Suzano (SUZB3) é a nova queridinha dos analistas na corrida por proteção e valorização; veja o ranking das ações recomendadas para setembro
Embora haja riscos no radar, a Suzano conquistou a medalha de ouro nas indicações para investir em setembro

O Ibovespa engatou na alta em agosto e encerrou o mês como o melhor investimento, acumulando ganhos de 6,3%. Porém, bem se sabe que o mar não está para peixe no Brasil. Diante dos riscos domésticos elevados, os analistas buscam estratégias para proteger as carteiras, e é aí que a Suzano (SUZB3), a maior produtora de celulose do mundo, entrou no radar dos especialistas.
Embora o mercado já comece a enxergar uma queda das taxas de juros no país, elas seguem em patamares elevados, com a Selic a 15% ao ano, o que dificulta o apetite dos investidores por ativos de risco. Além disso, a questão fiscal ainda pesa na conta, assim como as eleições presidenciais de 2026, que já começam a ser precificadas.
O início do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado também adiciona pressão ao mercado nacional. Isso porque o Brasil pode voltar a ficar sob a mira tarifária de Donald Trump.
Com quase 80% da receita atrelada ao dólar e forte foco em exportações, a Suzano assume um perfil defensivo em meio às incertezas locais, funcionando como uma proteção natural ao risco Brasil, segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research.
Vale lembrar que a Suzano conseguiu escapar do tarifaço de Trump, quando o presidente norte-americano anunciou a exclusão da celulose da tarifa de 50%. Apesar de ser positiva para todo o setor, a medida beneficiou a Suzano em especial porque aproximadamente 15% de suas receitas são geradas nos Estados Unidos.
Assim, embora haja riscos no radar, a Suzano conquistou a medalha de ouro nas indicações para investir em setembro ao receber três indicações entre os onze bancos e corretoras procurados pelo Seu Dinheiro.
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Já a medalha de prata das ações mais recomendadas para o mês de setembro ficou para a Embraer (EMBR3), outra companhia que conseguiu se safar da taxação de Trump.
Segundo o Santander, que recomenda EMBR3 para setembro, a ausência da tarifa adicional de 40% reduz o risco de investimento para as ações da empresa, que permanece bem-posicionada operacionalmente.
Mas a Suzano e a Embraer não foram as únicas a chamar a atenção dos especialistas. Confira abaixo todos os papéis presentes “no top 3” das casas procuradas:

*Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são as apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Além da proteção, um destaque em disciplina
A Suzano passou pela temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 surpreendendo o mercado. A companhia reverteu um prejuízo de R$ 3,77 bilhões no mesmo período do ano passado em um lucro de R$ 5,01 bilhões. O montante veio acima do esperado por analistas, que projetavam R$ 3,97 bilhões.
Entre as surpresas positivas, a companhia conseguiu manter o custo caixa de celulose em R$ 832 por tonelada, mesmo em meio a paradas programadas nas operações.
Segundo Eduardo Rahal, analista chefe da Levante Inside Corp, uma das casas que indicou SUZB3 em setembro, o número chamou atenção por evidenciar a forte disciplina operacional da companhia.
O especialista avalia que o controle de custos, em conjunto com o processo inicial de produção (ramp-up) da planta de Ribas do Rio Pardo (MS), deve sustentar as margens da Suzano nos próximos trimestres.
Já na visão da Empiricus Research, com a nova planta, a expectativa é que os custos logísticos da Suzano sejam reduzidos significativamente, uma vez que possui uma distância menor entre as áreas de plantio e a fábrica.
Além disso, a conclusão do ciclo de investimentos e ramp-up do Projeto Cerrado coloca uma redução acelerada da alavancagem no radar da Suzano, que pode alcançar níveis confortáveis até o fim deste ano.
A analista Larissa Quaresma ainda avalia que a conclusão da fase atual do projeto deve aumentar a geração de caixa da companhia.
Mas não é só isso que coloca a Suzano em destaque. Os preços da celulose de fibra curta estão em um dos menores patamares históricos devido a estoques elevados.
No fim de agosto, a companhia anunciou aumento nos preços, que passam a valer a partir deste mês. A Suzano elevou o preço da celulose em US$ 20 por tonelada na China e na Ásia, com os preços indo para a faixa de US$ 530 a US$ 540 por tonelada. Já na Europa e na América do Norte, o aumento foi de US$ 80 por tonelada.
O mercado reagiu positivamente ao anúncio na época. O BTG Pactual chegou a recomendar a compra dos papéis, avaliando que a implementação dos aumentos “será desafiadora, mas a direção é encorajadora”, disse em relatório.
Oportunidade de comprar Suzano com desconto
Apesar dos investidores enxergarem o aumento dos preços da celulose com bons olhos, SUZB3 acumula queda de 14,68% neste ano e, segundo os analistas, as ações estão baratas.
Na avaliação da Empiricus Research, a Suzano negocia a múltiplos EV/EBITDA abaixo da média histórica, mesmo no atual ciclo de preços.
Já Rahal, da Levante, projeta um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) próximo de R$ 25 bilhões neste ano, com as ações negociando a múltiplo atrativo de 5,5x EV/EBITDA.
Cuidado: há riscos no horizonte
Com dados indicando uma desaceleração no mercado de trabalho dos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, vem sinalizando que uma mudança na política monetária norte-americana está próxima.
Assim, os investidores aguardam que um início de corte de juros ocorra já em setembro. Vale lembrar que as taxas no país estão em torno de 4,25% e 4,50% ao ano.
Caso a redução se concretize, o dólar teria um menor carrego de juros, o que pressionaria para um enfraquecimento da moeda, já que motiva a diversificação de recursos para fora dos EUA.
Para os mercados emergentes, como o Brasil, é uma boa notícia. Mas pode pesar no bolso da Suzano, uma vez que a desvalorização do dólar impacta a receita da empresa.
Além disso, os analistas alertam que grandes aquisições por parte da companhia podem comprometer a redução da alavancagem, o que colocaria em xeque a tese da Suzano.
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