Se cuida, Vale (VALE3)? Mineradora estatal da Arábia Saudita quer colocar R$ 8 bilhões no Brasil – entenda por quê
Aporte da Ma’aden vai ser direcionado para pesquisas geológicas, etapa essencial para descoberta de novas jazidas minerais

Tem “peixe grande” querendo colocar dinheiro no Brasil. Mais especificamente, nos minérios brasileiros. E vão pagar uma cifra elevada por isso: R$ 8 bilhões.
A Ma'aden, maior companhia de mineração e metais da Arábia Saudita, comunicou ao governo brasileiro que pretende fazer aportes robustos em pesquisas geológicas e também em projetos de parceria com mineradoras locais.
A notícia, anunciada na capital saudita Riad, durante o evento internacional Future Minerals Forum, foi bem recebida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
"Carecemos muito de conhecer mais do nosso subsolo para pesquisa e para parcerias com o setor mineral brasileiro, a fim de que possamos explorar, ou eu prefiro até a palavra 'fazer o aproveitamento sustentável' adequado do subsolo", disse Silveira, em conversa com jornalistas.
A negociação com o ministro de Mineração da Arábia Saudita, Bandar Alkhorayef, está em curso há algum tempo. De acordo com Silveira, a Ma'aden deve abrir um escritório em São Paulo nos próximos meses para montar sua base de atuação no Brasil.
Por que o investimento é relevante?
Segundo especialistas do setor de mineração, a etapa de prospecção e pesquisa geológica é muito importante para descobertas de novas jazidas minerais. E é também uma etapa que demanda muito dinheiro, além de envolver grandes riscos. Em média, de cada mil áreas pesquisadas, somente uma se transforma em mina.
Leia Também
No Brasil, a Vale (VALE3) é a empresa que mais investe em pesquisas geológicas. Nos últimos anos, a companhia definiu orçamentos de centenas de milhões de dólares para períodos de ao menos cincos anos, no País e em outros lugares do mundo.
Grandes mineradoras, como Rio Tinto, BHP e Anglo American, entre outras, têm departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com planos plurianuais de investimentos em pesquisas geológicas.
O que a mineradora saudita quer no Brasil?
A Ma’aden, também conhecida como Saudi Arabian Mining, é uma companhia estatal sediada em Riad que investe em diversos tipos de matérias-primas.
A mineradora foi criada em 1997 para desenvolver recursos minerais no país, então muito voltado ao petróleo. Em 2008, o governo saudita vendeu metade do capital da mineradora na bolsa de valores (Tadawul). Dez anos depois, sua participação subiu com aportes do Fundo de Investimento Público (PIF, na sigla em inglês), passando a 65,44%.
A companhia, segundo informação disponível em seu site, está estruturada em cinco unidades de negócios: exploração mineral, ouro e metais básicos (cobre, níquel, zinco), fosfato (matéria-prima usada em fertilizantes), minerais industriais e alumínio. Em 2023, a receita da companhia foi da ordem de US$ 7,9 bilhões.
Ainda não há informações confirmadas de quais serão os tipos de minérios explorados no território brasileiro.
As especulações são de que a companhia estaria interessada em "minerais estratégicos" (cobre, níquel, lítio, cobalto, manganês e grafite) para uso na transição energética.
Isso não seria uma surpresa, já que, ontem (15), a companhia anunciou uma joint venture com a gigante petrolífera Saudi Aramco para exploração de lítio na Arábia Saudita.
Segundo disse ao Estadão um executivo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), presente ao evento, a Arábia Saudita, rica em recursos oriundos da exploração petrolífera, lançou um plano de longo prazo de investimentos no setor mineral, tanto para desenvolver a atividade localmente quanto para garantir acesso a minerais estratégicos em outros países.
A CNBC informa que o novo projeto de mineração saudita tem o valor total de US$ 100 bilhões.
O executivo do Ibram relembra que o setor de mineração do país árabe é limitado e não tem diversidade de minerais e metais.
Há três anos, o governo local decidiu realizar eventos internacionais para tentar atrair investimentos tanto no país quanto para desenvolver operações de produção no exterior. Neste momento, segundo o executivo, o governo saudita está assinando contratos com vários países.
Plano saudita
Este não é o primeiro negócio de mineração entre o Brasil e a Arábia Saudita.
Em abril do ano passado, a Vale (VALE3) informou que concluiu o acordo, anunciado em julho de 2023, de venda de 10% da sua controlada Vale Base Metals por US$ 2,5 bilhões (R$ 15 bilhões) para a Manara Minerals.
- A Manara é uma joint venture entre a Ma'aden e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. Sediada no Canadá, a subsidiária da Vale produz níquel e cobre.
* Com informações do Estadão Conteúdo e da CNBC.
Copom sobe os juros a 15% ao ano; agora 3 bancões dizem quando a Selic deve começar a cair
Itaú, Goldman Sachs e BofA traçam cenários um pouco diferentes para o início do ciclo de cortes de juros no Brasil — mas paciência ainda é o nome do jogo
Copom aumenta os juros em 0,25 p.p. e Selic chega a 15% ao ano — e deve parar por aí mesmo
Embora o Copom tenha sinalizado que o período de hiato será indefinido, o debate sobre o corte de juros já está na mesa, e precificado nos juros futuros
Brasil se declara livre de gripe aviária em granja comercial. Entenda o que isso significa e quais os próximos passos
O governo comunicou hoje à OMSA sobre o encerramento do foco da doença em uma granja comercial em Montenegro (RS)
Congresso cria CPMI para investigar fraude do INSS, e STF convoca governo para decidir sobre devolução dos valores desviados
Ainda não há data definida para o início da CPMI, mas a reunião do STF com o governo Lula está marcada para a próxima terça-feira (24)
Dê tempo aos juros: Bradesco Asset espera manutenção da Selic pelo Copom e “aceita” que inflação de 3% só será alcançada no futuro
Gestora avalia que o juro está suficientemente restritivo e que o BC deve acompanhar os dados, mantendo um novo aumento no radar como possibilidade futura
A inteligência artificial vai tirar o emprego de muita gente: CEO da Amazon admite que empresa precisará de menos funcionários
Em nota enviada aos funcionários, Andy Jassy deixou claro o que muitos temiam: a IA vai pegar empregos
Congresso derruba veto de Lula e livra FIIs e fiagros de novos impostos — mas conta de luz pode ficar mais cara; entenda
O governo Lula vive uma queda de braço com os parlamentares, que votaram pela derrubada de uma série de vetos do presidente
Corpus Christi pode render feriadão; veja o que abre e fecha na quinta-feira (19) e na sexta-feira (20)
Bancos, bolsa, Correios e transporte público terão mudanças no funcionamento; ponto facultativo traz folga aos mercados
Lotofácil faz mais um milionário, mas não brilha sozinha; Mega-Sena acumula e prêmio sobe a R$ 130 milhões
Ganhador ou ganhadora do concurso 3420 da Lotofácil efetuou aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa; além da Mega-Sena, a Quina também acumulou
Ex-BC Fábio Kanczuk vê Selic a 15% e risco de corte precoce por pressão política — mas postura do Copom com a inflação deveria ser mais dura
Diretor de macroeconomia do ASA acredita que o Brasil precisa de um choque recessivo para conseguir segurar a expectativa de inflação futura
A coisa está feia para o dólar: faz duas décadas que os gestores globais não ficam tão descrentes assim com a moeda
Investidores correm da moeda norte-americana enquanto montam posições em euro e se mostram mais otimistas com emergentes — incluindo o Brasil
Selic sobe ou fica? Gestores estão divididos nas suas projeções para o Copom, mas são unânimes em uma aposta; veja qual
Pesquisa da XP mostra dualidade de opiniões em relação aos juros básicos do país, mas otimismo em relação a outras possibilidades de investimento
Câmara aprova urgência de duas medidas em meio ao impasse do IOF — e uma deve trazer dor de cabeça para o governo
Com a aprovação do caráter de urgência, ambos os projetos podem ser votados diretamente no plenário, sem passar pelas comissões
O país dos juros altos: por que a Selic está tão alta e qual a tendência para os próximos anos?
Touros e Ursos desta semana traz uma entrevista com Samuel Pessôa, pesquisador macro do BTG Pactual, para falar sobre Copom, juros e contas públicas
Fluxo de investimento estrangeiro impulsiona competitividade no Brasil, mas país continua com “voo de galinha”
País avança quatro posições em ranking global de competitividade, mas segue entre os últimos colocados; entenda quais são os principais entraves ao desenvolvimento no longo prazo
Lotofácil começa a semana premiando apostador insistente; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
Ganhador ou ganhadora do concurso 3419 da Lotofácil vinha insistindo sempre nos mesmos números; Mega-Sena pode pagar R$ 110 milhões na noite desta terça-feira
Do volante às passarelas: Renault anuncia saída de CEO, que assume comando de gigante das grifes de luxo; ações da montadora caem
Enquanto os papéis da fabricante de automóveis francesa recuaram nesta segunda-feira (16) em Paris, o mesmo não aconteceu com a empresa que estará sob o comando de Luca de Meo a partir de julho
Chegou chegando: Pix Automático começa a ser oferecido pelos bancos nesta segunda-feira (16)
Nova modalidade pretende substituir débito automático e boletos
Agenda econômica: Super Quarta e outras decisões de juros dominam a semana; veja o que você precisa saber para navegar o mercado
Decisões de juros nos EUA, Brasil, Reino Unido, Japão e China marcam uma das semanas mais carregadas de 2025 — e exigem atenção redobrada dos investidores
Taxação de LCI e LCA, JBS (JBSS32) nos EUA e Petrobras (PETR4) enfrenta desafios — confira o que foi notícia na última semana
Apesar da semana do Dia dos Namorados ter chegado ao fim, muitas notícias importantes se destacaram entre as mais lidas do Seu Dinheiro