Vibra (VBBR3) compra seu edifício-sede no Rio, mas transação causa impasse para investidores de CRI e fundos imobiliários
Não se trata de um calote como os vistos no mercado de CRI no ano passado, mas sim de uma situação muito mais complexa do ponto de vista jurídico

Populares entre as pessoas físicas e fundos imobiliários, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são títulos de renda fixa que representam a promessa de um pagamento futuro em dinheiro.
Ou seja, quem investe em um CRI compra o direito a receber um fluxo de pagamentos dos créditos concedidos para finalizar algum empreendimento imobiliário. Mas o que acontece quando esse fluxo de dinheiro é interrompido antes do previsto?
É isso que os investidores de ativos ligados ao contrato de locação do Edifício Lubrax, sede da Vibra Energia (VBBR3) localizada no Rio de Janeiro, se perguntam após a companhia anunciar que não pagaria mais o aluguel do prédio a partir deste mês.
E não se trata de um calote como os vistos no mercado de CRI no ano passado, quando companhias ficaram inadimplentes por problemas financeiros, mas sim de uma situação muito mais complexa do ponto de vista jurídico.
A Vibra locava o espaço desde 2012, quando assinou um contrato com a Confidere, proprietária do imóvel até então. O contrato, que deveria durar 18 anos, foi usado pela Confidere como lastro para os títulos, incluindo CRIs nos quais investem três FIIs com mais de 460 mil cotistas — Banestes RI (BCRI11), Fator Veritá (VTRA11) e Iridium RI (IRDM11).
- LEIA TAMBÉM: 5 fundos imobiliários para comprar agora e buscar “aluguéis” na conta em forma de proventos
No meio do caminho, porém, a empresa passou a enfrentar uma crise financeira e seus ativos viraram alvo de penhoras, incluindo o Edifício Lubrax. O ativo foi a leilão judicial e acabou arrematado pela própria Vibra em um movimento que, segundo afirma a empresa em nota enviada à imprensa na semana passada, foi de “defesa”.
Leia Também
“O imóvel só foi arrematado porque havia o risco de que fosse transferido para terceiros ou arrecadado em eventual processo falimentar da Confidere, possibilidade que gerava incertezas e inseguranças quanto à permanência da companhia no imóvel”, diz a Vibra.
O contrato original já previa que a ex-BR Distribuidora pudesse vir a ser dona do imóvel em 2031, por meio de uma opção de compra que poderia ser exercida após o fim da locação.
Mas, com a compra antecipada graças a um descumprimento dos termos por parte da antiga proprietária — que deveria manter o imóvel livre de penhora — a companhia entende que o aluguel já não é mais devido e interrompeu os pagamentos neste mês.
O que dizem os fundos imobiliários?
O Iridium Recebíveis Imobiliários, um dos fundos que investem em CRIs ligados ao contrato do Edifício Lubrax, confirmou que a Vibra entrou com um pedido de arbitragem para a resilição — o chamado distrato — do contrato de aluguel.
Os investidores do título, por outro lado, solicitaram uma medida cautelar para que Vibra continue com os pagamentos. Mas o FII reconhece que a operação deve ficar “provavelmente inadimplente” até o fim do processo de arbitragem. Vale destacar que o CRI representa apenas 0,07% do patrimônio líquido do IRDM11.
O BCRI11, que tem uma exposição de 0,57% da carteira ao título, relembra que o contrato de locação do imóvel serve de lastro para quatro outras emissões. “Não obstante a operação contar com garantia de fiança, salientamos que o lastro dos CRI é um contrato de locação atípico cujos termos e condições são de conhecimento inequívoco da locatária”.
- Como buscar um “aluguel” de R$ 4.432,62 com fundos imobiliários? Caio Araujo, analista de FIIs, encontrou 5 oportunidades que podem te render “aluguéis” todos os meses. Baixe AQUI o relatório gratuito para conhecer todos os FIIs recomendados por ele e a tese de investimento de cada um
Já Fator Veritá, terceiro fundo imobiliário a confirmar uma exposição de 0,09% de seu PL, ou R$ 1,3 milhão, ao problema, informou aos cotistas que “todas as medidas para esclarecer o ocorrido e reaver o pagamento das parcelas já estão sendo tomadas.”
Uma dessas medidas é uma assembleia convocada pela Opea Securitizadora, que estruturou os CRIs.
No encontro, marcado para 3 de junho, os credores vão deliberar sobre os próximos passos para enfrentar a inadimplência dos títulos, incluindo a possibilidade de decretar o vencimento antecipado dos títulos e executar as garantias — que não incluem a alienação fiduciária do prédio, mas sim uma fiança ligada a sócios da antiga proprietária do prédio e seguro.
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas
Vale (VALE3) e Samarco enfrentam mais uma ação judicial pelo rompimento da barragem de Mariana, desta vez na Holanda
Ação na justiça holandesa foi impetrada contra as subsidiárias das mineradoras no país europeu; primeira audiência será em 14 de julho
CEO do BTG Pactual critica aumento de impostos no pacote fiscal de Haddad: ‘Mais areia na engrenagem do Brasil’
Em painel durante evento do mercado financeiro, Roberto Sallouti alerta para os riscos da decisão do governo de aumentar impostos em vez de cortar gastos
ChatGPT apresenta instabilidade generalizada desde a madrugada desta terça-feira (10); entenda
Os produtos da OpenAI estão apresentando falhas tanto pelo site quanto pelo aplicativo móvel do chatbot