Corte de gastos: Presidente do BNDES defende crescimento da economia para resolver crise fiscal
Aloizio Mercadante defendeu que o corte de gastos públicos pedido pelo mercado seja criterioso para não comprometer o crescimento do país
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu neste sábado (8) que o corte de gastos públicos seja criterioso para não comprometer o crescimento econômico do Brasil.
"Esta questão do corte de gastos precisa ser feita de forma seletiva, qualificada, é um processo. Já vimos que o teto de gastos regra substituída pelo arcabouço fiscal naufragou na saída", disse Mercadante, em participação em fórum.
O governo definiu a meta fiscal do próximo ano como déficit primário zero, assim como o alvo deste ano. Vale relembrar que, há um ano, a equipe econômica havia estabelecido que buscaria fazer um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025.
"O país precisa crescer para resolver a crise fiscal, precisa de investimento para poder ter receita e melhorar a relação dívida/PIB", acrescentou o presidente do BNDES.
O corte de gastos é uma das principais demandas do mercado financeiro atualmente.
A visão do mercado
Durante evento neste sábado, o sócio-fundador e presidente do conselho de administração do BTG Pactual, André Esteves, e o empresário Wesley Batista, acionista do grupo J&F, controlador da JBS (JBSS3), compartilharam visões otimistas sobre o atual cenário econômico do Brasil.
Leia Também
Esteves enfatizou que o Brasil está vivendo o melhor momento do mercado de trabalho e da renda da população.
O banqueiro ainda elogiou o ministério da Fazenda pelos esforços com o equilíbrio fiscal, ressaltando a importância de controlar gastos sem comprometer a capacidade de investimento do Estado.
"Para chegar ao equilíbrio fiscal, precisamos olhar para o lado dos nossos gastos. Controlar gastos não quer dizer Estado sem capacidade de investir", disse Esteves.
Além disso, o sócio do BTG considerou que a discussão no momento é de quando a taxa de juros real vai cair de 6% para 3%. Ponderou que essa redução não vai ocorrer por meio de medidas artificiais, mas sim através de um comprometimento da sociedade com o ajuste fiscal.
Wesley Batista, por sua vez, destacou o crescimento econômico do Brasil, que tem superado as previsões do mercado financeiro. "O Brasil cresce acima do que o mercado financeiro previa; estamos investindo," afirmou.
Ambos os líderes empresariais demonstraram um otimismo cauteloso, reforçando a importância de políticas fiscais responsáveis e de um ambiente colaborativo entre governo e setor privado para sustentar o crescimento econômico do Brasil.
Leia também:
- Tarcísio copiou Haddad? Ministro afirma que ajuste fiscal do governo paulista é inspirado em plano da Fazenda
- O futuro dos juros no Brasil: o que Campos Neto pensa sobre possíveis cenários, inflação, crescimento e questão fiscal
O problema fiscal do Brasil
Em evento realizado em março, o sócio-fundador do BTG Pactual, André Esteves, afirmou que o Brasil ainda não encontrou um consenso para resolver a questão fiscal, mas “está caminhando”.
“O primeiro passo para resolver um problema é que ele esteja em cima da mesa, e o fiscal está”, disse Esteves.
Já segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do banco e ex-secretário do Tesouro Nacional, apesar da carga tributária elevada do Brasil hoje, ainda há um grande buraco fiscal.
- 850 mil brasileiros já estão recebendo, todos os dias, as atualizações mais relevantes do mercado financeiro. Você é um deles? Se a resposta for não, ainda dá tempo de “correr atrás do prejuízo”. Clique aqui para começar a receber gratuitamente.
“A notícia boa é que foi aprovado um plano fiscal que tenta colocar uma trava no ritmo de crescimento do gasto público”, destacou Almeida, no evento.
Enquanto isso, na ponta negativa, estão as regras automáticas de crescimento das despesas obrigatórias do governo federal, como os benefícios previdenciários e assistenciais, que são ligados ao salário mínimo, ou o gasto com saúde e educação, vinculado à arrecadação.
“Quando o governo faz um esforço de um plano fiscal aumentando a arrecadação e mudando regimes especiais tributários, ele necessariamente terá que gastar mais com saúde e educação”, afirmou o economista.
“Quando o governo tem que gastar mais para lidar com evento inesperado, como é o caso da tragédia que ocorreu no Rio Grande do Sul, isso não é problema, porque esse gasto não é recorrente. O problema é o gasto que cresce todos os anos e que não desaparece.”
Para Mansueto, desvincular determinadas despesas da arrecadação “imediatamente vai reduzir o risco fiscal” e ajudará a criar um ambiente propício para a queda de juros, que impacta diretamente o nível de investimentos do país.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
Inflação, PIB, dólar e Selic: as previsões do mercado para 2025 e 2026 no último Boletim Focus do ano
Entre os destaques está a sétima queda seguida na expectativa para o IPCA para 2025, mas ainda acima do centro da meta, segundo o Boletim Focus
Novo salário mínimo começa a valer em poucos dias, mas deveria ser bem mais alto; veja o valor, segundo o Dieese
O salário mínimo vai subir para R$ 1.621 em janeiro, injetando bilhões na economia, mas ainda assim está longe do salário ideal para viver
O que acontece se ninguém acertar as seis dezenas da Mega da Virada
Entenda por que a regra de não-acumulação passou a ser aplicada a partir de 2009, na segunda edição da Mega da Virada
China ajuda a levar o ouro às alturas em 2025 — mas gigante asiático aposta em outro segmento para mover a economia
Enquanto a demanda pelo metal cresce, governo tenta destravar consumo e reduzir dependência do setor imobiliário
Como uma mudança na regra de distribuição de prêmios ajudou a Mega da Virada a alcançar R$ 1 bilhão em 2025
Nova regra de distribuição de prêmios não foi a única medida a contribuir para que a Mega da Virada alcançasse dez dígitos pela primeira vez na história; veja o que mais levou a valor histórico
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
Inteligências artificiais mais populares da atualidade foram provocadas pelo Seu Dinheiro a deixar seus palpites para a Mega da Virada — e um número é unanimidade entre elas
Os bilionários da tecnologia ficaram ainda mais ricos em 2025 — e tudo graças à IA
Explosão dos investimentos em inteligência artificial impulsionou ações de tecnologia e adicionou cerca de US$ 500 bilhões às fortunas dos maiores bilionários do setor em 2025
Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago
Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes
Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara