Bancos jogam na retranca, mas ainda assim devem ter lucro maior no 1T24; saiba o que esperar dos balanços
Itaú Unibanco e Banco do Brasil devem mais uma vez ficar bem à frente de Bradesco e Santander Brasil. Enquanto isso, o Nubank segue jogando em uma liga própria

Se os grandes bancos brasileiros fossem equipes de futebol, poderíamos classificá-los em dois grupos: os que querem segurar os bons resultados e aqueles que tentam reconquistar a confiança da torcida.
Seja qual for a razão, os balanços do primeiro trimestre de 2024 devem mostrar os bancões jogando na retranca. Mas com Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) bem à frente de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11).
De modo geral, os números devem mostrar um crescimento mais tímido da concessão de crédito mesmo com o pior momento da inadimplência aparentemente para trás.
Mas a postura mais defensiva não significa que os resultados virão ruins, pelo contrário. Com exceção do Bradesco (BBDC4), os bancos devem apresentar aumento no lucro em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Vale também acompanhar o efeito para os bancos da decisão do governo de restringir a emissão dos títulos isentos de imposto de renda.
A limitação nas letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) pode aumentar o custo de captação e, portanto, apertar a margem financeira das instituições. Na época da medida, contudo, os executivos dos bancos minimizaram os impactos nos resultados.
Leia Também
Enquanto isso, o Nubank (ROXO34) deve seguir em uma liga à parte. Após deixar a era de prejuízos para trás, o desafio do banco digital é sustentar os lucros em alta e o patamar de rentabilidade enquanto busca crescer em outros mercados, como o México.
Leia mais a seguir o que esperar para o resultado dos grandes bancos de capital aberto no primeiro trimestre de 2024:
Santander Brasil (SANB11)
- Data da divulgação: 30 de abril (antes da abertura)
- Lucro líquido (projeção): R$ 2,857 bilhões (+34%)
O Santander Brasil (SANB11) dá o pontapé inicial na temporada de resultados e deve apresentar o maior aumento do lucro entre os grandes bancos tradicionais. Mas essa não necessariamente é uma boa notícia, já que a base de comparação é fraca.
De fato, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Santander deve ficar na casa dos 13%. Ou seja, muito abaixo dos níveis acima de 20% que o banco já alcançou.
Por outro lado, qualquer surpresa positiva nos resultados pode dar impulso ao Santander diante do desempenho ruim na bolsa. Neste ano, os papéis do banco (SANB11) acumulam queda da ordem de 15% na B3.
Bradesco (BBDC4)
- Data da divulgação: 2 de maio (antes da abertura)
- Lucro líquido (projeção): R$ 3,893 bilhões (-9%)
Banco que mais sofreu com a alta da inadimplência e a concorrência dos bancos digitais, o Bradesco (BBDC4) deve mostrar os primeiros sinais de reação nos resultados do primeiro trimestre de 2024.
A expectativa do mercado ainda é de lucro menor. Mas os números devem mostrar o banco saindo da defensiva, com um avanço maior na carteira de crédito, de acordo com os analistas.
O mercado também ficará atento aos desdobramentos do plano estratégico que Marcelo Noronha, novo CEO do Bradesco, detalhou na última divulgação de resultados.
Itaú Unibanco (ITUB4)
- Data da divulgação: 6 de maio (após o fechamento)
- Lucro líquido (projeção): R$ 9,719 bilhões (+15%)
Os resultados do primeiro trimestre devem mostrar o maior banco privado brasileiro em velocidade de cruzeiro.
As projeções apontam para um aumento do lucro do Itaú mesmo sem muito “esforço”. Isso significa que a inadimplência e as despesas sob controle devem fazer a maior parte do trabalho.
Por outro lado, os analistas do Bank of America (BofA) esperam um desempenho mais contido no crédito. O saldo, porém, será mais do que positivo para o Itaú, que deve entregar mais um trimestre com retorno (ROE) acima dos 20%, de acordo com as estimativas.
Banco do Brasil (BBAS3)
- Data da divulgação: 8 de maio (após o fechamento)
- Lucro líquido (projeção): R$ 9,232 bilhões (+8%)
Depois do lucro recorde nos últimos três meses de 2023, a expectativa para o balanço do Banco do Brasil segue alta no primeiro trimestre deste ano. Mas desta vez os analistas esperam um resultado com mais “qualidade”.
Isso porque o balanço anterior do BB foi turbinado por efeitos como o resultado do banco argentino Patagônia e uma receita do Fundo de Garantia de Operações (FGO).
Desta vez, o resultado melhor deve vir principalmente do avanço no crédito, que deve ser o maior entre os grandes bancos, de acordo com os analistas do Itaú BBA.
Nubank (NU; ROXO34)
- Data da divulgação: 14 de maio (após o fechamento)
- Lucro líquido (projeção): US$ 405 milhões (+185%)
Em campo há apenas uma década, o Nubank logo se tornou um dos artilheiros do setor financeiro. Mas desde o ano passado, quando começou a combinar o crescimento acelerado com lucros crescentes, entrou em uma nova fase.
Para o primeiro trimestre de 2024, o banco digital deve manter a expansão da base de clientes e de crédito, ao mesmo tempo em que tenta construir no México a mesma base de fãs leais que conseguiu no Brasil.
Assim, o banco digital pode se tornar vítima das expectativas se entregar “apenas” resultados bons no primeiro trimestre de 2024. Até porque as ações da fintech, listadas em Nova York, já acumulam alta de mais de 30% em dólares neste ano.
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos
A conexão da Reag, gigante da Faria Lima investigada na Carbono Oculto, com o clube de futebol mais querido dos paulistanos
Reag fez oferta pela SAF do Juventus junto com a Contea Capital; negócio está em fase de ‘due diligence’
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) e Copasa vão distribuir mais de R$ 500 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Ambas as companhias realizarão o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio
Méliuz (CASH3) lança nova opção de negociação para turbinar os rendimentos com bitcoin (BTC)
A plataforma de cashback anunciou em março deste ano uma mudança na estratégia de tesouraria para adquirir bitcoins como principal ativo estratégico
Nem tarifas de Trump, nem fusão entre BRF e Marfrig preocupam a JBS (JBSS32), diz CEO
Gilberto Tomazini participou do Agro Summit, do Bradesco BBI, nesta quinta-feira, e explicou por que esses dois fatores não estão entre as maiores preocupações da companhia
Braskem (BRKM5) na corda bamba: BTG diminui preço-alvo ao apontar três riscos no horizonte e um potencial alívio
Excesso de oferta global, disputas acionárias e responsabilidade em Alagoas pressionam a companhia, mas incentivos fiscais podem dar algum fôlego ao lucro
O que o investidor pode esperar da MBRF, a gigante que nasce da fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)? O Safra responde
Após o negócio ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, as empresas informaram ao mercado que a data de fechamento será 22 de setembro
Banco Master no escanteio e fundador fora do comando: o que esperar da Oncoclínicas (ONCO3) se a reestruturação da Starboard for aceita
A ideia da Starboard é trazer fôlego às finanças apertadas da empresa de tratamentos oncológicos — mas a gestora terá uma tarefa hercúlea para conseguir a aprovação da proposta ambiciosa
Cyrela (CYRE3) sobe mais de 5% após Bradesco BBI apontar ação como favorita e mais falada entre investidores. O que ela tem que as outras não tem?
Após alta de mais de 80% em 2025, Cyrela surge entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (11) com a revisão do preço-alvo para R$ 40
Novo homem mais rico do mundo foi criado pelos tios e abandonou faculdade duas vezes
De infância humilde em Chicago ao trono de homem mais rico do mundo, Larry Ellison construiu um império com a Oracle e uma vida marcada por luxo e esportes
Exclusivo: Proposta de reestruturação na Oncoclínicas (ONCO3) pela gestora Starboard pode nem chegar ao conselho
Fonte afirmou ao Seu Dinheiro que proposta desconsidera movimentos recentes de reestruturação e tenta desvalorizar a empresa
Petrobras destina R$ 21 milhões a iniciativas de combate às mudanças climáticas; veja como participar
Empresas e instituições podem se inscrever até 27 de outubro com propostas voltadas à adoção de tecnologias de mitigação e adaptação nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul
Caixa Seguridade (CXSE3) lidera as quedas do Ibovespa desta quinta (11), após destituir CEO; veja como fica o comando da companhia
O comunicado enviado ao mercado não detalha a motivação para o conselho de administração ter realizado a mudança no alto escalão
Previ vende participação na Neoenergia (NEOE3) para a controladora espanhola Iberdrola por R$ 12 bilhões
Após a operação, a companhia espanhola passa a deter 83,8% das ações na subsidiária brasileira, com o restante dos papéis sendo negociados na B3
Um resgate à Oncoclínicas (ONCO3)? Gestora focada em empresas em crise quer liderar a reestruturação da rede de tratamentos contra o câncer
A gestora Starboard Asset revelou interesse em uma “potencial transação para reestruturação financeira” da Oncoclínicas; entenda a proposta
Os maiores flops do Apple Day desde a morte de Steve Jobs
Do iPhone sem entrada para fone ao polêmico carregador vendido à parte, lançamento do Apple Day têm gerado mais expectativa do que inovação real
A JBS do futuro? Small cap que entrou na bolsa com ‘barriga de aluguel’ quer passar o rodo no agro em crise
Empresa ainda pouco conhecida que assumiu o lugar da Atom na B3 vê oportunidade de crescer no mercado brasileiro em meio à fase de baixa do agronegócio
Tim (TIMS3) brilha, Vivo (VIVT3) e América Móvil nem tanto: as recomendações do Citi para as operadoras brasileiras
No geral, o banco norte-americano mantém uma visão positiva sobre os fundamentos do setor, embora recomende atenção ao valuation