Renda fixa no exterior: DBOA11, ETF que investe em debêntures americanas conversíveis em ações, estreia na B3
Gestora Oryx Capital, responsável pelo novo fundo de índice, deseja focar em ETFs voltados para o mercado externo e mudar a forma como a distribuição desses produtos é remunerada no Brasil
A bolsa brasileira recebeu, nesta segunda-feira (21), um novo ETF, desta vez focado em renda fixa no exterior. Começou a ser negociado hoje na B3 o fundo de índice Oryx Debêntures Conversíveis USA (DBOA11), que investirá em debêntures emitidas no mercado americano e conversíveis em ações das suas empresas emissoras.
O desempenho do primeiro ETF da gestora Oryx Capital, focada em ETFs que investem no exterior, acompanhará o índice Bloomberg US Convertible Liquid Bond – ETF Tracker e contará com cerca de 280 empresas emissoras de variados setores, como finanças, saúde e transporte.
Para compôr o índice e a carteira do fundo, as debêntures devem ter alta liquidez, respeitando dois critérios de volume: valor de emissão a partir de US$ 350 milhões e valor nominal em circulação de no mínimo US$ 250 milhões.
- A carteira de investimentos ideal existe? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar carteira personalizada para diferentes estratégias; saiba mais
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas, mas as debêntures conversíveis podem ser convertidas em ações em caso de calote do emissor do papel, o que em tese traz uma camada extra de garantia.
Se as debêntures da carteira do DBOA11 chegarem a ser convertidas em ações, o fundo irá vender os papéis a preço de mercado, de forma a voltar a ter apenas renda fixa na carteira.
No caso das debêntures conversíveis que compõem o índice da Bloomberg – e consequentemente, o DBOA11 –, são papéis considerados high yield, isto é, com risco mais alto e maior potencial de retorno, contou ao Seu Dinheiro Verônica Pimentel, CEO da Oryx Capital.
Leia Também
O investimento em um ETF como este, portanto, permite ao investidor ter um retorno de renda fixa dolarizado na sua carteira, o que torna, segundo Pimentel, o produto competitivo com a renda fixa brasileira e nossa elevada taxa de juros.
De acordo com a Oryx, nos últimos cinco anos, os ativos que integram a carteira do Bloomberg US Convertible Liquid Bond – ETF Tracker tiveram uma rentabilidade média anual de 14,3%, “que esteve atrelada à estabilidade do dólar e à valorização dos próprios ativos.”
O DBOA11 tem taxa de administração de 0,7% ao ano e começou a ser negociado a R$ 100 por cota. Os rendimentos pagos pelas debêntures da carteira são reinvestidas no fundo automaticamente, e a tributação segue as regras dos ETFs de renda fixa, isto é, sem IOF nem come-cotas e com a alíquota regressiva de acordo com o prazo médio de repactuação dos ativos da carteira:
- Até 180 dias: 25%
- Entre 181 e 720 dias: 20%
- Acima de 720 dias: 15%
No caso do DBOA11, a expectativa é de que o prazo médio da carteira não fique abaixo de 720 dias, mantendo a alíquota em 15% sobre os ganhos com a venda das cotas.
Oryx quer mudar a forma de remuneração da distribuição de ETFs no Brasil
A Oryx Capital começou a atuar como gestora no segundo semestre de 2023 e deseja focar sua atuação em ETFs que investem no exterior, notadamente nos mercados europeu e norte-americano.
Segundo a CEO, Verônica Pimentel, a gestora deseja ainda introduzir um novo modelo de remuneração de distribuidores no mercado brasileiro, similar ao que se vê nos EUA e na Europa.
Ela explica que hoje, no Brasil, os ETFs novos fazem uma oferta pública inicial de cotas (IPO), e que o distribuidor do fundo é remunerado apenas neste momento. “É uma taxa elevada, que pode ser de 3% ou 5%, mas nós consideramos que isso prejudica o investidor que entra no IPO”, disse Pimentel, ao Seu Dinheiro.
Nos países desenvolvidos, diz ela, não existe esse IPO. “Os ETFs chegam ao mercado apenas com seed money ou sem nada. Os distribuidores então recebem uma pequena taxa mensal pela distribuição, já no mercado secundário. Acreditamos que esse modelo é melhor para o investidor”, explica.
A CEO da Oryx diz que o objetivo é implementar o novo modelo no médio ou longo prazo, mas que não depende de regulação específica para adotá-lo.
*Matéria atualizada em 22/10/2024 para acrescentar a alíquota de IR do fundo.
Veja também: Os gringos DESISTIRAM do BRASIL? Confira a entrevista do Chairman no Brasil da BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, no podcast Touros e Ursos
Ybyrá Capital anuncia aumento de capital de R$ 3 bilhões para impulsionar expansão dos negócios
Com isso, companhia tem seu capital total elevado para R$ 7,666 bilhões; operação inclui a emissão de 37,5 milhões de novas ações preferenciais
Efeito Milei leva principal ETF de ações argentinas a superar os US$ 800 milhões em patrimônio
Desde a posse de Milei, o patrimônio do fundo Global X MSCI Argentina (ARGT) se multiplicou por seis; ETF sobe quase 70% no ano
Uma ação que já disparou 150% no ano ainda pode mais? Itaú BBA diz o que esperar da Embraer (EMBR3) daqui para frente
O valuation da fabricante brasileira de aeronaves é uma preocupação para os investidores atualmente; o banco fez uma comparação com a Airbus e diz qual delas vale a pena
O pior ficará em 2024? Com queda de 47% no ano, ação da Kora (KRSA3) sobe após conclusão de reperfilamento da dívida
Depois de se debruçar nos últimos meses na operação, a companhia agora tem os instrumentos necessários para fortalecer sua estrutura de capital e também a liquidez
Compra com desconto e potencial de alta de 55%: por que o JP Morgan recomenda você ter Inter (INBR32) na carteira
Com isso, a expectativa do JP Morgan é de uma valorização dos BDRs da ordem de 55%, com o preço-alvo de R$ 42,00 para o fim de 2025
Simpar (SIMH3) detalha acordo de aquisição da Automob por R$ 226 milhões e afirma que operação não afeta reorganização da empresa
O montante será pago em parcelas anuais iguais a partir de 31 de dezembro de 2025 até a mesma data de 2028
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
“Não vamos tomar atalho na estratégia só para agradar a qualquer custo”, diz CEO da Veste
Das 172 lojas das marcas Le Lis, Dudalina, John John, Bo.Bô e Individual, 58 devem estar repaginadas e prontas para lucrar mais até o final do ano
Após 15 anos — e muito juro pela frente —, IPO do Bradesco Seguros pode finalmente sair do papel? Bancões têm altas expectativas que sim
Oferta colocaria banco ao lado de outras instituições que já tem seus segmentos de seguros com capital aberto em bolsa
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Ninguém escapa da Selic a 12,25%: Ações do Carrefour (CRFB3) desabam 10% e lideram perdas do Ibovespa, que cai em bloco após aperto de juros pelo Copom
O desempenho negativo das ações brasileiras é ainda mais evidente entre as empresas cíclicas e companhias que operam mais alavancadas
Happy Hour garantido para os acionistas da Ambev (ABEV3): Gigante das cervejas vai distribuir R$ 10,5 bilhões em dividendos e JCP
A chuva de proventos da Ambev deve pingar em duas datas. Os JCP serão pagos em 30 de dezembro deste ano, enquanto os dividendos serão depositados em 7 de janeiro de 2025
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Energia limpa e dados quentes: Brasil é o ‘El Dorado’ da Inteligência Artificial — e a chave da equação perfeita para ramo que deu 90% das receitas da Nvidia (NVDC34)
Para Marcel Saraiva, gerente de vendas da divisão Enterprise da Nvidia no Brasil, país precisa seguir um caminho para realizar o sonho da soberania de IA
Hapvida (HAPV3) sobe na B3 em meio a estimativas sobre novos reajustes nos planos de saúde — mas esse bancão ainda prefere outras duas ações do setor
Em contas preliminares do BTG Pactual, os planos de saúde individuais devem passar por um aumento de cerca de 5,6% nos preços para o ciclo 2025-26
Hidrovias do Brasil (HBSA3) pede autorização para vender 20% dos ativos e ações sobem na B3. Vale a pena embarcar nessa agora?
Companhia viu lucro virar prejuízo no terceiro trimestre, já anunciou aumento de capital e papéis já acumulam mais de 26% de perdas no ano
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro
Dividendos parcelados: Petrobras (PETR4) vai dividir remuneração do 3T24 aos acionistas — e ainda é possível ter direito aos JCP e proventos
No total, a gigante do petróleo vai depositar R$ 17,12 bilhões em dividendos referentes ao terceiro trimestre de 2024; veja os detalhes da distribuição
Itaú (ITUB4) detalha acusações contra ex-CFO por conflito de interesse em gastos milionários
Broedel teria contratado cerca de 40 pareceres (destes, apenas 20 foram entregues) da empresa da qual seu filho é sócio, entre 2019 e 2014, por R$ 13,26 milhões