🔴 ESSAS CRIPTOMOEDAS PODEM DISPARAR ATÉ 300 VEZES –  SAIBA COMO INVESTIR

Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado

A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027

30 de setembro de 2025
7:18 - atualizado às 8:08
Fundo eleitoral eleições eleições municipais
2026 estará dominado pela lógica das urnas. Imagem: Montagem/SD

No Brasil, a semana se desenha particularmente carregada, com dados relevantes de emprego, votações cruciais no Congresso e a expectativa em torno de uma eventual conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva. No campo político doméstico, chamou a atenção o encontro de ontem entre o governador Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em regime domiciliar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como esperado, Tarcísio confirmou publicamente sua intenção de disputar a reeleição em São Paulo, movimento que, em tese, abre espaço para que outros nomes da oposição — como Ratinho Jr. — possam ser cogitados para uma candidatura presidencial.

Ainda assim, interpreto esse recuo do governador mais como uma manobra tática do que como uma decisão definitiva. Reitero o que venho defendendo há meses: a possibilidade de alternância de poder em 2026 depende menos de figuras individuais e muito mais da capacidade de organização de uma oposição que, até aqui, tem se mostrado propensa à autossabotagem.

O que está em jogo na corrida eleitoral?

O ponto central é a viabilidade de um projeto reformista consistente, capaz de colocar na mesa, de forma clara, a inevitabilidade de uma reforma fiscal profunda a partir de 2027. Não estamos falando de meros ajustes pontuais de gasto ou tributos, mas de um redesenho estrutural da forma como o Brasil pensa e executa seu orçamento.

Para que isso ocorra, será indispensável que alguém com convicção, força política e capacidade real de articulação esteja na presidência — ou, no mínimo, que o debate seja pautado de maneira firme já em 2026, de modo a evitar que o perdedor da eleição use o ajuste de 2027 como bandeira de oposição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa é uma discussão civilizatória: só após enfrentar as amarras orçamentárias herdadas da Constituição de 1988 será possível abordar, de maneira correta, temas como produtividade, segurança pública, educação, segurança jurídica, saúde e abertura de mercado. O Brasil convive há décadas com esse passivo, mas o momento de encará-lo chegou — e não há mais espaço para adiamentos.

Leia Também

A partir de 2027, o orçamento federal brasileiro enfrentará um ponto crítico: todas as despesas se tornarão obrigatórias, eliminando quase por completo o espaço de discricionariedade do governo. Em termos práticos, isso significa que, independentemente de quem seja eleito — seja de esquerda ou de direita —, o presidente terá pouca ou nenhuma margem para implementar seus próprios projetos, tornando-se, na prática, um mero passageiro de um orçamento engessado. É por isso que uma correção de rumo se torna indispensável.

Esse ajuste é fundamental para reverter a trajetória preocupante do endividamento público, que hoje cresce sem perspectiva de estabilização. A combinação de um ritmo descontrolado de expansão de gastos em determinadas rubricas, somado ao descompasso da política fiscal e à ausência de previsibilidade, pressiona a necessidade de juros mais altos, o que, por sua vez, alimenta déficits nominais ainda maiores.

  • LEIA TAMBÉM: Quer investir melhor? Receba as notícias mais relevantes do mercado financeiro com o Seu Dinheiro; cadastre-se aqui

Eleições de 2026 no radar e o peso do fiscal

Nesse contexto, a frente fiscal permanece como vetor central de risco: além das pautas em tramitação no Congresso, o governo aguarda uma decisão crucial do TCU que pode obrigar o bloqueio de até R$ 34 bilhões adicionais em despesas em pleno ano eleitoral. O tribunal já advertiu que mirar apenas o piso da meta do arcabouço, em vez de perseguir o centro, constitui prática irregular.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais grave, porém, é que a própria meta se tornou artificial, perdendo utilidade como referência confiável de política fiscal. Não por acaso, a Fazenda teme que uma decisão mais dura reacenda a pressão interna por alterar a meta de 2026, algo que seria um erro grave, ainda que previsível em um ano marcado por disputas eleitorais.

No fim, sabemos que 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural condicionado à formação de um eventual governo reformista a partir de 2027. Trata-se menos de cumprir metas improvisadas e mais de repensar de forma profunda e corajosa a maneira como organizamos o orçamento público.

O problema é que a falta de organização de uma oposição coesa, capaz de apresentar um projeto claro e consistente de alternância de poder, compromete a previsibilidade desse cenário. A tese de mudança existe e pode ser altamente transformacional para os ativos brasileiros, mas o caminho até lá será tudo, menos linear.

Para que ela se torne viável, será preciso construir uma candidatura capaz de reunir a capacidade de mobilização do bolsonarismo (sem figuras de alta rejeição), a racionalidade econômica da centro-direita e a habilidade política do centrão. Caso esse movimento se consolide nos próximos meses, entraremos oficialmente, a partir de sábado, 4 de outubro, na janela de 12 meses que antecede as eleições, com chance concreta de um rali eleitoral cada vez mais factível.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais água no feijão e o que sobra para os acionistas minoritários, e o que mexe com os mercados nesta quinta (25)

25 de setembro de 2025 - 7:54

Por aqui temos prévia da inflação e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN); nos EUA, PIB do segundo trimestre e mais falas de dirigentes do Fed

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O amor pode estar do seu lado

24 de setembro de 2025 - 20:00

Não serei eu a querer estragar o story telling de ninguém, mas o (eventual) rali eleitoral no Brasil sequer começou

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A chama que não se apaga das debêntures incentivadas e o que esperar dos mercados hoje

24 de setembro de 2025 - 7:48

Após renovar recorde ontem, Ibovespa tem dia de agenda esvaziada; destaques são fluxo cambial no Brasil e falas de dirigentes do Fed nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dois coelhos com uma cajadada só, um grande encontro e o que move os mercados nesta terça-feira (23)

23 de setembro de 2025 - 8:17

Investidores acompanham hoje ata do Copom, início da Assembleia Geral da ONU e discurso do presidente do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

80 anos de ONU: discursos idealistas, cofres vazios e investidores correndo para o ouro

23 de setembro de 2025 - 7:49

Ao mesmo tempo em que busca reafirmar seu papel global, a ONU enfrenta talvez a mais profunda crise de legitimidade e de recursos de sua história

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O novo ouro é… o próprio ouro

22 de setembro de 2025 - 20:00

Há uma narrativa de que o bitcoin seria o “ouro digital”, mas existem motivos pelos quais o paralelo com o metal precioso não é tão correto assim

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quem quer dinheiro? Uma jogada de mestre com o ouro, e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (22)

22 de setembro de 2025 - 7:57

Dia tem discursos de dirigentes do Banco Central da Inglaterra e do Federal Reserve; investidores também se preparam para a Assembleia Geral da ONU, que começa amanhã

SEXTOU COM O RUY

Petrobras (PETR4): novo plano estratégico pode abrir as portas para mais dividendos aos acionistas; saiba o que esperar

19 de setembro de 2025 - 7:03

Estamos perto da divulgação do Plano Estratégico 2026-2030 da Petrobras, o que pode ser um catalisador relevante para os papéis da estatal

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Super Quarta de contrastes: a liquidez vem lá de fora, a cautela segue aqui dentro

18 de setembro de 2025 - 15:36

Fed inicia novo ciclo de cortes, Copom sinaliza flexibilização futura e mercados globais reagem à virada monetária que impulsiona ativos de risco

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O melhor aluno da sala fazendo bonito na bolsa, e o que esperar dos mercados nesta quinta-feira (18)

18 de setembro de 2025 - 8:07

Investidores ainda reagem às decisões e declarações da Super Quarta; no Reino Unido e no Japão, definição de juros vem hoje

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A falácia da “falácia da narrativa”

17 de setembro de 2025 - 20:00

Pela visão talebiana, não conseguimos nos contentar com o simples acaso, precisamos sempre de uma explicação para o que está acontecendo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Como a Super Quarta mexe com os seus investimentos, e o que mais move os mercados nesta quarta-feira (17)

17 de setembro de 2025 - 8:03

Após mais um recorde na bolsa brasileira, investidores aguardam decisão sobre juros nos EUA e no Brasil

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Para qual montanha fugir, Super Quarta e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (16)

16 de setembro de 2025 - 8:04

À espera da definição da política monetária nos EUA e no Brasil, investidores repercutem aviso de que Trump deve anunciar reação após condenação de Bolsonaro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A neoindustrialização brasileira (e algumas outras tendências)

15 de setembro de 2025 - 20:00

Fora do ar condicionado e dos escritórios muito bem acarpetados, há um Brasil real de fronteira tecnológica, liderando inovação e produtividade

VISÃO 360

O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets

14 de setembro de 2025 - 8:00

A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis

SEXTOU COM O RUY

A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic

12 de setembro de 2025 - 6:05

O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)

11 de setembro de 2025 - 7:54

Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted

10 de setembro de 2025 - 20:00

A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)

10 de setembro de 2025 - 8:00

Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar