda familiar
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido
Quanto vale um arranha-céu? Empresas estão de olho em autorizações para prédios mais altos na Faria Lima
Incorporadoras e investidores têm muito apetite pelo aval Cepac, com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região
Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais: confira o line-up, os horários e tudo o que você precisa saber sobre o Farraial 2025
A 8° edição do Farraial ocorre neste sábado (16) na Arena Anhembi com Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais
Brics acelera criação do ‘Pix Global’ e preocupa Trump; entenda o Brics Pay e o impacto no dólar
Sistema de liquidação financeira entre países do bloco não cria moeda única, mas pode reduzir a dependência do dólar — e isso já incomoda os EUA
Mega-Sena 2901 acumula em R$ 55 milhões; Quina 6800 premia bolão; e Lotofácil 3469 faz novo milionário — veja os resultados
Bolão da Quina rende mais de R$ 733 mil para cada participante; Mega-Sena acumula e Lotofácil premia aposta de Curitiba.
Governo busca saída para dar mais flexibilidade ao seguro e crédito à exportação, diz Fazenda
As medidas fazem parte das estratégias para garantir o cumprimento das metas fiscais frente às tarifas de 50% de Donald Trump
“Brasil voa se tiver um juro nominal na casa de 7%”, diz Mansueto Almeida — mas o caminho para chegar lá depende do próximo governo
Inflação em queda, dólar mais fraco e reformas estruturais dão fôlego, mas juros ainda travam o crescimento — e a queda consistente só virá com ajuste fiscal firme
As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória que institui o chamado Programa Brasil Soberano; a MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Lotofácil 3467 tem 17 ganhadores, mas só dois ficam milionários; Mega-Sena 2900 acumula
A sorte bateu forte na Lotofácil 3467: três apostas cravaram as 15 dezenas, mas só duas delas darão acesso ao prêmio integral
Plano de contingência está definido: Lula anuncia hoje pacote de R$ 30 bilhões para empresas atingidas pelo tarifaço; confira o que se sabe até agora
De acordo com Lula, o plano de contingência ao tarifaço de Trump dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis
Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses — mas continua nas alturas
Nos 18 meses anteriores, a alta chegou a 99,46%, ou seja, o produto praticamente dobrou de preço