IRB (IRBR3) transforma risco de desastres em investimento e estreia no mercado de LRS com emissão de R$ 33,7 milhões
Segundo o CEO do IRB, a operação abre ao investidor brasileiro um leque de novas opções de riscos para a carteira de investimentos; entenda a operação
Imagine transformar os riscos de desastres ou catástrofes em investimento. É exatamente isso que o IRB Br (IRBR3) fez nesta semana — e antes de todo mundo no Brasil. A resseguradora lançou a primeira Letra de Risco de Seguro (LRS) do mercado brasileiro, numa operação de R$ 33,7 milhões.
“Estamos inaugurando uma nova modalidade de transferência de riscos no mercado local. A emissão das letras de seguro permite que os riscos do mercado segurador sejam absorvidos pelo mercado de capitais”, afirmou Marcos Falcão, CEO do IRB(Re), em nota.
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A estreia foi conduzida pela Andrina SSPE, subsidiária integral do IRB, e estruturada em parceria com o Itaú BBA.
Para o mercado, o lançamento representa uma espécie de “cat-bond (título de catástrofe) à brasileira”, aproximando o setor segurador do mercado de capitais com uma ponte inédita.
Segundo o CEO do IRB, a operação abre um leque de novas opções de riscos para a carteira de investimentos, já que esses títulos vinculados não são correlacionados com o mercado financeiro tradicional.
“Ou seja, sua rentabilidade não é afetada por ciclos econômicos ou variações de preços na economia, como taxas de juros e câmbio”, disse Falcão.
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A letra de risco de seguro do IRB (IRBR3)
O nome pode parecer técnico, mas o conceito das LRS é simples: transferir riscos (inclusive catastróficos) de seguradoras para o mercado financeiro.
Funciona assim: a SSPE assume parte dos riscos de seguros e emite letras para captar os recursos necessários no mercado.
O investidor entra com o dinheiro e, em troca, recebe o rendimento de um título descorrelacionado das curvas macroeconômicas tradicionais.
No caso das LRS do IRB, os papéis envolvem a securitização de riscos de seguro garantia de 14 das maiores empresas às quais a resseguradora está exposta.
Para os investidores, a remuneração da LRS do IRB é de CDI + 2,5%, com pagamento no vencimento.
Por sua vez, as seguradoras e resseguradoras (como o IRB) liberam capital de seus balanços, abrindo espaço para ampliar a oferta de seguros.
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A demanda por “títulos de catástrofe” no Brasil
“O início das emissões de LRS é um marco importante para o mercado, já que traz a oportunidade de um novo instrumento para a captação de recursos para as seguradoras e, por outro lado, para os investidores, é mais uma opção de produto de renda fixa para a diversificação de carteira”, disse Leonardo Betanho, superintendente de produtos de Balcão da B3.
Fausto Morais, superintendente de produtos estruturados do Itaú BBA, destacou o apelo do novo produto para os fundos de investimento.
Segundo Morais, há forte demanda por títulos descorrelacionados de riscos e ciclos macroeconômicos — isto é, ativos que não andam de mãos dadas com juros ou câmbio.
Apesar de a lei que autoriza as seguradoras a emitirem papéis de renda fixa ter sido aprovada em 2022, a operação da IRB foi a primeira desse mercado, que teve um valor considerado pequeno, mas serviu para testar o apetite dos investidores.
Cesar Cavalcante, presidente da Andrina, afirmou que a escolha por começar com um produto ligado ao seguro garantia se deu pela alta demanda por esse tipo de proteção.
“Seguiremos buscando novas oportunidades para ampliar e potencializar este novo negócio. A LRS é muito utilizada no exterior. Temos uma grande oportunidade de fortalecer nosso mercado”, disse Cavalcante.
*Com informações do Money Times.
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