Ambipar (AMBP3) desaba mais de 30% hoje em meio à disputa entre comprados e vendidos nas ações na bolsa. É o fim da disparada histórica?
Mesmo com a derrocada de hoje, as ações da Ambipar ainda acumulam valorização de 718% em apenas dois meses na B3

Depois de dois meses de uma ruidosa disputa de forças entre os investidores na bolsa, a balança das ações da Ambipar (AMBP3) parece enfim ter pendido nesta terça-feira (13) para os shorts — que possuem posições vendidas, apostando na queda dos papéis.
Os papéis da empresa de gestão de resíduos lideram o campo negativo fora do Ibovespa e chegaram a entrar em leilão na B3, com forte desvalorização de 34,21% por volta das 16h, a R$ 71,90. Os papéis acabaram encerrando o dia com baixa de 27,71%, cotados a R$ 79.
- 37,7% ao ano em um década: conheça a estratégia que superou o retorno da carteira de Warren Buffett e pode ser replicada com um clique
Alvo de forte especulação na bolsa, a Ambipar acumula uma valorização vertiginosa de 718,9% em um intervalo de apenas dois meses — isto é, quando o ciclo de alta começou a dar os primeiros sinais — mesmo com a queda de hoje.

Os ganhos intensos elevaram o valor de mercado da companhia para algo próximo de R$ 17 bilhões na B3 e “esmagaram” os investidores que apostavam na baixa das ações.
De todo modo, é difícil dizer que a disputa terminou com vitória de qualquer um dos lados, já que ainda havia aproximadamente 6 milhões de ações da Ambipar tomadas em aluguel no começo desta semana, de acordo com informações de mercado.
Leia Também
Por trás das oscilações da Ambipar (AMBP3)
Como em termos de fundamentos nada mudou radicalmente na Ambipar (AMBP3) nos últimos meses, analistas e gestores avaliam que as oscilações atípicas das ações na bolsa devem-se a um movimento de short squeeze.
Afinal, a alta das ações AMBP3 se intensificou no início de junho, quando os investidores começaram a especular sobre os planos do sócio fundador e CEO da companhia, Tércio Borlenghi Junior, para a companhia.
Nos últimos meses, o controlador entrou em uma sequência de compras das ações diretamente na B3, elevando a participação na companhia para 72,68%. Além disso, a própria Ambipar foi a mercado com um programa robusto de recompra de papéis.
Como se não bastasse, a Trustee DTVM — que supostamente tem o empresário Nelson Tanure como cotista de seus fundos — também entrou na ponta compradora e impulsionou ainda mais a cotação dos papéis na tela.
Agora com uma fatia de 15% da empresa, a gestora quer indicar dois membros ao conselho de administração da empresa.
A escalada dos papéis fez com que os investidores que operavam vendidos e apostavam na queda das ações fossem forçados a cobrir as posições — o que consequentemente elevou ainda mais os preços.
Ao mesmo tempo, a quantidade de ações disponíveis para aluguel — necessário para manter a posição vendida — diminuiu graças às compras do controlador e da Trustee, o que provocou uma explosão das taxas para percentuais para o patamar de três dígitos.
Os investidores especulam se a Trustee de fato atua de forma independente ou em conjunto com o controlador da Ambipar para forçar o short squeeze. Mas a gestora reforçou que não celebrou "contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia".
Aparentemente não há fatos novos que justifiquem a forte queda de hoje. Na noite passada, a Ambipar (AMBP3) enviou uma série de documentos à CVM, a xerife do mercado de capitais brasileiro.
O primeiro deles foi uma mudança no estatuto social da companhia para permitir que o conselho possa cancelar ações mantidas em tesouraria.
A empresa ainda aprovou uma proposta para elevar o percentual máximo de papéis contemplados pela política de outorga de ações e uma nova versão do plano de remuneração baseado em ações.
Na avaliação de Daniel Nogueira, coordenador de distribuição da InvestSmart XP, a falta de uma base sólida para a alta das ações sugere que "há um espaço considerável para a continuidade da queda, dado que a valorização foi sustentada por uma movimentação especulativa sem fundamentos reais".
*Matéria atualizada às 17h10 para incluir a fala de Nogueira.
MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal