🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Micaela Santos

Micaela Santos

É repórter do Seu Dinheiro. Formada pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), já passou pela Época Negócios e Canal Meio.

RENDA FIXA

Gestora especializada em FIDCs lança seu primeiro fundo de direitos creditórios para o varejo; saiba como incluir esse tipo de ativo na carteira

O Solis Pioneiro, da gestora Solis Investimentos, chega para o público em geral após a publicação da Resolução CVM 175 e em momento de alta dos fundos em direitos creditórios

Micaela Santos
Micaela Santos
6 de junho de 2024
18:00 - atualizado às 17:33
Investimentos no exterior
Investimentos no exterior. -

Antes restritos a milionários, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tornaram-se acessíveis a todos os investidores em outubro do ano passado, após a entrada em vigor da Resolução CVM 175, norma que rege os fundos de investimentos brasileiros. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora já possa, portanto, lançar FIDCs abertos ao público geral, a indústria de fundos tem até 29 de novembro deste ano para adaptar os seus produtos já existentes às novas regras.

Oito meses depois da entrada em vigor do novo marco regulatório dos fundos de investimento, a gestora Solis Investimentos, especializada nesse tipo de ativo, anunciou nesta semana o lançamento do seu primeiro fundo de FIDCs voltado para o investidor de varejo, que ganha mais uma opção dentro da categoria de renda fixa. 

Chamado de Solis Pioneiro, o fundo tem aplicação mínima de R$ 100 e pode ser encontrado na plataforma de investimento do BTG Pactual. A carteira terá até 100% em cotas seniores de FIDCs. 

Segundo a gestora, além do acesso do público em geral aos FIDCs, o Pioneiro “agregará ainda um benefício tributário para seus cotistas”. Pela nova norma tributária, o fundo não tem incidência do come-cotas, imposto semestral sobre fundos de renda fixa e multimercados.   

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que são FIDCs

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios são fundos de crédito estruturado, ou seja, veículos de investimento baseados em títulos de créditos a receber de uma empresa, após um processo chamado de securitização e outras modalidades de crédito.

Leia Também

Também chamados de recebíveis, os direitos creditórios são títulos de renda fixa que dão ao seu detentor o direito de receber um fluxo de pagamentos futuro devido por clientes de uma empresa por algum tipo de produto vendido ou serviço prestado. 

Ou seja, os FIDCs ligam as pessoas que querem crédito aos investidores. Com isso, esse tipo de fundo antecipa à pessoa ou empresa um recurso que ela receberia no futuro. 

Por exemplo, um comércio vende seus produtos no cartão de crédito. No entanto, os valores da venda seriam recebidos da operadora de cartão só depois de um mês. Nesse caso, o comércio pode antecipar os valores vendendo esse “direito creditório” ao FIDC. Em contrapartida, o FIDC antecipa o dinheiro a receber, com uma espécie de “taxa de desconto”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa modalidade pode ser feita com direitos creditórios dos segmentos financeiro, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil, comercial, industrial e de prestação de serviços.

O risco para o investidor, neste caso, está a inadimplência desses recebíveis. Além disso, não há garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para fundos de investimentos. 

Como funciona o fundo Solis Pioneiro

Por se enquadrar nas exigências da CVM 175, o Pioneiro investe apenas em cotas seniores de FIDCs que tenham sido classificadas por uma agência de classificação de risco. Essas cotas são aquelas que têm prioridade no recebimento da remuneração e das amortizações. São consideradas as mais seguras e, por isso, possuem menor rentabilidade.

FIDCs também têm cotas subordinadas, que em geral ficam com a gestora do fundo e os cedentes dos recebíveis, responsáveis por “absorver” a eventual inadimplência dos recebíveis da carteira. Entretanto, possuem maior rentabilidade do que as cotas seniores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Podem existir ainda as cotas mezanino e de performance, além de FIDCs abertos e fechados.

De acordo com a gestora, o Solis Pioneiro abrange ainda os chamados FIDCs performados, decorrentes de mercadorias já entregues ou de serviços já prestados: “Exigências da norma nova, essas características implicarão em maior segurança para os investidores”, diz a gestora, em nota à imprensa. 

“Será um passo importante da Solis em uma nova era para os FIDCs”, disse Ricardo Binelli, sócio-diretor da Solis Investimentos, em comunicado. “Participamos de toda a trajetória do crédito estruturado no Brasil, sempre focados em FIDCs, desde 2005, e agora contribuímos com a história ao lançar o primeiro FIC de FIDC adequado ao público em geral, usufruindo da abertura que a CVM trouxe com a 175.”

A Solis Investimentos tem mais de R$ 16 bilhões sob gestão, quantia que quadruplicou em quatro anos, desde 2020, quando tinha R$ 4 bilhões. São mais de 16 mil cotistas em mais de 90 fundos ativos. Para os FIDCs, a expectativa é captar até R$ 300 milhões este ano. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como incluir os FIDCs na carteira 

Com acesso ao FIDC, o investidor ganha mais uma forma de diversificar o componente de renda fixa de sua carteira, para otimizar a rentabilidade sem perder a vantagem de proteção de patrimônio. 

É possível aplicar em FIDCs:

  • por meio de fundos dedicados exclusivamente a esse tipo de ativo; 
  • por meio de fundos que têm os FIDCs como componentes de políticas de investimento mais abrangentes, como fundos de crédito diversificados; 
  • ou, ainda, por meio da alocação direta em um FIDC. 

Vale lembrar que os FIDCs têm taxa de administração e podem ter taxa de performance, caso a rentabilidade seja superior à de um indicador de referência. 

A tributação segue a tabela regressiva do imposto de renda, válida para outras aplicações de renda fixa, com alíquotas que variam de 22,5% a 15%, dependendo do prazo de aplicação. Os FIDCs abertos têm come-cotas, mas os fechados não.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Momento de expansão

Embora tenham sido criados em 2001, os FIDCs são ainda relativamente pouco conhecidos do público em geral. Isso porque, até a revisão da norma concretizada no final do ano passado, estavam restritos aos investidores que possuíssem, no mínimo, R$ 1 milhão investido. 

Para as demais pessoas físicas, a única opção era acessar esse tipo de investimento por meio de outros fundos - mesmo assim, não podiam alocar mais de 20% da carteira em FIDCs. 

Com a abertura ao público em geral, a tendência é que essa opção de renda fixa cresça, assim como vem acontecendo nos últimos anos.

Números da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o patrimônio líquido dos FIDCs avançou em ritmo mais acelerado que as demais classes de ativos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em 2023, a captação líquida dos FIDCs foi de R$ 24 bilhões, enquanto os fundos de renda fixa tiveram resgates líquidos de R$ 59 bilhões. Já os os fundos multimercados tiveram retiradas de R$ 134 bilhões e os fundos de ações sofreram saques de R$ 7 bilhões.

“O avanço dos FIDCs seguiu um movimento de busca por diversificação das fontes de retorno por meio de ativos que estivessem dentro da rede de proteção da renda fixa”, explica a Solis. “Ou seja, o investidor procura, com o FIDC, fugir de riscos e oscilações bruscas do mercado, ao mesmo tempo em que visa retornos mais substanciais em sua carteira.”

A Resolução CVM 175

Publicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após dois anos de discussão, em dezembro de 2022, a Resolução CVM 175 só entrou em vigor em outubro de 2023

A norma traz um conjunto de regras gerais, válido para todos os fundos, e uma série de anexos específicos para cada categoria de fundos. Para o investidor, permitiu o acesso aos FIDCs. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar de ter entrado em vigor em outubro do ano passado, os efeitos da resolução serão sentidos principalmente a partir deste ano, já que a CVM adiou o prazo de adequação às novas regras para os fundos. 

Agora, a nova data é 29 de novembro de 2024 para FIDC e 30 de junho de 2025 para os demais fundos.

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VISÃO DO GESTOR

SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina

3 de setembro de 2025 - 17:30

Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito

RESILIENTES COM PRAZO

Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s

3 de setembro de 2025 - 14:22

Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela

RISCO SEM PRÊMIO?

Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?

22 de agosto de 2025 - 17:46

Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

21 de agosto de 2025 - 12:07

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

24/7

Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026

17 de agosto de 2025 - 15:55

Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores

BATALHA DA RENDA FIXA

Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?

13 de agosto de 2025 - 6:01

Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos

CARTEIRA RECOMENDADA

Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto

8 de agosto de 2025 - 15:00

BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras

DOIS ANOS

Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais

6 de agosto de 2025 - 14:29

Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores

GARANTA JÁ O SEU ISENTO

De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores 

23 de julho de 2025 - 16:58

A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas

adia, mas paga

De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas

19 de julho de 2025 - 14:15

Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos

NOVA REALIDADE

Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima

17 de julho de 2025 - 13:42

Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção

DIVERSIFICAÇÃO EM DÓLAR

Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo

14 de julho de 2025 - 13:11

São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido

SEGUNDA CHANCE

Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo

14 de julho de 2025 - 6:02

Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro

UPGRADE NA RENDA FIXA

Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar

10 de julho de 2025 - 16:28

O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs

CRÉDITO PRIVADO EM XEQUE

Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas

9 de julho de 2025 - 15:45

Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências

CARTEIRA RECOMENDADA

Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês 

9 de julho de 2025 - 13:08

BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro

VALE A PENA?

CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR

8 de julho de 2025 - 16:00

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?

3 de julho de 2025 - 8:00

MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre

3 de julho de 2025 - 6:00

Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro

FICOU POP

Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente

26 de junho de 2025 - 18:38

Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar