A fortuna desabou: Por que Jeff Bezos e os nove maiores bilionários do planeta perderam R$ 249 bilhões em um só dia?
Apesar da derrocada de suas riquezas no último pregão em meio à sangria em Wall Street, esse grupo seleto de ricaços ainda soma um patrimônio líquido de US$ 1,65 trilhão
Em meio à maior aversão ao risco nos mercados financeiros globais e à forte sangria em Wall Street, os 10 maiores bilionários do planeta viram US$ 43,52 bilhões — equivalente a R$ 249,29 bilhões, no câmbio atual — evaporarem de suas contas na última sexta-feira (2), de acordo com o ranking de fortunas Bloomberg Billionaires Index.
Conhecidos por comandarem algumas das empresas mais valiosas do mundo, esse grupo seleto de ricaços soma, juntos, um patrimônio líquido de US$ 1,65 trilhão — o que renderia algo próximo de R$ 9,46 trilhões nas conversões atuais.
O maior recuo de fortuna pessoal veio de Jeff Bezos. O fundador da Amazon, considerado a segunda pessoa mais rica do mundo, viu seu patrimônio encolher US$ 15,2 bilhões de um dia para o outro, encerrando o pregão de sexta-feira com algo próximo de US$ 191 bilhões.
A segunda maior queda patrimonial partiu do maior bilionário do planeta. Elon Musk perdeu US$ 6,5 bilhões no mesmo intervalo, com uma riqueza atualmente estimada em US$ 235 bilhões.
Confira o ranking completo:
Ranking | Nome | Patrimônio Líquido | Mudança | Mudança YTD | Fonte |
---|---|---|---|---|---|
1 | Elon Musk | US$ 235 bilhões | -US$ 6,57 bilhões | +US$ 5,54 bilhões | Tesla, SpaceX |
2 | Jeff Bezos | US$ 191 bilhões | -US$ 15,2 bilhões | +US$ 14,6 bilhões | Amazon |
3 | Bernard Arnault | US$ 182 bilhões | -US$ 1,21 bilhão | -US$ 25,0B | LVMH |
4 | Mark Zuckerberg | US$ 174 bilhões | -US$ 3,39 bilhões | +US$ 45,6 bilhões | |
5 | Bill Gates | US$ 155 bilhões | -US$ 1,95 bilhão | +US$ 14,0 bilhões | Microsoft |
6 | Larry Page | US$ 150 bilhões | -US$ 3,45 bilhões | +US$ 23,2 bilhões | |
7 | Larry Ellison | US$ 148 bilhões | -US$ 4,37 bilhões | +US$ 24,9 bilhões | Oracle |
8 | Steve Ballmer | US$ 142 bilhões | -US$ 2,83 bilhões | +US$ 11,0 bilhões | Microsoft |
9 | Sergey Brin | US$ 141 bilhões | -US$ 3,24 bilhões | +US$ 20,9 bilhões | |
10 | Warren Buffett | US$ 135 bilhões | -US$ 1,31 bilhão | +US$ 15,1 bilhões | Berkshire Hathaway |
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas para você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Por que a fortuna dos bilionários desabou?
Ainda que a intensa derrocada da fortuna dos maiores bilionários do mundo possa assustar, essas perdas não são incomuns — especialmente em dias de maior aversão ao risco nos mercados financeiros globais, como foi a última sexta-feira (2).
Leia Também
Afinal, uma grande parcela dos patrimônios dos bilionários — como é o caso de Elon Musk e Jeff Bezos, por exemplo — é concentrada em empresas e ativos de baixa liquidez.
Desse modo, os patrimônios dos executivos são impactados proporcionalmente às oscilações das ações de suas companhias na bolsa, positiva ou negativamente.
É por isso que as fortunas desses CEOs podem despencar dezenas de bilhões de dólares em um só dia, ou disparar na mesma medida.
- “Esta é a Big Tech com o valuation mais atrativo entre seus pares”, diz analista; clique aqui e descubra qual
A sangria em Wall Street
Na última sexta-feira, Wall Street fechou em forte queda, com o S&P 500 no pior dia em quase dois anos e o dólar atingindo o patamar de R$ 5,79 na máxima do dia.
Todo esse estrago no mercado foi provocado pelo relatório de emprego dos EUA, o famoso payroll, de julho.
A liquidação também empurrou o Nasdaq para o território de correção — queda de mais de 10% em relação à máxima histórica definida há quase um mês.
O Nasdaq 100, que é composto pelos 100 maiores nomes do Composite, foi ainda mais fundo na correção, sendo negociado 11% abaixo da máxima de 52 semanas.
- Muitos investidores perdem a oportunidade de lucrar em dólar esperando a queda da moeda; esta carteira de BDRs já valorizou mais de 26% este ano – veja as 10 ações recomendadas
O S&P 500 e o Dow Jones chegaram a ficar 6% e 4% abaixo das máximas históricas, respectivamente.
Entenda aqui o dado que fez o S&P 500 e os mercados sangrarem no pregão passado.
O mau humor dos investidores contagiou ainda as ações das gigantes de tecnologia norte-americanas.
Os papéis Intel, por exemplo, desabaram 26% em Nova York após a fabricante de chips sinalizar que o terceiro trimestre será muito mais fraco que o esperado — e ainda suspender os dividendos após balanço.
A Amazon, por sua vez, recuou quase 9% em Wall Street após a empresa de Jeff Bezos divulgar resultados mistos no segundo trimestre e dar uma previsão abaixo das expectativas para o terceiro trimestre.
Outra aérea em apuros: ação da Spirit Airlines cai mais de 26% em Nova York após rumores de recuperação judicial
Low cost americana vem passando por dificuldades financeiras que se agravaram após fusão fracassada com a JetBlue; dívidas somam US$ 3,3 bilhões
Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?
Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores
Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual
Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)
No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha
Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Os mais ricos devem ser mais taxados, diz Bill Gates, que revela qual seria a ‘taxação ideal’ para os bilionários
Em podcast e em nova série documental na Netflix, o fundador da Microsoft faz críticas aos ultrarricos, mas diz que taxação não pode destruir o “sonho americano”
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Gigante rebaixado: Depois de tantos recordes, Mercado Livre ficou sem espaço para subir mais? Veja o que diz o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para as ações MELI negociadas em Wall Street, de “overweight” — equivalente a compra — para neutro
Dexco (DXCO3) vende Duchas Corona — e se prepara para possível “banho de água fria” no próximo balanço
Famosa graças um jingle de sucesso nos anos 1970 e 1980, as Duchas Corona perderam mercado nos últimos anos; ações da Dexco (DXCO3) reagem em alta
Eneva (ENEV3) lança oferta primária na B3 e pode captar mais de R$ 4 bilhões com follow-on na bolsa
Considerando apenas o lote inicial, a operação deve movimentar pelo menos R$ 3,2 bilhões — e parte da demanda já está garantida
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
BB Investimentos corta preço-alvo para ações da MRV — mas analistas revelam por que você ainda deveria estar animado com MRVE3
A redução de preço-alvo para as ações da construtora de baixa renda teve um principal “culpado”: o desaperto monetário mais lento nos Estados Unidos
Renner (LREN3) vai se beneficiar com a “taxação das blusinhas”? BB Investimentos revisa preço-alvo para as ações e diz se é hora de comprar os papéis da varejista
Segundo BB-BI, os papéis LREN3 vêm apresentando performance “bastante superior” à do Ibovespa desde o início do ano, mas a varejista ainda tem desafios
Cosan (CSAN3) pode embolsar quase R$ 900 milhões com IPO da Moove nos EUA
Após a oferta de ações em Nova York, a Cosan manterá o controle da Moove, com uma participação que pode variar entre 60,4% e 57,6%
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street