O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje
Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

Tem gente que evita ir ao médico e fazer exames porque diz que ‘quem procura acha’. O problema é que, ao mesmo tempo, perde a chance de descobrir uma eventual doença no início, quando normalmente o tratamento é mais fácil e a cura, possível.
Agora, tem gente que vai à consulta, recebe o diagnóstico, mas não segue o que o médico manda. Não faz os exames, não toma remédio, ignora a dieta, evita o exercício físico…
O Brasil encaixa-se, de certo modo, no segundo caso, na visão do nosso colunista Matheus Spiess. Não faltam diagnósticos do que precisa ser feito para melhorar a saúde do nosso país e dar-lhe longevidade, com indicadores sadios e boa qualidade de vida.
O último alerta, inclusive, que veio da agência de classificação de risco Moody’s, não foi nenhuma novidade para esse paciente, que já sabe o que precisa ser feito, mas fica adiando tudo para a próxima segunda-feira — ou, no caso, para as próximas eleições.
O país precisa tomar a decisão difícil de mudar de vida e começar a tratar as causas de seus problemas, em vez de apenas tomar um comprimidinho para enganar a dor.
Nas palavras de Spiess, esse paciente precisa partir para três reformas estruturais: a administrativa, a orçamentária e a da Previdência. “Se a oportunidade for desperdiçada, o inevitável virá — mas sem anestesia”, alerta o colunista.
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Esquenta dos mercados
O Ibovespa fechou o primeiro pregão do mês em queda, marcando a quarta desvalorização seguida do principal índice da bolsa brasileira.
O mau humor do mercado vem em meio às tensões da guerra comercial de Donald Trump. Após anunciar um aumento das taxas para o aço, disse que vai estender por três meses a isenção de tarifas para alguns bens chineses.
A decisão trouxe alívio para as bolsas asiáticas, que fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira. Já os índices da China voltaram do feriado com ganhos moderados — inclusive após os dados da atividade industrial, que caiu abaixo dos 50 pontos pela primeira vez em oito meses.
Na Europa, os principais índices iniciaram o pregão em alta, mas passaram a operar em queda após a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro ter desacelerado mais do que o esperado em maio.
Os índices futuros de Nova York, por sua vez, abrem o dia com leve alta, enquanto os investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego nos EUA.
Por aqui, ficam no radar do mercado as negociações do ministro Fernando Haddad com os líderes do Congresso, em busca de uma alternativa ao aumento do IOF. Os investidores também acompanham a Produção Industrial de abril.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
COM EMOÇÃO
Tem que aumentar mais: o que pensam os economistas que esperam mais uma elevação da Selic pelo Copom, para uma taxa terminal de 15% ao ano? O comitê deixou o cenário em aberto na última reunião e agora o mercado está dividido entre os que esperam a manutenção dos juros e os que projetam um aumento residual de 0,25 p.p.
O GATILHO QUE FALTAVA?
Trump pode ter dado o empurrão que faltava para Gerdau (GGBR4) saltar na B3 — e mercado ainda não percebeu o potencial, diz BTG. Para os analistas, a ação da siderúrgica está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump e no balanço do 2T25 o “gatilho necessário” para valorizar na B3.
É OFICIAL!
Petrobras aprova emissão de R$ 3 bilhões em debêntures simples; confira as regras. A operação contará com até três séries, com vencimentos determinados para 2035, 2040 e 2045.
FÔLEGO RENOVADO
Após o rali de quase 50% no ano, ação do Bradesco (BBDC4) ainda tem espaço para subir? UBS BB acredita que sim. Banco mantém recomendação de compra para BBDC4 e eleva preço-alvo para R$ 21. Saiba o que sustenta a visão otimista.
NA COSTA DO PACÍFICO
San Francisco ou Los Angeles: qual cidade da Califórnia tem mais a ver com você? As duas cidades mais proeminentes do estado são responsáveis por encantar os turistas, cada uma à sua maneira.
AINDA É EXCEPCIONAL?
Por que o mercado erra ao apostar que Trump vai “amarelar”, segundo a Gavekal. Economista-chefe da consultoria avalia se o excepcionalismo norte-americano chegou ao fim e dá um conselho para os investidores neste momento.
COMBUSTÍVEL MAIS BARATO
Petrobras reduz em 5,6% preços da gasolina para distribuidoras a partir da terça-feira (3). O preço de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro.
PREPARE O BOLSO
Conta de luz vai ficar mais cara em junho: Aneel aciona a bandeira vermelha e pede uso responsável de energia. Com a mudança, as contas de luz terão adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos.
ARRAIAL NA B3
Mês de comemoração: junho tem Corpus Christi, festas juninas e pausa na bolsa; confira quando o mercado tira folga. Além das tradicionais festas juninas, brasileiros devem aproveitar o ponto facultativo de 19 de junho para entrar no clima dos festejos.
DESTAQUES DA BOLSA
Nem só de aço vive a B3: Gerdau brilha, mas alta do petróleo puxa ações de petroleiras no Ibovespa. O petróleo ganhou força no exterior nesta manhã depois que a Opep+ manteve os aumentos de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores.
A PRIMEIRA DO MUNDO
Vale (VALE3) se antecipa às normas globais e detalha metas climáticas em novo relatório de sustentabilidade. O padrão internacional, que se tornará obrigatório no Brasil a partir de 2027, abrange operações, governança e riscos relacionados às mudanças do clima.
POTENCIAL COMPLETO
JBS (JBSS3): dupla listagem nos EUA deve desbloquear potencial do frigorífico brasileiro, de acordo com o Citi; saiba o que fazer com as ações. Na última sexta-feira (30), a companhia obteve aprovação da CVM para estrear na bolsa de Nova York e iniciar seu programa de BDRs na B3.
TIJOLO POR TIJOLO
A Cury (CURY3) vai subir mais? Lançamentos e bons resultados no 1T25 fazem Santander revisar o preço-alvo das ações. Além dos resultados dos três primeiros meses do ano, o banco levou em conta a expectativa de aumento no ritmo de novas unidades da construtora.
ECOR3 AGORA É BUY
De “venda” à compra: Ecorodovias (ECOR3) recebe duplo upgrade de recomendação pelo BofA. O que está por trás do otimismo? Com a mudança, os papéis ECOR3 saem de uma recomendação underperform (equivalente à venda) e aceleram para classificação de compra.
LIÇÃO DE CASA FEITA
Yduqs (YUDQ3) é a favorita do Santander no setor de educação e ganha novo preço-alvo; saiba o que fazer com as ações agora. Apesar de novos desafios regulatórios, o papel da companhia continua atrativo devido à posição em que ela se encontra neste ano, de acordo com o banco.
ALÔ ACIONISTA
TIM (TIMS3) anuncia grupamento de ações para aumentar a liquidez do papel; confira os detalhes da operação. A partir desta terça-feira (3), acionistas terão 30 dias para ajustar suas posições para evitar a formação de frações ao fim do processo.
BAIXOU
Ozempic e Wegovy vão ficar mais baratos: Novo Nordisk reduz preços no Brasil para combater produtos irregulares; veja novos valores. Os dois medicamentos terão seus preços reduzidos nas principais plataformas de e-commerce; nas lojas físicas o desconto será menor.
DESAGRADOU
URPR11 reduz dividendos com estratégia de retenção dos lucros e cai mais de 7% na bolsa; entenda os planos do FII. A redução nos proventos já estava no radar do mercado desde o fim de março, mas os cotistas lidam com uma queda maior do que era esperado.
FIIS
Fundo imobiliário de hotéis lidera alta do Ifix: cotas sobem mais de 4% após anúncio de distribuição de dividendos. A animação dos investidores vem na esteira do anúncio de um aumento de 92% na distribuição de proventos em relação ao mês anterior.
IR 2025
Caiu na malha fina do imposto de renda? Veja como regularizar a situação. Saiba como regularizar a sua situação junto à Receita Federal caso a sua declaração apresente informações inconsistentes e caia na malha fina do imposto de renda.
CAFÉ PROIBIDO
Café fake: Anvisa proíbe venda e distribuição de três marcas por contaminação e recomenda atenção dos consumidores. Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou resíduos de toxinas nos produtos, além de falhas na fabricação e rotulagem.
EM BUSCA DE CONHECIMENTO
Financial Times divulga ranking das melhores escolas de educação executiva, e lista inclui três brasileiras. Fundação Dom Cabral, Insper e Fundação Getulio Vargas aparecem nas listas de cursos abertos e customizados.
PRIMEIRO EMPREGO
Última chamada para inscrições na XP e na Blip; confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 13 mil. Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano.
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
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De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil
Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?
Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale
Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem
A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata
Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda
O amarelo, o laranja e o café: Ibovespa reage a tarifaço aguado e à temporada de balanços enquanto aguarda Vale
Rescaldo da guerra comercial e da Super Quarta competem com repercussão de balanços no Brasil e nos EUA