A punição de Biden: EUA não perdoam ataque a Israel e castigam o Irã — mas o verdadeiro motivo das sanções não é econômico
O Tesouro norte-americano anunciou medidas contra uma dezena de pessoas e empresas iranianas e ainda avalia restrições ao petróleo do país, mas, ao contrário do que parece, medidas também mandam uma mensagem a Netanyahu

Muito se perguntou — e se temeu — sobre a resposta que Israel daria aos ataques recentes do Irã, mas a articulação das grandes potências mundiais parece ter funcionado até agora e o revide não veio. Até agora. Nesta quinta-feira (18), os EUA — uns dos principais aliados de Tel Aviv — resolveram punir Teerã por conta própria.
O governo norte-americano impôs novas sanções a 16 pessoas e duas entidades associadas ao programa de drones do Irã.
As sanções visam executivos de um fabricante de motores que fornece os drones Shahad-131 que foram utilizados no ataque a Israel, bem como empresas que prestam assistência aos motores e indivíduos associados ao fornecimento dos drones às forças iranianas em todo o Oriente Médio.
O Departamento do Tesouro norte-americano informou ainda que estava punindo cinco empresas associadas à indústria siderúrgica iraniana e três subsidiárias de uma montadora iraniana.
E mais pode estar por vir. No início desta semana, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, não descartou a aplicação de sanções às exportações de petróleo iranianas.
Se optar por esse caminho, os EUA arriscam ver o aumento dos preços da commodity e de seus derivados e provocar a irritação da China, um dos principais compradores do petróleo iraniano.
Leia Também
- Dólar vai a R$ 6? Juros dos EUA vão parar de cair? Conflito no Oriente Médio vai trazer “dias sombrios” para bolsa? Veja relatório CORTESIA com todas as respostas.
EUA coordenam o isolamento do Irã
As novas sanções, que foram coordenadas com os aliados europeus, têm endereço certo: são um esforço para cortar o fornecimento ao programa de mísseis e drones do Irã e isolar o país na cena global.
Só que as sanções têm outra mensagem — dessa vez para Israel: EUA e seus principais aliados sinalizaram ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que o combate à mais recente agressão do Irã não requer necessariamente uma resposta militar.
No fim de semana, o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel em uma ofensiva retaliatória a um ataque aéreo israelense a um complexo diplomático em Damasco, na Síria, que matou membros da elite militar iraniana.
Israel, com a ajuda dos EUA e de outros países aliados, interceptou a maior parte do fogo que chegou ao seu território.
Após o ataque, o presidente norte-americano, Joe Biden, consultou outros líderes do Grupo dos 7 para condenar uma resposta diplomática, incluindo novas sanções.
- Leia também: Fogo alto: o revide de Israel contra o Irã coloca Netanyahu em uma panela de pressão — mas há uma saída possível
A resposta militar de Israel virá?
Biden e outros líderes apelaram a Israel para exercer contenção após o ataque do fim de semana na esperança de evitar um conflito regional mais amplo.
Israel, no entanto, ainda não disse como irá responder. O gabinete de guerra do país reuniu-se periodicamente esta semana sem anunciar qualquer ação definitiva.
Se a decisão for por uma resposta militar, Israel pode estar sozinho dessa vez. Em um telefonema no sábado(13) à noite, Biden disse a Netanyahu que os EUA não participaram de ações ofensivas contra o Irã.
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Sem alarde: Discretamente, China isenta tarifas de certos tipos de chips feitos nos EUA
China isentou tarifas de alguns semicondutores produzidos pela indústria norte-americana para tentar proteger suas empresas de tecnologia.