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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Renda fixa isenta

Sem IR e com dividendos: gestora do Nubank faz oferta pública de cotas do Nu Infra (NUIF11), seu fundo de debêntures incentivadas

Objetivo da Nu Asset é captar R$ 150 milhões para seu fundo de crédito privado focado em infraestrutura

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
18 de março de 2024
10:31 - atualizado às 10:39
Nubank
Nubank - Imagem: Divulgação

A Nu Asset, gestora do Nubank, iniciou a segunda oferta pública de cotas de seu fundo de infraestrutura Nu Infra (NUIF11), fundo de debêntures incentivadas com cotas negociadas em bolsa e totalmente isento de imposto de renda para as pessoas físicas.

A intenção da gestora é captar, inicialmente, R$ 150 milhões. O período de reserva das cotas começou em 15 de março (sexta-feira) e vai até 1o de abril.

O Nu Infra é um fundo de crédito privado, isto é, investe em títulos de dívida de empresas (debêntures), que são investimentos de renda fixa. Ainda assim, trata-se de uma renda fixa mais "apimentada" que os tradicionais títulos públicos e CDBs, pois o fundo fica exposto ao risco de crédito das empresas emissoras dos títulos que compõem a carteira.

No caso do NUIF11, estas são isentas de imposto de renda para a pessoa física, por serem debêntures de infraestrutura incentivadas. Isso significa que tanto os rendimentos pagos pelo fundo quanto o lucro com a venda das cotas não sofrem a incidência de IR. Tais debêntures também têm sua rentabilidade atrelada à inflação. Assim, o fundo busca um retorno acima da inflação e isento de IR no longo prazo.

As cotas são negociadas em bolsa de valores, como se fossem ações. Elas podem ser compradas pelo investidor na própria bolsa, mas quem quiser participar da oferta pública poderá adquiri-las com um desconto de 13,59% em relação ao seu valor patrimonial, que é o preço pelo qual os ativos do fundo são avaliados.

"A Nu Asset concedeu esse deságio como forma de mitigar os custos de distribuição para os acionistas que aderirem à oferta, e no futuro busca atingir uma rentabilidade-alvo de 0,5% a 1,0% acima da NTN-B de referência", explica o Nubank, em nota.

A NTN-B de referência, no caso, é o título público indexado à inflação que serve de benchmark para o fundo. Assim, para quem entrar na oferta, a meta do fundo é render de 0,5% a 1,0% acima da rentabilidade desse título público, lembrando que isso não é uma garantia de rentabilidade.

Nu Infra (NUIF11) tem distribuído dividendos mensais

O Nu Infra costuma fazer distribuições mensais de rendimentos. O fundo teve início em junho de 2022 e começou a pagar proventos em setembro de 2023, quando foi listado na B3. Desde então, tem pago R$ 1,10 por cota por mês, o equivalente a um retorno com dividendos (dividend yield) de 12,25% ao ano, em média.

Desde o início, o fundo de infraestrutura do Nubank apresentou um retorno acumulado de 21,8%, o equivalente ao retorno do IMA-B (índice que acompanha o retorno de uma cesta de NTN-B) mais 3,8%.

Por se tratar de um fundo fechado com cotas negociadas em bolsa, o NUIF11 também não permite resgates. Investidores que queiram realizar ganhos com a valorização das cotas ou mesmo sair do investimento devem vender suas cotas a outro investidor na bolsa.

A Nu Asset é responsável pela gestão de três estratégias de crédito privado, que totalizam um volume de recursos sob gestão de R$ 1,9 bilhão. Desde abril de 2022, a gestora já negociou R$ 4,5 bilhões em ativos de crédito privado e analisou mais de 280 operações, com uma taxa de aprovação de 30%.

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