🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

PISOU NO ACELERADOR

Cury (CURY3) inicia o ano lançando quase R$ 2 bilhões e executivo diz por que a construtora foi na contramão do mercado

De acordo com Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da construtora, a decisão de lançar mais no início do ano já é adotada há alguns anos e tem um propósito

Larissa Vitória
Larissa Vitória
10 de abril de 2024
18:24 - atualizado às 15:04
Fotografia de Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da construtora Cury
Leonardo Mesquita está na Cury há mais de 14 anos e ocupa o cargo de vice-presidente comercial da construtora desde 2019 - Imagem: Divulgação

Enquanto boa parte das construtoras e incorporadoras da B3 optou por iniciar o ano de forma mais modesta, testando a temperatura do mercado com um volume menor de projetos em relação ao fim do ano anterior, a Cury (CURY3) entrou em 2024 já com o pé afundado no acelerador.

De acordo com a prévia operacional publicada há pouco, a companhia focada em imóveis para as faixas mais altas do programa Minha Casa Minha Vida lançou dez empreendimentos no primeiro trimestre, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,9 bilhão.

A cifra é 32,7% superior à registrada no mesmo período do ano passado e também supera em mais de duas vezes os R$ 856,6 milhões do 4T23. Além dos lançamentos acelerados, a construtora também registrou crescimento nas vendas líquidas, que alcançaram R$ 1,6 bilhão — alta de 43,9% na base anual e 71,6% na trimestral.

  • Pensando em comprar um imóvel em 2024? Então é melhor “correr” antes que os preços comecem a aumentar. Entenda o porquê.

De acordo com Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da construtora, a decisão de lançar mais no início do ano já é adotada há alguns anos e tem um propósito. Em entrevista ao Seu Dinheiro, Mesquita revela o que está por trás dessa estratégia, comenta os principais números da prévia e fala sobre as perspectivas para os próximos meses.

Confira abaixo os destaques da conversa com o vice-presidente comercial da Cury.

Algumas construtoras optam por começar o ano com mais cautela e acelerar os lançamentos depois, mas a Cury já iniciou 2024 em um ritmo muito forte. Por que essa estratégia é adotada?

Já fazemos isso há alguns anos pois entendemos que nos dá uma capacidade de manobra e ajuste maior. Temos a possibilidade de, durante o ano, entender quais regiões estão absorvendo melhor e em quais locais a gente pode acelerar mais os lançamentos. 

Leia Também

Além disso, como o mercado trabalha de maneira inversa, cria-se um momento propício para os empreendimentos, o que tem dado certo para o planejamento da empresa. Pretendemos continuar com essa estratégia até que ela não se mostre mais vencedora.

O banco de terrenos (landbank) foi recorde no primeiro trimestre como R$ 15,7 bilhões, mas a concentração de terrenos ainda é maior em São Paulo. Veremos um equilíbrio maior entre as praças com a aprovação de um novo plano diretor no Rio de Janeiro?

A proporção deve se manter estável porque São Paulo ainda tem um leque de oportunidades muito grande. As mudanças do plano diretor também foram muito favoráveis por aqui e o mercado é muito maior, então tende a ter um volume também maior de terrenos.

A Cury seguiu elevando o valor cobrado pelas unidades (o preço médio foi de R$ 316,2 mil, alta de 13,5% ante o 1T23). Ainda há espaço para novos aumentos nos próximos trimestres?

Não necessariamente, depende do mix de lançamentos. Claro que o nosso objetivo dentro dos projetos é sempre ganhar o máximo de preço, mas sempre há empreendimentos que impactam a média mais para cima e outros mais para baixo.

O que podemos esperar do balanço do primeiro trimestre de 2024?

O período normalmente não é de grande volume por conta do período de final e início de ano, mas tivemos um 1T24 muito bom, foi um trimestre que entendemos como muito positivo.

Um ponto de destaque é que esse foi o 20º trimestre de geração de caixa positiva da empresa, mesmo tendo esse crescimento muito grande da operação. O que é possível pois temos eficiência dentro do modelo de crédito associativo, vendendo e repassando com qualidade.

Quais são as perspectivas para o mercado imobiliário nos próximos trimestres, considerando principalmente o segmento econômico no qual a Cury atua?

Acabamos de passar por um trimestre que teve uma conjuntura muito boa. Temos um plano muito bem encaixado, um orçamento de FGTS bem definido e um cenário de queda de juros. E isso se une também a questões específicas dos locais em que atuamos, como os novos planos diretores. 

Ou seja, estamos em um momento favorável tanto pelo fator macroeconômico, quanto pela política de habitação federal e a conjuntura dos municípios. É difícil ter um cenário assim, que realmente dê mais segurança para as empresas atuarem em um horizonte mais longo.

Por que a companhia optou por ficar de fora do Pode Entrar, programa habitacional lançado pela Prefeitura de São Paulo no ano passado?

Tínhamos projetos passíveis de fazer parte do Pode Entrar, mas avaliamos que, com a velocidade de vendas e as margens alcançadas, não fazia sentido abrir mão de preço só pelo fato de estar garantida a compra das unidades. Entendemos que se colocássemos esses empreendimentos no mercado conseguiríamos resultados melhores.

A Cury já disse que voltaria a construir na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida (para famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640), mas que ela não alcançaria o mesmo tamanho do passado na companhia, representando no máximo até 12% do faturamento. Isso muda com a entrada do RET1 e FGTS Futuro no jogo?

Atualmente, temos algo em torno de 4,5% da operação dentro deste cenário. Uma virada para um percentual maior não seria feita de forma rápida, e nem faz muito sentido para nós ter uma mudança muito drástica quando temos uma estratégia que tem se mostrado vencedora.

Vamos tentar aproveitar esses benefícios dentro de projetos específicos, mas, no geral, a empresa está focada na faixa 3 [para consumidores com renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000].

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O QUE VEM POR AÍ

Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa

30 de abril de 2025 - 12:37

A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço

ABRINDO A TEMPORADA

Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?

30 de abril de 2025 - 11:58

Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram

Mundo FIIs

Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento

30 de abril de 2025 - 11:06

Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)

BANCÕES NA PARADA

Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025

30 de abril de 2025 - 6:34

Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números

SD ENTREVISTA

Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China

30 de abril de 2025 - 5:52

Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump

DIÁRIO DOS 100 DIAS

Donald Trump: um breve balanço do caos

29 de abril de 2025 - 21:00

Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso

RELATÓRIO DO 1T25

Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços

29 de abril de 2025 - 18:35

A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral

DERRETENDO

Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?

29 de abril de 2025 - 17:09

Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado

SD Select

Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual

29 de abril de 2025 - 10:54

De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira

CHINA NO VOLANTE

Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro

29 de abril de 2025 - 8:16

O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas

EXPECTATIVAS 1T25

Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde

28 de abril de 2025 - 12:45

Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior

28 de abril de 2025 - 7:03

Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio

ABRINDO OS TRABALHOS

Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos

28 de abril de 2025 - 6:05

Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central 

CALENDÁRIO ECONÔMICO

Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado

27 de abril de 2025 - 17:12

Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA

3 REPETIÇÕES DE SMFT3

Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP

25 de abril de 2025 - 19:15

Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

RUMO AOS EUA

JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas

25 de abril de 2025 - 10:54

Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

VIVENDO O HYGGE

O turismo de luxo na Escandinávia é diferente; hotéis cinco-estrelas e ostentação saem do roteiro

25 de abril de 2025 - 8:02

O verdadeiro luxo em uma viagem para a região escandinava está em praticar o slow travel

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar