Fim do tarifaço contra o Brasil? Lula se reúne com Trump, que fala em ‘negociação rápida’; equipes econômicas vão debater soluções ainda hoje
Além do tarifaço, Lula também discutiu sobre crise na Venezuela e sanções contra autoridades brasileiras
O aguardado encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump finalmente saiu do papel — e já colocou as tarifas de 50% aplicadas aos produtos brasileiros na mesa de negociações. Os líderes se reuniram neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Durante o encontro, que durou cerca de 50 minutos, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação.
Vale lembrar que, em julho deste ano, Trump anunciou uma tarifaço adicional de 40% sobre produtos brasileiros. A sobretaxa se somou à tarifa de 10% que o republicano já havia imposto em abril, durante o que ele chamou de "Dia da Libertação".
Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvos da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana por meio da Lei Magnitsky.
“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, cada um coloca seus problemas, a tendencia natural é encaminhar para um acordo”, afirmou o presidente Lula em rápida conversa com jornalistas antes do início da reunião.
Já Trump disse ser "uma grande honra estar com o presidente do Brasil" e ainda afirmou que o país é "grande e bonito e vai muito bem".
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Questionado sobre se o tarifaço contra o Brasil poderia ser revertido ainda neste domingo, Trump disse que equipe norte-americana está aberta a "avançar rápido" nesta discussão.
Porém, o republicano negou que sejam injustas as razões para aplicar o tarifaço aos produtos brasileiros, como defende o governo Lula. "Não, acho que tudo é justo. Temos muito respeito pelo seu presidente e pelo Brasil. Provavelmente faremos alguns acordos", respondeu Trump. "Eles podem oferecer muita coisa, e nós podemos oferecer muita coisa", completou.
Ao ser questionado sobre quais seriam as condições que o fariam reduzir as tarifas ao Brasil, o presidente norte-americano desconversou. "Vamos discutir por um tempo e provavelmente chegaremos a uma conclusão muito rapidamente", disse.
Trump também revelou que deixará que Marco Rubio, secretário de Estado, Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, dêem andamento às negociações.
"Acho que seremos capazes de fazer alguns bons acordos para os dois países. Vou deixar isso para Jamieson, Scott e Marco", disse Trump. "Vamos acabar tendo uma relação muito boa, sempre tivemos".
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Negociação do tarifaço à todo vapor
Inicialmente, a reunião privada entre os líderes contaria com a participação apenas de Lula, Trump e assessores diretos, além de intérpretes. Porém, o presidente norte-americano foi acompanhado por Marco Rubio, Scott Bessent e Jamieson Greer.
Já Lula contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, do embaixador Audo Faleiro e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa.
Após a reunião entre os líderes, Lula publicou uma foto com o presidente norte-americano na rede social X, seguido de uma declaração em que disse ter tido uma "ótima reunião" com Trump.
"Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, disse Lula.
Com o fim do encontro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou com a imprensa e disse que Trump autorizou sua equipe a iniciar as negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia.
"A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo. O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo", afirmou o chanceler.
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Os afagos entre os líderes
Segundo Vieira, os presidentes tiveram uma conversa descontraída e Trump disse que admira a trajetória política de Lula.
"Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato", afirmou.
O chanceler brasileiro também confirmou a intenção de Trump vir ao Brasil. A data ainda não está confirmada. "O presidente Lula aceitou também e disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Trump disse que admira o Brasil e que gosta imensamente do povo brasileiro", comentou.
Trump sobre Bolsonaro e o momento de tensão para Lula
O encontro entre os líderes não veio sem momentos de tensão: durante a sessão aberta à imprensa, o presidente brasileiro mostrou desconforto e chegou a reclamar da permanência de jornalistas.
A equipe de Lula temia que Trump utilizasse o momento para fazer provocações, como ocorreu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e ao sul-africano Cyril Ramaphosa no Salão Oval.
Para evitar constrangimentos diplomáticos, o Palácio do Planalto e o Itamaraty vinham rejeitando um primeiro encontro com Trump na Casa Branca, onde o republicano dita as regras. Assim, foi determinado um lugar neutro para que os líderes se reunissem.
Além disso, Trump foi questionado por jornalistas sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, o republicano afirmou apenas que "sempre gostou dele" e que se entristeceu com a condenação por golpe de Estado.
"Eu sempre gostei dele, fiquei muito mal com o que aconteceu. Ele está passando por muita coisa.", respondeu o norte-americano, sem dizer se desejava tratar do tema ou não.
Depois do encontro, o secretário-executivo do MDIC, Márcio Rosa, disse que a questão de Bolsonaro não foi discutida diretamente, mas que Lula abordou as sanções contra autoridades brasileiras.
Lula fala sobre Venezuela com Trump
Antes da reunião privada, Trump havia negado ter interesse em falar sobre a crise na Venezuela, a não ser que Lula desejasse pautar o assunto.
Porém, o ministro das Relações Exteriores contou que o presidente brasileiro se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela. Segundo Vieira, Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e que é necessário buscar soluções aceitáveis.
"O presidente Lula levantou o tema e disse que a América Latina e a América do Sul, onde estamos, é uma região de paz. E ele se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, afirmou.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram tropas terrestres e um porta-aviões para o Caribe. O governo Trump bombardeou embarcações, sob a justificativa de estar combatendo as rotas de narcotráfico que abastecem os Estados Unidos. Trata-se da mais recente operação da campanha antidrogas do presidente Donald Trump na região.
Para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o reforço militar na região objetiva tirá-lo do poder.
*Com informações da Agência Brasil, Agência Gov, BBC News e CNN.
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