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Os ventos de Jackson Hole: brisa de alívio ou tempestade nos mercados?

As expectativas em torno do discurso de Jerome Powell no evento mais tradicional da agenda econômica global divide opiniões no mercado

21 de agosto de 2025
7:40
Montagem traz o presidente do Fed, Jerome Powell, em primeiro plano. Ele usa óculos e veste terno cinza escuro com camisa branca. Ao fundo, um cenário com a bolsa de NY e a bandeira dos EUA
Jerome Powell - Imagem: Canvas/ Montagem: Seu Dinheiro

O grande evento da semana é o Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole, que se inicia hoje, 21 de agosto, e se estende até sábado, 23, sob a organização do Federal Reserve de Kansas City. Trata-se de um dos encontros mais tradicionais e influentes da agenda econômica global, reunindo alguns dos principais formuladores de política monetária do mundo. 

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O tema deste ano — “Mercados de Trabalho em Transição: Demografia, Produtividade e Política Macroeconômica” — chega em momento mais do que oportuno, justamente quando o Federal Reserve (Fed) enfrenta a pressão de dados recentes que mostram inflação persistente e sinais mistos no mercado de trabalho

Entre todas as participações, o discurso de Jerome Powell, previsto para sexta-feira, concentra as maiores expectativas, já que poderá oferecer indícios mais claros sobre o rumo da política de juros nos Estados Unidos.

O consenso de mercado ainda projeta três cortes de juros até o fim de 2025, iniciando já em setembro. No entanto, permanece aberta a possibilidade de uma flexibilização mais cautelosa, talvez limitada a apenas duas reduções, com início adiado para outubro, dependendo do comportamento dos próximos indicadores de atividade e preços. 

Nesse contexto, os investidores também acompanharam ontem com atenção a divulgação da ata da reunião de julho do Fed. O documento revelou de forma mais explícita a intensidade das divisões internas no comitê, após a rara dissidência de dois membros votantes, que defenderam um corte de 25 pontos-base já naquela ocasião.

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Ainda assim, o material pode soar mais hawkish (ou seja, mais duro) para um mercado que hoje está sedento por sinais de afrouxamento monetário. Isso porque a ata reflete apenas o cenário de fim de julho, antes da divulgação do payroll de julho — publicada em 1º de agosto —, que mostrou enfraquecimento no mercado de trabalho e reforçou a tese de cortes. Assim, é natural que, à luz dos dados mais recentes, a posição registrada naquela reunião pareça mais restritiva do que o discurso atual do Fed tende a indicar.

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Reversão do ciclo de juros nos EUA está contratada?

Por ora, o mercado segue atribuindo mais de 80% de probabilidade a um corte de juros em setembro, expectativa reforçada não apenas pelos dados econômicos recentes, mas também pela pressão política crescente de Donald Trump, que insiste em medidas para aliviar o setor imobiliário e estimular a atividade.

Ainda assim, dúvidas relevantes permanecem sobre o impacto efetivo das tarifas recém-impostas, a trajetória da atividade econômica e a resiliência dos preços ao longo dos próximos meses.

Em paralelo, o mercado de trabalho americano começa a exibir sinais de desgaste. Após um período de estabilidade em níveis robustos desde o fim de 2023, a criação de empregos se concentra de maneira crescente em setores como saúde, governo e educação — segmentos tradicionalmente menos cíclicos —, enquanto outras áreas já apresentam indícios de estagnação ou até retração.

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Esse enfraquecimento estrutural da geração de vagas amplia o risco de deterioração no horizonte dos próximos trimestres e adiciona pressão às escolhas de política monetária do Federal Reserve.

Simpósio de Jackson Hole sob os holofotes do mercado

Nesse contexto, aumentam as expectativas em torno do discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole. O mercado permanece dividido: de um lado, dados de inflação mais benignos e a desaceleração do emprego fortalecem as apostas em cortes; de outro, a resiliência do consumo e a persistência da inflação em serviços sugerem que não há espaço para uma flexibilização mais agressiva.

Embora o último CPI tenha sido recebido de forma relativamente positiva, indicadores alternativos de preços revelam que o processo de desinflação perdeu tração, com salários e serviços ainda exercendo pressão relevante.

Esse quadro reforça a percepção de que o Fed deverá adotar um tom cauteloso, o que mantém a volatilidade elevada até que surja maior clareza sobre os rumos da política monetária e as perspectivas de crescimento global. A fala de Powell, assim como as demais discussões do simpósio, tende a nivelar melhor as expectativas do mercado em relação à trajetória dos juros. 

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As implicações são diretas: um tom mais duro pode sustentar o dólar em níveis mais altos, enquanto uma postura mais flexível pode fragilizá-lo. Essa dinâmica não é trivial, já que afeta não apenas o equilíbrio entre as principais moedas globais, mas também o desempenho de ativos em geral — sendo que, historicamente, um dólar mais fraco costuma favorecer especialmente os mercados emergentes, entre os quais o Brasil se insere.

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