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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

O FRANGO ROUBOU A CENA

Itaú BBA vê potencial de 25% de alta para ações da Marfrig (MRFG3) em 2024 — mas o frigorífico favorito é outro

Para os analistas, uma produtora de carnes pode ser uma boa pedida para os investidores que buscam uma proteção cambial no portfólio

a vaca e o frango - marfrig e brf
Imagem: Montagem Andrei Morais

Uma das ações que mais se valorizaram no Ibovespa em 2024, a Marfrig (MRFG3) já subiu 15% na bolsa brasileira desde janeiro — e a escalada não deve parar por aí, na visão do Itaú BBA.

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Após resultados acima das expectativas do mercado no primeiro trimestre para a indústria de frangos, o banco revisou as estimativas para o segmento para o resto de 2024 — enquanto projeta um cenário apertado para o mercado bovino.

Diante do otimismo com o futuro do mercado de aves, os analistas elevaram o preço-alvo de MRFG3 de R$ 10 para R$ 14 por papel para o fim de 2024, implicando em um ganho potencial de 25% em relação ao último fechamento.

Mas, apesar da visão construtiva para as ações, o banco manteve recomendação de market perform (equivalente a neutra) para a companhia — e já escolheu uma nova favorita para levar a coroa no setor de frigoríficos.

A hora do frango

Se o preço da carne tomou o centro das discussões no Brasil nos últimos anos em meio a críticas à escalada dos valores da picanha nos mercados locais, daqui para a frente, quem pode ter dificuldade para fazer um churrasco de domingo são os norte-americanos, segundo o Itaú BBA.

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Isso porque as perspectivas dos analistas para o mercado bovino nos Estados Unidos não estão nada otimistas. Pelo contrário, na verdade.

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O banco prevê uma redução mais acentuada na oferta a partir do ano que vem, com um recuo em torno de 6% na produção de carne bovina em base anual. Com isso, os analistas projetam um aumento de preços relevantes em 2025 e 2026 — que devem subir ainda mais nos anos seguintes. 

Em meio às estimativas de um cenário mais difícil para o gado, o frango deve roubar a cena, segundo o Itaú BBA.

A tese tem base nas perspectivas de maior controle de custos de produção para o segundo semestre, impulsionado pela tendência de queda dos preços dos grãos vista ao longo dos seis primeiros meses do ano.

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Afinal, os grãos hoje correspondem a mais de 85% dos custos consolidados dos produtores de frangos.

Além da redução de gastos com cereais, o mercado brasileiro registrou uma demanda sólida por “frango brasileiro” ao longo do primeiro trimestre — já que a indústria dos EUA redirecionou os volumes para o mercado local, que foi afetado pelos preços mais altos da carne bovina.

A maior flexibilidade para arbitrar preços de exportação após a autorização de novas plantas para exportar proteína brasileira também impulsionou a indústria, além do fornecimento limitado de frango no Oriente Médio devido a desafios logísticos no Mar Vermelho.

Na avaliação do Itaú BBA, a melhora na indústria de aves deve “superar as tendências negativas na carne bovina, levando a uma revisão para cima dos números consolidados” de duas empresas: a Marfrig (MRFG3) e a JBS (JBSS3).

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Otimismo com Marfrig (MRFG3) no longo prazo 

Para o banco, as perspectivas da Marfrig a longo prazo são “indiscutivelmente positivas”. Entretanto, as incertezas macroeconômicas ainda pesam sobre a avaliação do Itaú BBA

Na avaliação do Itaú BBA, a Marfrig atualmente é negociada a um múltiplo de 5,5 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 2025, considerando a participação da companhia na BRF (BRFS3).

Excluindo os números da BRF, o ponto de equilíbrio esperado da geração de fluxo de caixa livre para o patrimônio líquido (FCFE) deverá ser em torno de R$ 4,8 bilhões, mas deve cair para R$ 3,5 bilhões quando o acordo com a Minerva (BEEF3) for concluído.

“Sob estas hipóteses, o rendimento do FCFE oscilará em torno do ponto de equilíbrio até 2025, o que parece razoável tendo em conta as condições macroeconômicas desfavoráveis para a carne bovina dos EUA”, disse o banco, em relatório. 

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Segundo os analistas, do ponto de vista estratégico, a venda para a Minerva foi um passo fundamental para a consolidação da Marfrig como um player de valor agregado — e deve gerar margens mais altas e estáveis no longo prazo. 

Porém, para o banco, é pouco provável que os investidores se tornem mais otimistas com as ações MRFG3 enquanto a fase de retenção na indústria da carne bovina dos EUA — que leva a uma redução na oferta da proteína — não der visibilidade sobre a intensidade e a duração do ciclo de queda do mercado nos EUA nos próximos anos.

A vez da JBS (JBSS3)

Para o Itaú BBA, a JBS pode ser “um bom lugar para se esconder” para quem quiser fazer apostas em dólares, mas sem abrir mão da segurança na carteira. 

“Além do valuation atraente, destacamos também a diversificação geográfica da JBS como um mecanismo interessante para quem busca uma proteção [hedge] cambial no portfólio.”

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Do lado dos resultados, os analistas esperam um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 27,3 bilhões para 2024.

Além disso, o banco agora prevê um equilíbrio do fluxo de caixa livre para US$ 3,8 bilhões (R$ 20,27 bilhões) em 2024, refletindo questões como maiores investimentos (capex).

Os analistas projetam um desempenho levemente negativo para a divisão da JBS nos EUA, a US Beef, com uma expectativa de margem Ebitda negativa em 0,9% para 2024.

Porém, as outras unidades de negócios da JBS devem continuar em trajetória de recuperação, segundo o Itaú BBA.

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“Prevemos que o ano fiscal de 2024 seja um ano de margens acima da média histórica para a maioria das divisões da JBS, apesar das incertezas na divisão de carne bovina dos EUA.”

O banco manteve recomendação de outperform — equivalente a compra — para as ações, mas elevou o preço-alvo de R$ 31 para R$ 39 para o final de 2024, um potencial de alta de 33% frente ao fechamento anterior.

Porém, existem riscos para a visão otimista para a JBS. O Itaú BBA acredita que as preocupações crescentes relacionadas com o ciclo de queda da carne bovina nos EUA podem não ser apoiadas pelas outras divisões da companhia — que já apresentam margens próximas ou acima das médias históricas em 2024.

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