ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
Caro leitor. Hoje estou bem cansado e sem ideias de temas para a coluna. E, por isso, decidi co-criar com o ChatGPT — a partir da minha produção textual desses últimos quatro anos — um texto em que faço perguntas sobre três tópicos quentes sobre carreira que tenho escutado no último mês.
O desafio para a IA é trazer respostas única e exclusivamente a partir dos meus textos. A ideia é mostrar como ela pode ser benéfica, desde que usada de forma co-criadora. E também resgatar conteúdos da minha própria autoria que continuam fazendo sentido para o contexto atual.
Porque, no fundo, nossas opiniões — quando fundamentadas em princípios e valores — tendem a mudar muito pouco ao longo do tempo.
Vamos à colab entre a IA e eu.
1. “ChatGPT, o que eu diria sobre a nova tendência no mundo do trabalho, apelidada de Coffee Badging?”
(Breve conceituação: Coffee badging é a prática de ir ao escritório apenas por um curto período — o tempo de um café, literalmente — para “marcar presença”, reforçando visibilidade sem efetiva produtividade presencial.)
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Resposta a partir dos meus textos:
Em “Seis dicas para acelerar a sua carreira no modelo híbrido” e em “Por que o seu chefe quer que você volte para o escritório de vez”, destaquei que o retorno ao presencial e o trabalho híbrido exigem intencionalidade e propósito. Estar fisicamente presente não pode ser uma performance simbólica.
O coffee badging representa justamente o oposto do que defendo: uma presença sem entrega, uma marcação de ponto emocional.
Como escrevi, o que acelera a carreira nesse novo contexto é usar o presencial para conversas de feedback, fortalecimento de vínculos, rituais de alinhamento e networking genuíno — e não apenas “dar as caras”.
O valor do escritório está nas interações significativas, não na quantidade de cafés tomados. Estar no escritório só por estar é desperdiçar a chance de viver o melhor dos dois mundos — o remoto e o presencial — como aliados para o crescimento.
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2. “E como eu abordaria o tema de Micro-shifting, tópico quente nas editorias de carreira nas últimas semanas?”
(Breve conceito: Micro-shifting é a prática que permite ao profissional dividir sua jornada em blocos mais curtos, intercalando pequenas pausas ao longo do dia para recarregar as energias ou resolver questões pessoais — uma evolução do modelo fragmentado que ganhou popularidade após a pandemia, conhecido como triple peak day.)
Resposta a partir dos meus textos:
A partir das minhas colunas sobre o modelo híbrido e sobre o valor da autonomia, eu provavelmente diria que o micro-shifting não é um problema — desde que exista clareza de acordos e responsabilidade pelas entregas.
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Em “Seis dicas para acelerar sua carreira no modelo híbrido”, escrevi que o novo contexto de trabalho exige combinar rituais de alinhamento e conversas transparentes sobre expectativas. Quando esses combinados estão estabelecidos, o formato deixa de ser o centro da discussão: o que realmente importa é cumprir o que foi prometido.
O micro-shifting, nesse sentido, é apenas uma forma de o profissional buscar o ritmo que melhor se ajusta à sua produtividade e à sua vida pessoal.
Se há entrega, coerência e diálogo, pouco importa se o trabalho acontece em blocos contínuos ou espaçados. No fim, trata-se de autonomia com responsabilidade — algo que sempre defendi como base de qualquer relação profissional saudável.
3. “E, por fim, o que eu falaria do caso das demissões em massa feitas pelo Itaú, decorrentes de uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada?”
Resposta a partir dos meus textos:
O episódio me faz lembrar do que escrevi em “Por que o seu chefe quer que você volte para o escritório de vez”: o grande desafio do trabalho remoto é equilibrar liberdade e confiança.
Autonomia não significa ausência de regras — significa maturidade para cumprir acordos mesmo sem vigilância.
Em “Transição de carreira não é para todo mundo”, destaquei que toda escolha profissional exige compromisso genuíno e coerência com o que foi pactuado. O caso do Itaú reforça isso: quando o combinado se perde, a confiança se quebra.
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Mais do que um tema sobre controle, o que está em jogo é ética profissional — o pilar invisível de qualquer relação de trabalho, presencial ou remota.
Para fechar
Voltei para assumir 100% o comando do texto.
Algumas reflexões sobre esse novo experimento de coautoria entre o ThIAgo e eu:
Primeiro, gosto porque fui explícito com você, leitor, ao dizer que de fato estava fazendo uso da IA. Transparência sempre. Esse é o meu mantra.
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Segundo, fiquei feliz em perceber que minha base textual histórica pode me dar mais eficiência em novas produções com o uso da IA — mas ainda mantendo a minha autenticidade.
Terceiro, a autenticidade nasce do esforço de ter produzido, antes da IA, muita coisa original. Ou seja, com a adoção das ferramentas de linguagem, talvez o maior diferencial de um humano seja justamente voltar a produzir, de forma oportuna, coisas genuinamente originais, sem intervenção dos GPTs.
E quarto, o tempo passa e os temas de carreira parecem apenas ganhar novos rótulos.
No fim, a conclusão é quase sempre a mesma: ser transparente e honrar os compromissos continua sendo a receita básica para um bom desenvolvimento — na vida pessoal e profissional.
Até a próxima!
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