CEO da Tenda (TEND3) vê gatilho para ações alcançarem novo patamar de preço na bolsa em breve; papéis saltam 6% na B3 hoje
A avaliação de Rodrigo Osmo é que a companhia ainda hoje é penalizada pela frustração dos investidores com os resultados fracos ao longo de 2020 e 2021

Destaque positivo da bolsa brasileira no pregão desta terça-feira (17), as ações da Tenda (TEND3) podem surfar uma valorização ainda mais expressiva em 2025, já que existe um gatilho no radar capaz de destravar um novo patamar de preço em breve, de acordo com o CEO Rodrigo Osmo.
A avaliação do CEO é que a companhia ainda hoje é penalizada pela frustração dos investidores com os resultados fracos ao longo de 2020 e 2021, apesar da melhoria operacional e financeira vista nos últimos quatro anos.
“A Tenda hoje vale 1,5 vez o preço sobre lucro. Em algum momento, o mercado vai ter que mudar o discurso, porque a empresa não é mais um ativo de risco. No dia em que essa reprecificação acontecer, a ação vai alcançar um outro patamar — não de R$ 15 ou R$ 17, mas um nível diferenciado de verdade”, disse Osmo, durante o encontro anual com investidores na sede da companhia, no centro de São Paulo.
As ações da Tenda (TEND3) se destacam no campo positivo da bolsa no início desta tarde. Por volta das 11h02, os papéis subiam 6,30%, negociados a 13,33. No acumulado do ano, porém, a construtora ainda amarga perdas da ordem de 8%.
O gatilho para as ações da Tenda (TEND3) em 2025
Para o presidente da Tenda (TEND3), o valor da construtora com foco em baixa renda é resultado da somatória de dois negócios — que hoje estão subavaliados pelo mercado.
Um deles é a unidade de negócios Tenda, que tem hoje cada vez menos risco de execução à mesa, já que encontra-se próxima do fim do processo de turnaround iniciado nos últimos anos.
Leia Também
Na avaliação do presidente, a Tenda encerra o ano de 2024 “exatamente onde a companhia gostaria de ter terminado”, com uma execução disciplinada ao longo do ano que garantirá um “resultado espetacular para 2025”.
O outro deles é a Alea, uma sociedade controlada pela Tenda que atua em projetos de casas pré-fabricadas e vem gerando prejuízos consecutivos para a companhia.
Atualmente, a plataforma é avaliada pelo mercado com um múltiplo de lucros para simplificar a conta — o que acabava por considerar que a Alea destruía valor para a Tenda, segundo o CEO.
No entanto, ontem, uma movimentação importante aconteceu no mercado: o fundo de private equity gerido pela Good Karma Partners (GKP) se comprometeu a investir R$ 80 milhões para adquirir 6,97% do capital social da Alea.
A expectativa do CEO da Tenda é que a chegada da GKP como sócia da Alea tenha potencial para alavancar o negócio — e demonstra confiança de que a companhia vale ainda mais do que está na conta do mercado, já que a transação implica em um valor de firma (EV) de aproximadamente R$ 1,09 bilhão.
"Se olhar no balanço da Tenda em 2024, a Alea vale menos de R$ 500 milhões. Mas existe um fundo extremamente competente que mergulhou há cinco meses na operação e fala que o negócio vale muito dinheiro. O private equity só entra em um negócio se for para ganhar um retorno muito maior do que 10% ao ano — e esse grupo de investidores extremamente sofisticado ganhou o conforto de que avaliar a empresa em R$ 1 bilhão seria um bom negócio”, afirmou o CEO.
Nas contas de Rodrigo Osmo, esse valuation considera que a participação da construtora na Alea valeria algo próximo de R$ 8, enquanto o negócio da Tenda em si rodaria os R$ 4,28 por ação.
“O negócio tem um valor escondido gigantesco, e enxergamos na GKP alguém que poderia levar a empresa para outro patamar. Além disso, a nossa decisão para a operação também deu-se porque, para nós, vender a menor participação possível na Alea era do nosso maior interesse, porque achamos que tem muito valor a ser gerado no futuro”, afirmou.
Para Osmo, existe um potencial de crescimento robusto para a Alea devido à falta de concorrentes no mercado de construção de casas e ao tamanho do mercado endereçável, de cerca de 500 mil casas por ano. Para ter uma dimensão, a Alea produziu 1.500 casas em 2024.
A projeção do executivo é que a empresa continue a ganhar margem nos próximos trimestres e possa inclusive virar a conta para o positivo ainda em 2025 — o que sustenta o guidance de lucro de até R$ 20 milhões fixado para o ano que vem.
Os detalhes da entrada da GKP como sócia da Alea
De acordo com o fato relevante enviado à CVM, o investimento da gestora na subsidiária da Tenda (TEND3) busca “suportar o crescimento continuado da Alea, os seus investimentos e o plano de negócios dos próximos anos”.
A expectativa é que os R$ 80 milhões obtidos com a venda da participação serão suficientes para suprir as necessidades de caixa da companhia até que ela se torne rentável e geradora de caixa.
Vale destacar que a participação final da GKP está sujeita a ajustes no fim de 2026, podendo variar entre 5,89% e 8,11%, a depender do cumprimento de metas da Alea.
Em meio ao negócio, a Tenda também firmou um acordo de acionistas entre a GKP, a companhia e a Woodframe, outra sócia da Alea.
Entre outras questões, o documento prevê “mecanismos de liquidez” caso a Alea não abra o capital na bolsa em até seis anos. No entanto, uma eventual oferta pública de ações (IPO) não é esperada para o curto prazo, nem mesmo pelos próximos dois anos.
O contrato também garante à gestora direitos usuais de acionistas minoritários, incluindo o direito de indicar um membro para o conselho de administração, além da criação de um comitê de auditoria e de um comitê de impacto e ESG.
A transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, mas a expectativa é que o fechamento aconteça até fevereiro de 2025.
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.