O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China

Quem arriscou previsões muito ousadas sobre qual seria o “novo normal” no rescaldo da pandemia de covid-19 provavelmente errou.
Houve quem dissesse que o trabalho remoto tomaria conta, desafogando o trânsito nas metrópoles e deixando as lajes corporativas às moscas.
Ainda diante disso, muita gente se mudaria para cidades menores. Outra parte se transformaria em nômade digital, trabalhando de onde quisesse a hora que bem entendesse.
Algumas pessoas até conseguiram isso, mas não virou uma norma. Cada vez mais, as empresas convocam seus funcionários de volta para o escritório.
Também seriam impactadas radicalmente as relações de consumo.
O setor de shoppings centers teria que se reinventar, ao passo que as empresas dedicadas ao comércio eletrônico ganhariam musculatura com a consolidação de uma mudança de hábitos de consumo que já estava em andamento.
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Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Diante disso, as ações de e-commerce transformaram-se em uma das teses mais badaladas do mercado financeiro lá em 2020.
Cinco anos e um forte ciclo de alta de juros depois, as ações das empresas brasileiras que se lançaram na bolsa na esteira dessa euforia acumulam desvalorização da ordem de 90%.
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Esquenta dos mercados
O Ibovespa interrompeu ontem uma sequência de quatro sessões em alta, recuando um pouco dos recordes nominais alcançados na terça-feira.
Hoje, os mercados internacionais amanhecem tingidos por tons de vermelho em dia de agenda agitada na parte da manhã.
Os investidores repercutem o PIB da zona do euro e uma série de indicadores econômicos nos EUA.
Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fala em público pela primeira vez desde a trégua no front da guerra tarifária de Donald Trump com a China.
Por aqui, as atenções concentram-se na temporada de balanços, com destaque para os prejuízos da Eletrobras e da Casas Bahia.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
A ÁGUA SAIU DO PESCOÇO
Brasil vai escapar da recessão, mas não da inflação: duas previsões do JP Morgan e um alerta. O banco também fez uma estimativa para a economia dos EUA depois da trégua de 90 dias com a China na guerra comercial; confira.
SD ENTREVISTA
Moura Dubeux (MDNE3) alcança lucro líquido recorde no 1T25 e CEO projeta ano de novos marcos, mesmo com a Selic alta. Em entrevista ao Seu Dinheiro, Diego Villar comentou os resultados do primeiro trimestre da companhia e projetou R$ 100 milhões em proventos até o fim do ano.
BALANÇO 1T25
Em reestruturação para tentar sair do buraco, prejuízo da Casas Bahia (BHIA3) cresce 56,3% no 1T25 e chega a R$ 408 milhões. Ainda assim, as perdas da varejista entre janeiro e março deste ano são menores do que as registradas do último trimestre do ano passado e também viera baixo do que o mercado esperava; confira os números.
JUSTO AGORA?
Petrobras (PETR4) paga menos dividendos e até o governo ficou com o bolso mais leve — valor menor pode dificultar a vida de Lula. Como maior acionista da Petrobras, até mesmo o governo federal viu a distribuição de lucros cair, o que pode pressionar ainda mais as contas públicas.
OTIMISMO EM DIA
Primeiro Brasil, depois México e uma ponta de Chile: gestores se dizem otimistas com a América Latina e aumentam o risco na região, segundo o BofA. Quase metade dos gestores aumentaram suas previsões para o Ibovespa e esperam um dólar mais fraco ao fim do ano.
A IDADE CHEGA PARA TODOS
Sem epifanias: Warren Buffett revela motivo para deixar comando da Berkshire Hathaway. Durante a reunião anual da Berkshire, Buffett surpreendeu ao anunciar que deixará o cargo de CEO em dezembro.
ROTA DE FUGA
Roma? Londres? Nada disso: destino mais lotado da Europa é ilha (supostamente) paradisíaca na Grécia. Dados divulgados pela Comissão Europeia apontam os destinos com maior pressão turística – e os lugares mais lotados não são metrópoles globais; confira.
ROTA DO DINHEIRO
Fala, governador: as políticas de transição energética para atrair o capital gringo para o Brasil. Chefes de Executivo estaduais apresentaram projetos ligados à energia limpa, descarbonização e inovação, de olho em investidores internacionais.
TERRA SEM LEI
Regulação das stablecoins trava no Senado dos EUA e Federal Reserve emite novo alerta sobre riscos. Projeto batizado de GENIUS Act travou no Senado em meio a embate entre democratas e republicanos após controvérsias envolvendo Donald Trump, sua família e o mercado cripto.
DINHEIRO NO BOLSO
Petrobras (PETR4) atualiza primeira parcela de dividendos bilionários; confira quem tem direito a receber a bolada. O montante a ser pago pela estatal se refere ao último balanço de 2024 e será feito em duas parcelas iguais.
DO ROXO AO VERMELHO
Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25. O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas.
GATILHOS NO CAMINHO
O tempo cura tudo: ação da Raízen (RAIZ4) surge entre as maiores quedas do Ibovespa, mas bancos estão otimistas com o papel. O prejuízo da companhia do setor de açúcar e álcool disparou nos três primeiros meses do ano, mas BTG e Citi enxergam motivos para seguir com os ativos em carteira.
COMPRAR OU VENDER?
Subiu demais? Ação da JBS (JBSS3) cai na B3 após entregar resultado sólido no 1T25. Os papéis figuram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (14); saiba o que fazer com eles agora.
MAIS UMA NA FILA
Serena (SRNA3) de saída da B3: Actis e GIC anunciam oferta para fechar o capital da empresa de energia renovável; ações sobem forte. A oferta pública de aquisição vem em meio ao processo de redução de dívidas da empresa, que atingiu um pico na alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda.
VAI PINGAR NA CONTA
PagBank tem lucro de R$ 554 milhões, anuncia primeiro dividendo da história e indica que há mais proventos no radar. O banco digital destacou que, apesar de um “cenário econômico mais difícil”, conseguiu expandir a rentabilidade.
EM XEQUE
Por que as ações da Azul (AZUL4) caem mais de 10% mesmo após lucro líquido de R$ 783 milhões no 1T25? Se considerados ajustes, a companhia aérea teve um prejuízo líquido ajustado 460% maior que no ano passado, de R$ 1,8 bilhão.
O CADE REJEITOU
O Mercado Livre (MELI34) levou a melhor? Por que a Apple corre o risco de levar uma multa diária de R$ 250 mil no Brasil. Tribunal do Cade deu o prazo de 90 dias para que a fabricante de iPhones se adeque às regras, contados a partir da data da decisão unânime.
TEMPO É DINHEIRO
Fundo de tempo: ‘Ex-sócio de Trump’ lança seu próprio Shark Tank e quer aconselhar startups em troca de participação nos negócios. Ricardo Bellino se uniu à rede de conselheiros Koinz Capital para criar um programa de mentoria para empresas, que deverão fazer seu pitch em três minutos (tempo que o empresário teve com Trump).
TROCA DE JATINHOS
Após receber jatinho de presente, Trump fecha acordo de US$ 1,2 trilhão com o Catar; Boeing sai ganhando com venda de 210 aeronaves, estimadas em US$ 96 bilhões. Estados Unidos fecham nova série de acordos no Oriente Médio, mas parceria trilionária ganha contornos controversos após presidente receber jatinho de luxo como presente.
“SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO”
3 mudanças que podem levar a América Latina a liderar a transição energética global, segundo o presidente do BID, Ilan Goldfajn. Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento e ex-presidente do Banco Central brasileiro defende integração regional, investimentos verdes e soluções concretas para a transição energética até a Conferência do Clima em Belém.
SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS
Quantas divisões tem o papa? A escolha de Leão XIV e um contraponto à influência de Trump. Ao se anunciar como Leão XIV, Robert Francis Prevost está ditando não só uma continuidade da obra de Francisco, como também deixando claro que seu objetivo principal será a missão social da Igreja.
LOTERIAS
Lotofácil prova que a teimosia compensa, mas é ofuscada por ganhador de quase R$ 17 milhões na Quina. Ganhador ou ganhadora da Lotofácil vinha insistindo sempre nos mesmos números; Quina desencantou depois de acumular por 10 sorteios seguidos; Mega-Sena corre hoje valendo R$ 60 milhões.
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil
Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?
Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale
Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem
A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata
Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda
O amarelo, o laranja e o café: Ibovespa reage a tarifaço aguado e à temporada de balanços enquanto aguarda Vale
Rescaldo da guerra comercial e da Super Quarta competem com repercussão de balanços no Brasil e nos EUA