Queda da Selic em janeiro e juros a 11,5% em 2026: Fábio Kanczuk, ex-BC, diz que Copom “tirou todas as amarras” para iniciar ciclo de cortes
Segundo ele, o afrouxamento deve acontecer em janeiro do ano que vem, momento no qual o dólar estará operando abaixo de R$ 5,40
“Você disse que não sabe se não, mas também não tem certeza que sim”. O verso da canção do Djavan parece ter virado trilha sonora dos investidores na manhã desta terça-feira (16). A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, indicou que o Banco Central (BC) ainda não está pronto para largar mão do não quando o assunto é cortar a Selic.
Na última reunião da autoridade monetária, os dirigentes optaram por manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, mas os investidores procuravam mesmo é por um talvez no documento publicado mais cedo.
Embora o mercado não tenha achado o que buscava — o que fez os juros futuros avançarem nesta manhã — a avaliação de Fábio Kanczuk, ex-diretor do Banco Central e diretor de macroeconomia do ASA, é que o sim estava ali.
“No comunicado e na ata, o BC tirou todas as amarras — tanto as amarras no texto como as amarras da projeção. Ele está livre para cortar os juros”, avaliou Kanczuk durante coletiva com jornalistas realizada pelo ASA nesta terça-feira (16).
Segundo o ex-BC, o cenário mais provável para um anúncio de corte é em janeiro de 2026, momento em que os mercados estarão “um pouco mais calmos”, com o dólar operando abaixo de R$ 5,40. Atualmente, a moeda norte-americana está sendo cotada na casa de R$ 5,46.
"Não é uma certeza, mas vejo o Banco Central cortando em 25 pontos-base (pb) em janeiro e acelerando para 50 pb em março”, afirmou.
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Kanczuk ainda avalia que a política monetária deixará de ser contracionista a partir da metade do ano, reduzindo os juros para abaixo de 12%. Na projeção do ex-BC, a Selic pode chegar a 11,5% ao fim do próximo ano, embora tenha ressaltado que não é uma certeza.
As amarras do Copom e as eleições
Para Kanczuk, as amarras desatadas pelo Copom eram duas. A primeira era a confusão em relação à definição da autarquia da expressão “bastante prolongado” do comunicado, que foi esclarecida pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
“O Galípolo explicou que o ‘bastante prolongado’ não se tratava de uma comunicação para o futuro. Foi um pouco confuso, mas ele disse que essa avaliação já está em curso e leva em consideração o momento que subiu os juros lá atrás”, disse Kanczuk a jornalistas.
“Galípolo disse ainda que não zera o tempo a cada reunião, então ele retirou essa amarra, podendo, a partir de agora, cortar em qualquer instante”, completou.
Já a segunda amarra era o alvo da inflação em 3%. Segundo Kanczuk, o BC flexibilizou a convergência da meta, indicando que patamares próximos, como 3,1%, seriam aceitáveis para um possível corte.
Em relação à inflação, ele avalia que o cenário deve ser benigno, caminhando para algo em torno de 4%. Porém, destaca que há um risco maior de que a inflação “escape” para acima da meta, indo além de 4,5%, do que a taxa ficar abaixo de 1,5%.
“A gente vai chegar na eleição com uma política monetária, provavelmente, estimulativa. Então, até a corrida presidencial, a inflação estará caminhando em torno de 4% e, depois da eleição, as coisas podem se bagunçar”, disse.
Além dos juros: a questão fiscal em 2026
No campo fiscal, a visão para 2026 do ASA é de um déficit nominal para o governo de R$ 69 bilhões, segundo Jeferson Bittencourt, ex-secretário do Tesouro e economista da casa de investimentos, que também estava presente na conversa com jornalistas.
Ele destaca que será um patamar próximo ao registrado em 2025, quando atingiu R$ 68 bilhões. Porém, na avaliação do economista, a manutenção do déficit nominal indica que o país terá um avanço menor do que foi estabelecido com o centro da meta, que seria de superávit de 0,25%.
Bittencourt ainda afirma que, embora o governo deva cumprir formalmente as regras e a meta fiscal no próximo ano, isso só vai acontecer porque as exceções à regra crescem.
“O governo deve atingir formalmente a meta, mas com um problema que minou a credibilidade do arcabouço fiscal desde a sua criação, que é mirar no limite inferior da banda de resultado primário no contingenciamento”, afirmou o ex-secretário do Tesouro.
Segundo Bittencourt, ao fazer essa opção, o governo elimina o espaço para absorver qualquer choque de novas despesas, exigindo constantemente pedidos de exceções à regra, o que fragiliza a credibilidade do arcabouço.
Com as eleições, o risco fiscal deve aumentar, de acordo com o economista do ASA, por conta das promessas eleitorais.
“A experiência que nós tivemos com a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mostrou que essas promessas de campanha não devem ficar só nas promessas, elas podem ser implementadas, dificultando um ajuste fiscal, que é extremamente necessário para resolver esse calcanhar de Aquiles da economia brasileira”, afirmou.
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