Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial

Dizem os cínicos que, devidamente manipulados, os números e as estatísticas contam a história que a gente quiser.
Peguemos como exemplo um jogo de futebol hipotético no qual um time termina o duelo com 80% de posse de bola, contra 20% do adversário.
Domínio total de uma equipe sobre a outra, dirão os maníacos da posse de bola e das zonas de calor.
Mas tem mais: esse time que dominou as ações deu dez chutes em gol e cedeu apenas um arremate contra seu goleiro.
Acontece que a partida terminou 1 a 0 para o time que ficou com a bola por apenas 20% do tempo e deu só um chute no gol.
Entre comentários sobre a ineficiência de um time e a competência do outro, cada observador tenderá a analisar a situação de acordo com uma visão pessoal do jogo, expondo ou camuflando eventuais simpatias e antipatias pelos times envolvidos.
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Perdeu jogando bonito? Ganhou fechado na retranca? Se aconteceu dentro da regra, não se pode dizer que foi injusto.
No número que interessa, o do placar, 1 a 0 para o time que ficou menos com a bola, mas não hesitou quando teve a chance de vencer.
Faz parte do jogo e nos leva ao que importa: o contexto.
Os balanços dos maiores bancos brasileiros no primeiro trimestre de 2025 proporcionam uma situação próxima do jogo hipotético narrado acima.
O Banco do Brasil lucrou R$ 7,37 bilhões nos primeiros três meses do ano, quase R$ 1,5 bilhão a mais do que o Bradesco.
Desde as divulgações, no entanto, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram mais de 10% e as do Bradesco (BBDC4) sobem quase 20%.
É uma questão de contexto. Enquanto o Banco do Brasil, mesmo lucrando mais, frustrou as expectativas dos analistas, o resultado do Bradesco surpreendeu com linhas mais positivas do que se esperava.
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Esquenta dos mercados
O Ibovespa começou a semana estabelecendo novos recordes nominais.
Durante a sessão de segunda-feira, o principal índice de ações da B3 rompeu pela primeira vez na história a marca dos 140 mil pontos.
Mesmo com uma alta acumulada de mais de 16% em 2025, analistas consideram que as ações brasileiras seguem negociadas a preços atrativos.
Não custa lembrar que o Brasil tem um cenário restritivo de juros e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, assegura que essa situação não vai mudar tão cedo.
Diante da agenda fraca do dia, os investidores acompanham os desdobramentos do foco de gripe aviária detectado no Rio Grande do Sul.
Também devem repercutir o avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da exploração de óleo e gás na Margem Equatorial.
Lá fora, os bancos centrais da China e da Austrália cortaram juros na madrugada.
Nos Estados Unidos, dirigentes do Fed falam em público ainda em meio à repercussão do corte do rating soberano norte-americano.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
SEU DINHEIRO EXPLICA
Se nem os EUA ‘se salvaram’, quem resta? Os países que ainda são ‘triple A’ — e por que essa lista só tem diminuído desde 2008. Após mais de uma década sob pressão, os Estados Unidos perdem o topo da classificação de risco da Moody’s e se juntam a outros rebaixados ilustres.
É HORA DE COMPRAR?
Morgan Stanley vê rebaixamento do rating dos EUA como oportunidade para investir na bolsa americana. Recomendação acontece após as bolsas de Nova York recuperarem o fôlego após trégua nas tarifas entre EUA e China, reduzindo de 145% para 30%.
GUERRA E PAZ
JP Morgan aumenta a aposta em ações de mercados emergentes com trégua tarifária entre EUA e China; veja quais países foram escolhidos pelo banco. Embora a melhora na relação entre EUA e China não signifique o fim da briga, o pior já ficou para trás, segundo o JP Morgan.
DIFERENÇAS RECONCILIÁVEIS
Do divórcio a um possível recasamento: O empurrãozinho de Trump para novo acordo entre União Europeia e Reino Unido. Cinco anos depois da formalização do Brexit, UE e Reino Unido celebram amplo acordo sobre comércio e defesa.
PONTE FINANCEIRA
China e Brasil trocam ações: ETFs inéditos para investir em ações chinesas chegam à B3 — e chineses poderão investir em ações brasileiras. Novos fundos da Bradesco Asset são os primeiros do programa ETF Connect, que prevê a cooperação entre a B3 e as bolsas de Xangai e Shenzhen.
GRIPE AVIÁRIA
Japão suspende importação de aves vivas do RS; 11 destinos já impuseram restrições — veja a lista completa. Japão se junta à lista de países que impuseram suspensão total ou parcial ao frango brasileiro; mais de um terço do mercado já adota restrições.
CRISE DO FRANGO
3 casos de gripe aviária em aves de subsistência deram negativo, e não há necessidade de reforço no orçamento, diz Fávaro. O Brasil registrou sua primeira infecção de gripe aviária em uma granja comercial na última sexta-feira (19).
GRIPE AVIÁRIA
As duas ações ‘contaminadas’ pela crise da gripe aviária no Brasil — e o que fazer com elas. Emergência sanitária, exportações suspensas e margens ameaçadas: entenda o que está em jogo para estas duas empresas brasileiras com o avanço da gripe aviária.
FIM DA RELAÇÃO
Vai piorar antes de melhorar: Banco do Brasil (BBAS3) está numa pior, e BTG rebaixa recomendação das ações e corta preço-alvo. Para os analistas, o banco está próximo do pico de inadimplência na carteira do agronegócio, mas falta de clareza à frente os levou a pausar a tese para as ações.
UMA PEDRA NO CAMINHO
Dupla listagem da JBS (JBSS3): consultoria recomenda que acionistas votem contra a mudança. Em carta aos acionistas, frigorífico critica recomendação da ISS e defende reestruturação da companhia.
DE CARA NOVA
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês. Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação.
RECICLAGEM DE CAPITAL
Motiva (MOTV3), ex-CCR, quer vender aeroportos no Brasil, e negociações avançam. A estratégia de reciclagem da empresa já vem mostrando impactos nos resultados do primeiro trimestre deste ano.
NOVA ESTRATÉGIA
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC). Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria.
CRIPTO
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA. Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas.
MERCADO CRIPTO
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro. Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
Novo ETF da B3 aposta em energia nuclear e urânio como alternativa sustentável e estratégica. De olho em cenário geopolítico, fundo segue índice global e oferece exposição a empresas de 10 países do setor nuclear.
MALAS PRONTAS?
Férias de julho: cidade brasileira está entre as 10 mais buscadas pelos turistas no mundo, segundo a Mastercard. O lugar mais buscado para a temporada de meio de ano não é nenhuma praia paradisíaca, nem uma capital europeia.
SOBRE DUAS RODAS
14 provas de ciclismo para participar ainda em 2025 – do Tour de France ao Ibirapuera. Entre competições profissionais com programações paralelas e eventos voltados para amadores, entusiastas de ciclismo ainda têm um resto de ano recheado.
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts
Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado
A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027
Tony Volpon: O Fed e as duas economias americanas
Um ressurgimento de pressões inflacionárias ou uma fraqueza inesperada no mercado de trabalho dos EUA podem levar a autarquia norte-americana a abortar ou acelerar o ciclo de queda de juros
B3 deitada em berço esplêndido — mas não eternamente — e o que mexe com os mercados neste segunda-feira (29)
Por aqui, investidores aguardam IGP-M e Caged de agosto; nos EUA, Donald Trump negocia para evitar paralisação do governo
Pequenas notáveis, saudade do que não vivemos e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (26)
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