Preço do aluguel dispara em 2023 e atinge maior nível desde antes da pandemia — e inquilinos não devem ter alívio em 2024
A cidade de São Paulo é considerada a capital mais cara para se morar, com um custo de R$ 59,82 por metro quadrado, segundo levantamento do QuintoAndar

Se o fim da pandemia do coronavírus representou o abandono das máscaras pela população, no setor imobiliário, o efeito foi de cobranças ainda mais intensas de moradia. O preço médio do metro quadrado (m²) nos aluguéis residenciais nas principais capitais do Brasil disparou em 2023 e atingiu o maior nível desde 2019 — pré-pandemia —, segundo levantamento do QuintoAndar.
A cidade de São Paulo liderou o ranking e é considerada a capital mais cara para se morar, com um custo de R$ 59,82 por metro quadrado — o equivalente a um aumento de 9,47% em relação a 2022, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.
A capital paulista registrou valorização mais fraca de apartamentos menores, de um quarto, em relação a imóveis de dois e três dormitórios.
“A nova dinâmica de trabalho, com os modelos remoto e híbrido ainda muito presentes, fez com que a valorização de apartamentos maiores ganhasse destaque”, afirma o gerente de dados do Grupo Quinto Andar, Thiago Reis
O município de Brasília é o segundo colocado na lista de capitais mais caras para alugar um imóvel, com um preço médio de R$ 43,46 pelo m².
Confira o ranking de preços de aluguel nas capitais:
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Capital | 2023 | 2022 | Variação anual |
---|---|---|---|
São Paulo | R$ 59,82 | R$ 54,64 | 9,47% |
Brasília | R$ 43,46 | R$ 38,72 | 12,24% |
Rio de Janeiro | R$ 39,09 | R$ 34,26 | 14,11% |
Curitiba | R$ 36,43 | R$ 30,10 | 21,03% |
Belo Horizonte | R$ 33,73 | R$ 27,45 | 22,88% |
Porto Alegre | R$ 32,12 | R$ 28,22 | 13,83% |
Vale destacar que o aluguel residencial na cidade de Belo Horizonte é o que mais se valorizou em relação ao ano anterior, com uma disparada de quase 23% nos preços frente a 2022.
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Por que o aluguel ficou mais caro em 2023 — e o que esperar neste ano?
De acordo com o gerente de dados do Grupo Quinto Andar, os juros elevados levaram ao aumento da procura por aluguéis nas capitais brasileiras.
“A alta taxa de juros, que perdurou até agosto acima da casa dos 13%, fez com que muitas pessoas deixassem o sonho da casa própria de lado. Isso aqueceu ainda mais a demanda pelo aluguel e puxou os preços para cima. Com isso, os descontos também caíram”, afirma Reis.
Em relação aos bairros, em São Paulo, o maior preço médio foi registrado na Vila Olímpia (R$ 95,3) e o menor, no Jardim Peri (R$ 24,16).
Enquanto isso, em Brasília, o metro quadrado para alugar mais caro ficou no Setor de Clubes do Sul (R$ 89), com os preços mais baratos em Taguatinga (R$ 23,96).
Já no Rio de Janeiro, o Leblon teve um valor inédito: R$ 106,4 o metro quadrado — o mais caro do Brasil. Por sua vez, o preço de aluguel fluminense mais barato esteve localizado em Cascadura (R$ 14,97).
A perspectiva é que o mercado permaneça aquecido no começo de 2024, considerando o número reduzido de imóveis disponíveis e um aumento da alta temporada do aluguel.
Ou seja, os inquilinos não devem sentir um alívio tão grande nos aluguéis ou em ofertas de descontos nos preços ao longo deste ano.
“Com o ciclo de redução da taxa Selic, o mercado deve ser impactado positivamente nas transações de compra e venda de imóveis.”
*Com informações de Estadão Conteúdo.
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