Onde investir em abril? As melhores opções em ações, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional

O começo do ano foi agitado para o mercado financeiro. No primeiro trimestre encerrado em março, o Ibovespa surpreendeu as expectativas e registrou uma alta de 8,29%. Um movimento inesperado e liderado pela entrada de capital estrangeiro.
Capital este que foge dos Estados Unidos em direção a novos ares, depois que a guerra comercial de Donald Trump instalou o caos e a incerteza entre os agentes econômicos do país. A probabilidade de aceleração da inflação e de recessão econômica aumenta na tela dos economistas a cada novidade que vem da Casa Branca.
Embora não se saiba o que vem a seguir, uma coisa é certa: a volatilidade continuará.
- E MAIS: Após ata do Copom, analista projeta Selic acima dos 15% em 2025; confira 3 títulos para investir nesse cenário
Para se proteger da aversão ao risco global e das flutuações do mercado local, os analistas da Empiricus Research dizem quais são as melhores oportunidades para as carteiras em abril.
Confira as recomendações para ações, dividendos, fundos imobiliários e BDRs (Brazilian Depositary Receipt ou Certificado de Depósito de Valores Mobiliários) em abril.
Ações
Março foi o melhor mês para o Ibovespa até agora em 2025. A entrada de capital estrangeiro nos primeiros três meses do ano já soma R$ 13 bilhões, mais de um terço do que foi registrado de resgate no ano passado.
Leia Também
Para Larissa Quaresma, o Brasil está bem posicionado para ser o destino dos investidores que buscam alternativas nos mercados emergentes.
Em abril, a analista pontua que não haverá mais balanços para direcionar as negociações em bolsa, de modo que os indicadores econômicos e o cenário macro devem fazer mais preço.
“Uma correção técnica não me surpreenderia devido a agenda mais esvaziada. Mas, no restante do ano, vejo uma tendência ascendente positiva, diferentemente do que aconteceu no ano passado”, diz Quaresma.
- SAIBA MAIS: Entregar a declaração do Imposto de Renda no fim do prazo pode aumentar a sua restituição em mais de 4%; entenda
Entre as tendências de alocação, as companhias cíclicas ganharam espaço na carteira da Empiricus. O setor já foi o mais valorizado ao longo de março, e a analista vê a continuidade deste movimento nos próximos dias. Com isso, Localiza (RENT3) foi uma das escolhas para o mês.
Suzano (SUZB3) é a segunda. Quaresma pontua que a empresa teve um desempenho ruim em bolsa nos primeiros três meses por causa da desvalorização do dólar em relação ao real, mas que o cenário global é bom para o setor, devido ao aumento dos preços da celulose.
Dividendos
De modo geral, como tendência para o ano, Ruy Hungria acredita que a desaceleração que o Brasil deve sofrer na atividade econômica afetará os pagamentos das empresas. Por isso, o analista da Empiricus espera um volume menor de proventos distribuídos ao longo do ano.
Entretanto, ele pondera que algumas empresas estão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios macroeconômicos e uma delas é a maior vaca leiteira do país: a Petrobras (PETR4).
A empresa ficou de fora da carteira recomendada nos últimos meses devido à queda dos preços do petróleo. Agora, com a recuperação da commodity e o entendimento de que o preço da ação da petroleira está “barato”, os papéis voltaram à carteira.
“Hoje, a gente entende que, negociando a menos de quatro vezes o preço pelo lucro, e com um dividend yield acima de 10%, faz sentido estar posicionado em Petrobras”, diz Hungria.
- LEIA TAMBÉM: Petrobras faz parceria com BNDES e busca rentabilidade no mercado de créditos de carbono
Fundos imobiliários
Assim como aconteceu com o Ibovespa, o Ifix destravou em março e superou o patamar dos 3.300 pontos.
Caio Araújo acredita que o momento ainda é incerto para o setor e, para os próximos meses, espera bastante volatilidade nas negociações em bolsa. Sendo assim, a alocação de FIIs na carteira da Empiricus segue cautelosa e baseada em escolhas pontuais.
“Não enxergamos no curtíssimo prazo uma arrancada imediata, como a gente viu nos últimos dois meses. Eu entendo que, para abril, temos que ter uma carteira um pouco mais equilibrada, sem colocar muito pé no risco”, diz o analista.
O destaque para o mês na carteira da Empiricus é a entrada do Kinea Renda Imobiliária (KNRI11). Um fundo híbrido, que investe em lajes corporativas e em galpões logísticos, principalmente.
“Na nossa percepção, a carteira de escritórios oferece uma geração de valor interessante para o cotista, tanto no que diz respeito à possibilidade de aumento de aluguel, mas principalmente com as novas locações”, diz Araújo.
Além disso, o analista também espera ganho de capital com a valorização das cotas negociadas em bolsa.
“Vemos um potencial de valorização na casa de 15% ao longo dos próximos 12 meses, o que dá um dividend yield próximo de 9%. Então, na nossa percepção, é um case com capacidade de ganho de capital e geração de renda.”
Onde investir lá fora
Enquanto o Ibovespa surpreendeu para cima, as bolsas norte-americanas amargaram um primeiro trimestre de correção — o S&P 500 teve em março a pior performance desde dezembro de 2022.
Na visão de Enzo Pacheco, a incerteza criada pelo comportamento errático de Trump está gerando dificuldade para a previsibilidade necessária nas análises de ativos de risco.
“O grande temor dos investidores hoje é ter a implementação de tarifas e ter uma desaceleração significativa da economia norte-americana. Se você tem um crescimento menor, as empresas vão lucrar menos, com lucros menores por ação. E se o lucro não cresce, provavelmente o investidor vai ter uma dificuldade para pagar um múltiplo maior naquele lucro. Então, tende a ter um impacto negativo no preço de tela dos papéis”, diz Pacheco.
Ainda assim, abrem-se oportunidades. A maior parte da correção nos preços dos ativos norte-americanos veio das empresas de tecnologia. Com isso, o analista da Empiricus acredita ser o momento ideal para aumentar a posição em big techs com melhores teses de investimento.
A escolha da casa é a Meta (M1TA34). “Dentre as big techs, eu acho que é a empresa mais bem vista pelos investidores, com entrega de crescimento de receita e melhora de lucratividade.”
De acordo com Pacheco, o aumento da posição da Empiricus foi de 5% para 15%.
Outra escolha do mês foi a TSMC (TSMC34), fabricante de chips e fornecedora da Nvidia. Segundo o analista, somente neste ano a empresa já entregou altas taxas de crescimento em relação ao ano passado: 36% em janeiro, na base anual, e 40% em fevereiro.
“Eu enxergo capacidade da empresa continuar entregando essas fortes taxas ao longo do ano.”
Veja o episódio completo do Onde Investir em abril:
IRDM11 vai sair da bolsa? Fundo imobiliário quer incorporar Iridium Recebíveis ao portfólio
O FII possui exposição a títulos do mercado imobiliário que deram dor de cabeça para os investidores nos últimos anos
Ibovespa reverte perda e sobe na esteira da recuperação em Nova York; entenda o que levou as bolsas do inferno ao céu
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 5,5619, afastando-se das máximas alcançadas ao longo da sessão
BB Renda Corporativa (BBRC11) renova contratos de locação com o Banco do Brasil (BBAS3); entenda o impacto
O fundo imobiliário também enfrentou oscilações na receita durante o primeiro semestre de 2025 devido a mudanças nos contratos de locação
Fuga do investidor estrangeiro? Não para a sócia da Armor Capital. Mesmo com Trump, ainda tem muito espaço para gringo comprar bolsa brasileira
Para Paula Moreno, sócia e co-diretora de investimentos da Armor Capital, as tensões comerciais com os EUA criam uma oportunidade para o estrangeiro aumentar a aposta no Brasil
Quão ruim pode ser o balanço do Banco do Brasil (BBAS3)? O JP Morgan já traçou as apostas para o 2T25
Na visão dos analistas, o BB pode colher ainda mais provisões no resultado devido a empréstimos problemáticos no agronegócio. Saiba o que esperar do resultado
Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?
Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções
Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset
Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda
Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset
Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo
FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação
Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto
As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira
O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço
Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs
Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais
Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581
Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas
O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país
Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais