🔴 AÇÕES, FIIs, DIVIDENDOS, BDRs E +30 RECOMENDAÇÕES PARA MAIO – CONFIRA ONDE INVESTIR

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

JUROS NAS ALTURAS

Selic chega a 14,75% após Copom elevar os juros em 0,5 ponto percentual — mas comitê não crava continuidade do ciclo de alta

Magnitude do aumento já era esperada pelo mercado e coloca a taxa básica no seu maior nível em quase duas décadas

Monique Lima
Monique Lima
7 de maio de 2025
18:42 - atualizado às 19:39
selic-galipolo-juros-inflação-banco-central
Imagem: Montagem Seu Dinheiro / Agência Brasil/ Dall E / ChatGPT

O aumento de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros era dado como certo pelos agentes econômicos e se confirmou. Nesta quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a Selic para 14,75% ao ano

Esta foi a sexta elevação consecutiva promovida pelo comitê neste ciclo e trata-se do nível mais alto para a Selic desde agosto de 2006, quando a taxa foi reduzida para 14,75% dos 15,25% registrados entre junho e julho daquele ano. 

Ainda não se sabe se os juros poderão ultrapassar os 14,75% recém-definidos para chegar ou superar os 15% vistos pela última vez há 20 anos. 

No comunicado da decisão de hoje, os membros do Copom optaram por abandonar a orientação futura — o chamado forward guidance —, que indica ao mercado a tendência para os próximos encontros. O texto deixa em aberto a possibilidade de novos aumentos ou pausa no ciclo restritivo atual. 

A edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal do BC com economistas de mercado, revisou pela primeira vez, depois de 16 semanas, a taxa terminal da Selic ao fim de 2025 para 14,75%, dos 15% fixados anteriormente. 

A revisão, entretanto, acompanha uma sinalização que o mercado já tinha dado na curva de juros futuros, com o fechamento das taxas curtas e longas nas últimas semanas. 

Leia Também

De olho na inflação

No comunicado da decisão, o Copom afirma que o cenário externo e local estão impactando as expectativas dos agentes econômicos, e os riscos para a inflação, de alta e de baixa, estão "mais elevados do que o usual".

No cenário externo, a atenção é com o desenvolvimento da política comercial e tarifária dos Estados Unidos. Por aqui, a política fiscal é o problema.

"O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta", diz o comunicado.

O risco altista para a inflação, segundo os diretores do BC, são a desancoragem das expectativas por um período prolongado, a resiliência da inflação de serviços e a soma dos cenários externo e local pressionando os preços mais do que o esperado.

Mas tem também os fatores que podem ajudar no trabalho do Copom. Os diretores monitoram uma eventual desaceleração econômica global, o nível de desaceleração da atividade local e a redução nos preços das commodities.

Selic vai chegar a 15% ao ano? 

Apesar da persistência da inflação que vem sendo destaca há várias reuniões, a recente perspectiva de desaceleração econômica global, após a imposição de tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve favorecer uma tendência de queda do dólar e desinflação de alguns produtos, de modo que abre espaço para o Copom pelo menos pausar o aumento dos juros. 

Em entrevista ao Seu Dinheiro, o ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, afirmou que a desancoragem das expectativas de inflação que levou o Copom a aumentar os juros em novembro passado arrefeceram. Além disso, a economia já dá alguns sinais de desaquecimento. 

“Todos são motivos para o BC não precisar mais aumentar tanto assim os juros. Mas são movimentos atrelados à mudança no cenário externo. Isso não pode ser desconsiderado também”, diz Figueiredo.

No comunicado desta quarta-feira, os membros do Copom reiteraram suas preocupações com a inflação resistente, mas, principalmente, com a incerteza do cenário internacional. 

"O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos. A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária."

Deixar os próximos passos em aberto já era esperado por economistas. Entretanto, isso não significa que os juros ficarão parados no próximo mês, significa que os diretores, de fato, querem deixar as opções em aberto. O comunicado fala em "flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica da inflação".

Para Figueiredo, a mudança na Selic de 14,75% para 15% é pouco significativa na prática. O mais importante, daqui para a frente, é dar tempo para que a política monetária restritiva impacte a economia real da forma que o BC precisa. 

O que pensam os especialistas?

Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg, também acredita que o nível da taxa terminal neste momento é menos relevante do que a estratégia a ser seguida. O fato do BC ter sinalizado que vai se manter em terreno contracionista por um período prolongado foi bem visto pelo economista.

Embora também concorde com a postura do Copom de manter a política monetária restritiva, Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, vê com preocupação o impacto prolongado na economia real.

"Para a inflação, a alta da Selic ajuda a conter expectativas futuras, mas seu efeito é defasado. O custo desse controle inflacionário é o impacto sobre o crescimento: setores sensíveis ao crédito, como consumo e construção, devem continuar pressionados e esse aumento sinaliza que o ambiente interno segue desafiador", diz Lima.

Os economistas se dividem entre as visões de que o BC pode elevar os juros em mais 0,25 ponto percentual na próxima reunião ou parar os aumentos por aqui. Há unanimidade em relação a necessidade de continuar acompanhando o cenário para entender se os sinais de desaceleração da economia local se intensificam e o que acontece no mundo lá fora.

Para amanhã (8), Marcio Saito, CFO da Entrepay, espera uma abertura de mercado cautelosa, com investidores revendo posições, principalmente no mercado de ações.

"O câmbio deve refletir a pressão sobre o real, com o dólar possivelmente buscando níveis mais elevados, dado o cenário de incertezas externas após a decisão do Fed. O mercado de commodities, especialmente o setor agrícola, pode apresentar volatilidade também", diz.

No mercado de títulos, analistas não esperam muita volatilidade, visto que o aumento já tinha sido precificado.

"Pode haver um ajuste de alta nos vencimentos curtos, uma vez que uma pequena parcela dos investidores esperava um aumento menor, de 0,25 p.p. Na parte longa da curva, pode ocorrer um movimento de fechamento, porém de baixa magnitude, também em razão de ajuste", analisa Camilla Dolle, head de renda fixa da XP.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TAG SUMMIT 2025

Duas ações para os próximos 25 anos: gestores apostam nestes papéis para sobreviver ao caos — e defendem investimentos em commodities

7 de maio de 2025 - 19:48

No TAG Summit 2025 desta quarta-feira (7), os gestores destacaram que a bolsa brasileira deve continuar barata e explicaram os motivos para as commodities valerem a pena mesmo em meio à guerra comercial de Trump

PAZ OU GUERRA?

Chora mais quem pode menos: os bastidores do encontro de EUA e China que pode colocar fim às tarifas

7 de maio de 2025 - 19:35

Representantes de Washington e de Pequim devem se reunir no próximo sábado (10) na Suíça; desfecho das conversas é difícil de prever até mesmo para Trump

NOVO AUMENTO

Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%

7 de maio de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta

RESULTADO DO BANCÃO

Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões

7 de maio de 2025 - 18:49

Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques

AI FREEDOM

Vem coisa boa aí: Nvidia dispara com chance de revogação de restrições aos chips por Trump

7 de maio de 2025 - 18:24

Governo norte-americano estuda não aplicar a chamada regra de “difusão de IA” quando ela entrar em vigor, no próximo dia 15, animando o mercado de chips de inteligência artificial

BALANÇO

Uma forcinha de Milei: Mercado Livre (MELI34) tem lucro 44% maior no primeiro trimestre puxado pela retomada da Argentina

7 de maio de 2025 - 18:08

O GMV (volume bruto de mercadorias) no país vizinho chama atenção nos resultados do Mercado Livre de janeiro a março, com crescimento de 126%

BATALHA DE SEGURADORAS

Caixa Seguridade (CXSE3) ou BB Seguridade (BBSE3): qual empresa brilhou nos resultados do primeiro trimestre e vale mais a pena comprar?

7 de maio de 2025 - 16:47

Analistas do BTG avaliam as duas empresas e destacam que apenas uma tem um “trunfo” que faz seu modelo de negócio ser mais vantajoso para o investidor; confira

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte

7 de maio de 2025 - 16:45

Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas

BUSCANDO UMA SAÍDA

Apple faz previsão sobre futuro de buscas online, e ações da Alphabet, dona do Google, derretem; entenda

7 de maio de 2025 - 16:14

Reação veio após executivo da Apple, afirmar que buscas por IA eventualmente substituirão os mecanismos de busca padrão, como Google

POLÊMICA À VISTA

Governo pode usar recursos do Tesouro para bancar fraude do INSS? Veja o que já se sabe até agora

7 de maio de 2025 - 16:09

A estimativa é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários do INSS tenham sido atingidos por descontos indevidos, com prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024

TAG SUMMIT 2025

“ETFs são quase um esquema Ponzi; quando a música parar, pode não ter cadeira para todos”, diz gestor; evento discute o que esperar da indústria de fundos

7 de maio de 2025 - 15:27

Alexandre Rezende, sócio-fundador da Oceana Investimentos, disse em evento que os fundos de índices (ETFs) não fazem sentido para investidores qualificados, apenas para quem não tem estrutura para selecionar gestores

FOGO ALTO OU BANHO-MARIA?

Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump

7 de maio de 2025 - 15:10

Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão

LUCRO E DIVIDENDOS

Klabin (KLBN11) avança entre as maiores altas do Ibovespa após balanço do 1T25 e anúncio de R$ 279 milhões em dividendos

7 de maio de 2025 - 14:00

Analistas do Itaú BBA destacaram a geração de fluxo de caixa livre (FCF) e a valorização do real frente ao dólar como motores do otimismo

NÃO ENGATOU

Vamos decepciona no 1T25 e ações tombam mais de 10% — vale comprar VAMO3 agora?

7 de maio de 2025 - 13:38

Apesar dos resultados desanimadores, nem tudo no balanço decepcionou; saiba se é a hora de colocar ou tirar os papéis da locadora de caminhões da carteira

TÁ DIFÍCIL

Endividada e frágil: Azul (AZUL4) tem nota de crédito nacional e internacional rebaixada pela Fitch; entenda

7 de maio de 2025 - 13:21

O motivo é simples: nota reflete baixa flexibilidade financeira da Azul, que continua enfrentando dificuldades para acessar crédito enquanto negocia com credores

VATICANO DE PORTAS FECHADAS

O conclave começou: os favoritos, a fumaça branca e o que você precisa saber sobre a escolha do novo papa

7 de maio de 2025 - 12:57

Os 133 religiosos já estão reunidos para a votação secreta na Capela Sistina; cardeais brasileiros participam em peso da eleição

DESCONFIADOS E ATENTOS

Prio (PRIO3) divulga resultados dentro do esperado pelos analistas, mas ações caem 2%; entenda o motivo 

7 de maio de 2025 - 12:50

Segundo XP e BTG, os dados que importam são o Ebitda e o fluxo de caixa livre — e ambos mostram que a empresa tem fôlego para a operação

REJEIÇÃO À OPA

Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok

7 de maio de 2025 - 12:25

Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA

COM PRESSÃO ALTA

Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda? 

7 de maio de 2025 - 12:05

Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações

IMPÉRIO DISNEY

Disney anuncia abertura de resort internacional mais tecnológico até agora; saiba onde ele vai ficar

7 de maio de 2025 - 11:34

De carona nos bons resultados do segundo trimestre fiscal, companhia anunciou a apertura de seu novo complexo de parques nesta quarta-feira (7)

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar